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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

José Ricardo critica critério para professores obterem progressão por tempo de serviço


O deputado José Ricardo Wendling (PT) criticou nesta quarta-feira (31) a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que irá promover avaliação, de caráter eliminatório e que considera injusto, para os educadores da rede estadual de ensino obterem promoção por tempo de serviço. As inscrições não são obrigatórias e sim voluntárias e estão abertas de 14 a 28 de novembro, com prova prevista para o dia 7 de abril de 2013, conforme edital publicado no dia 11 de outubro, no Diário Oficial do Estado (DOE).

“A Seduc irá avaliar o quê? Uma coisa é fazer uma avaliação para progressão por mérito, outra coisa é o tempo de serviço, que não precisa de avaliação. Se o professor não passar nessa prova, na linguagem popular, ‘está lascado”, declarou o parlamentar, ressaltando que essa progressão horizontal (por tempo de serviço), previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), não é cumprida há muitos anos pela Seduc.

Para os educadores que denunciaram essa situação, uma avaliação como essa está focada apenas nos conhecimentos, não avaliando o mérito do profissional, não levando em conta sua experiência profissional e deixa de fora da promoção muitos candidatos que, por ventura, não atinjam a nota mínima. “Avaliar não pode ser equivalente a punir ou a excluir. O que o Governo quer fazer é condicionar o direito à promoção por tempo de serviço a uma prova objetiva de caráter eliminatório”.

E para completar, de acordo com José Ricardo, o Governo “presenteia” os professores pelo seu dia (15 de outubro) com um pen drive grafado “Educação é o farol que ilumina o mundo”, mas sob a condição de assinar cautela por ser um patrimônio público. “Então não era uma lembrança? Era um material de trabalho? É dessa forma que o Governo trata os professores”, disse ele, lembrando dos direitos trabalhistas que não são cumpridos na Seduc: plano de saúde, auxílio alimentação, vale-transporte e Hora de Trabalho Pedagógica (HTP) – um terço da carga horário do professor destinado ao planejamento das aulas.

“Por isso, afirmo que o Governo age fora da lei e que há sempre pedras no meio dos nossos caminhos, inclusive, dos educadores do Estado”, completou o petista, lembrando dos 110 anos do nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade e recitando o seu mais famoso poema: “Tinha uma pedra no meio do caminho; No meio do caminho tinha uma pedra; Nunca me esquecerei desse acontecimento; Na vida de minhas retinas tão fatigadas; Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra; Tinha uma pedra no meio do caminho; No meio do caminho tinha uma pedra”.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

Entidades lançam livro sobre vida de Betinho


O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), a Ação Cidadania e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançarão do livro “O Brasil de Betinho”, organizado por Dulce Pandolfi, Augusto Gazir e Lucas Corrêa.

O evento acontece na próxima quarta-feira, 7 de novembro, às 18 horas no Centro de Cultura e Cidadania, Avenida Barão de Tefé, 75, Bairro Saúde, Rio de Janeiro – RJ.

Em 2012 são comemorados os 15 anos da morte de Herbert José de Sousa o Betinho, sociólogo e importante ativista dos direitos humanos no Brasil.

Serviço:

Lançamento do Livro “O Brasil de Betinho”
Dia: 7 de novembro (quarta-feira)
Horário: 18 horas
Local: Centro de Cultura e Cidadania, Av. Barão de Tefé, 75, Saúde, Rio de Janeiro (RJ)

Fonte: Ibase

terça-feira, 30 de outubro de 2012

José Ricardo vai reunir secretário da Seduc e representantes dos psicólogos e assistentes sociais em defesa da inclusão desses profissionais nas escolas


O deputado José Ricardo Wendling (PT) irá agendar reunião com o secretário de Estado da Educação (Seduc), Rossieli Soares da Silva, os deputados da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) e os representantes dos sindicatos dos psicólogos e dos assistentes sociais do Amazonas, em defesa da inclusão desses profissionais no novo concurso da Seduc.

José Ricardo apresentou duas emendas ao Projeto de Lei do Governo do Estado, que entrou em tramitação na Aleam, mas foi retirado de pauta para adequações, para acrescentar 585 vagas para psicólogos e outras 585 para assistentes sociais no Concurso Público que está lançando para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), propostas subscritas pelos deputados Luiz Castro (PPS) e Marcelo Ramos (PSB).

“Toda escola da rede estadual deve ter em seu quadro um psicólogo e um assistente social, profissionais importantes para a melhoria da qualidade do ensino”, declarou ele, que é autor de propostas na Aleam para acrescentar o profissional da psicologia e da assistência social na rede estadual de ensino.

A proposta de discutir esse assunto com a Seduc saiu da reunião realizada na manhã desta terça-feira (30) com José Ricardo, o presidente do Sindicato dos Psicólogos do Amazonas, Alberto Jorge; e o presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais, Márcio Rafael Rodrigues, tendo ainda a presença do líder do Governo na Aleam, deputado Sinésio Campos (PT), e do presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Sidney Leite (DEM).

Para os representantes desses profissionais, é urgente a inclusão dos psicólogos e dos assistentes sociais nas escolas, tendo em vista a alta evasão e violência escolar. “Falta vontade política para resolver essa questão. Porque esses problemas nas escolas passam por questões psicossociais e econômicas dos alunos, dos pais, dos professores e dos servidores”, destacou Alberto Jorge.

“É preciso trabalhar a prevenção para evitar problemas futuros nas escolas, devendo ser feita pelo assistente social e pelo psicólogo”, defendeu o representante dos assistentes sociais, Márcio Rafael, ressaltando ainda a importância do apoio político em projetos dessa relevância. As duas categorias informaram que irão entregar documentos ao secretário da Seduc e, se for necessário, ao próprio governador do Estado, justificando tecnicamente a necessidade desses profissionais nos quadros da Secretaria de Estado da Educação.

