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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Inimigos do Mais Médicos, CRMs jamais defenderam o SUS

Foto: #maismédicos #bemvindoscubanos #CurtaAnaJulia

Conselhos Regionais de Medicina continuam com seu maléfico boicote ao Mais Médicos, mas, como já registramos aqui, ainda bem que o governo está reagindo e não se deixando levar por interesses corporativos e demagógicos. Ontem, a Advocacia-Geral da União publicou texto esclarecendo que os CRMs não podem exigir documentos dos médicos estrangeiros além do que prevê a Medida Provisória que criou o programa.

A AGU fez o texto porque os CRMs estão justamente exigindo o que não é permitido exigir. Tanto é que os conselhos vêm sofrendo derrotas consecutivas na Justiça.

Os CRMs querem exigir dos estrangeiros o Revalida, que não exigem dos médicos brasileiros, mesmo dos que não passam nos exames para a residência.

Diante dessa resistência, a Advocacia-Geral da União disse que pode ir à Justiça contra as entidades médicas. A posição dos CRMs tem atrasado a chegada dos médicos estrangeiros aos locais onde vão atuar.

Presença de médicos melhora infraestrutura

Enquanto os conselhos adotam esse desumano boicote sob o pretexto de que o programa não resolve o problema da infraestrutura, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica que a chegada dos médicos estrangeiros nas comunidades pobres do país vai estimular a melhora das unidades de saúde.

Ele conta uma situação que viveu quando foi médico na Amazônia. Ele era supervisor de um núcleo da USP. “Não tinha nenhuma estrutura nos lugares onde trabalhamos. A presença de médicos lá estimulou o município, outras universidades e organizações a montar estrutura. Uma aldeia indígena não tinha nada, hoje tem centro cirúrgico, ambulatório para tratamento. A cidade de Santarém (PA) não tinha uma faculdade. Hoje tem a faculdade de medicina, que é um grande hospital regional”, disse.

É bom lembrar que os Conselhos Regionais de Medicina jamais fizeram uma campanha ou priorizaram a questão dos erros médicos, das fontes de financiamento da saúde, nunca fizeram a defesa do SUS. Pelo contrário, foram cúmplices do fim da CPMF e se destacam pura e simplesmente pelo corporativismo que raia ao racismo e ao xenofobismo. Isso, é claro, não quer dizer que toda a classe médica age assim. É uma minoria que presta um desserviço ao país.

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