O líder do Governo na Assembleia, Sinésio Campos, informou que esse Projeto do Governo foi retirado de pauta para outras adequações e que é preciso analisar quais os impactos financeiros da inclusão de mais vagas nesse concurso. “Posso fazer essa interlocução com o Governo, porque sei da importância desses profissionais nas escolas. Sou professor”.

Já o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, Sidney Leite, defendeu que em Audiência Pública se discuta com o secretário da Seduc esse e outros assuntos ligados à área. “Precisamos ver qual o teto da folha de pagamento da Seduc”.

Entenda melhor as emendas

Pela proposta anunciada pelo Governo do Estado, o novo concurso terá 9.600 vagas para professores e pedagogos, sendo 1,3 mil vagas para merendeiros. “Finalmente, o Estado acordou para a situação irregular que estava implantando na Seduc, com os processos seletivos”, disse José Ricardo, que no ano passado ingressou com representação no Ministério Público do Estado (MPE) pedindo Ação Civil Pública contra a atitude, que chama de insensata, do governador em criar vagas em Processo Seletivo, deixando milhares de educadores em situação de instabilidade.

De acordo com deputado, é gritante a necessidade das escolas da rede estadual de ter em seus quadros psicólogos e assistentes sociais. Ele lembra que o Conselho Nacional de Educação (CNE) já discute a necessidade desses profissionais nas escolas do País. E informa que há 470 mil alunos na rede estadual e em torno de 25 mil professores. “Se tivermos um psicólogo e um assistente social por escola, teremos cada profissional desse atendendo uma média de 804 alunos e 44 professores, o que já é um número elevado”, destacou ele, lembrando que atualmente só existem 18 psicólogos na rede, uma proporção de 26,1 mil por profissional.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

SUS oferece 26 vacinas em campanhas que mantêm 95% de cobertura populacional nos últimos 10 anos

Uso de vacinas combinadas reduzem o número de picadas de injeção em crianças
Ação elimina doenças como poliomielite e sarampo 

A cobertura vacinal no País, nos últimos dez anos, atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário da criança e em campanhas de vacinação, com 26 vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são aplicadas gratuitamente nos 35 mil postos da rede pública. Além da erradicação de doenças como a poliomielite e o sarampo, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (MS) vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. “A vacina é uma aliada importante para controlar, combater e eliminar essas doenças”, diz o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Em 2011, por exemplo, a vacina BCG, que combate a tuberculose, atingiu 107,7% de cobertura vacinal. Já a tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola, atingiu 102,2% e meningocócica conjugada C, inserida no calendário em 2011, atingiu 105,5% de cobertura vacinal. “O Brasil é modelo para outros países que não conseguem atingir uma cobertura vacinal como a nossa”, diz Barbosa. O programa instituiu calendários não só para o primeiro ano de vida, mas também para crianças, adolescentes, adultos e idosos. 

Mobilização - Na campanha de vacinação contra poliomielite para menores de 5 anos de idade, em 2012, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças atingindo uma cobertura vacinal de 98%. As campanhas de vacinação contra influenza também mostram a capacidade de mobilização na adesão da população ao chamado à vacinação. Neste ano, foram registradas mais de 25 milhões de doses da vacina e a cobertura total atingiu 86,24% da população-alvo, estimada em cerca de 30 milhões de pessoas.

Além das 26 vacinas, são oferecidos pelo SUS: 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizados na prevenção e tratamento de doenças. Com o objetivo de ampliar o uso das vacinas combinadas, o MS incluiu, em 2012, no calendário de vacinação da criança, a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B), visando diminuir o número de aplicações de injeções nas crianças. Neste ano, também foi incluída no calendário da criança a vacina inativada poliomielite com o esquema vacinal sequencial de quatro doses em crianças menores de um ano de idade que estejam iniciando seu calendário de vacinação.

Varicela e hepatite farão parte do calendário

Para 2013, o MS vai oferecer mais duas vacinas no calendário básico de imunização: contra a varicela e contra a hepatite A. Em 2010, duas novas vacinas foram introduzidas no calendário vacinal: a pneumo 10 valente e a meningocócica conjugada. Desde a década de 70, estratégias diferenciadas como campanhas e vacinação de rotina resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em 1989, e, mais recentemente, em 2001, a eliminação da transmissão autóctone do sarampo no País.

Fato mais importante desta eleição é a volta do PT pela 3ª vez à Prefeitura de São Paulo

Fernando Haddad e Nádia
A vitória petista em São Paulo é o fato mais importante dessa eleição, encerrada com o 2º turno ontem. O partido venceu por consagradora maioria. Fernando Haddad elegeu-se com 3.387.720 votos (55,57% dos votos válidos), uma vantagem de quase 700 mil sobre os 2.708.768 votos (44,43%) obtidos pelo candidato tucano José Serra.

Pela terceira vez desde a redemocratização, em 1985, o PT volta a comandar a maior cidade brasileira, o maior orçamento municipal (cerca de RS 41 bi) e o 6º maior orçamento do país. As duas outras gestões do PT na capital paulista foram presididas pelas prefeitas Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004). Agora, em aliança com o PC do B e o PSB, mais o apoio do PMDB no 2º turno, o PT volta a governar a cidade mais populosa do país.

Como afirmou o prefeito eleito, Fernando Haddad, é uma vitória dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT e da sua militância, que mais uma vez provou que é de luta e o que de mais valioso o partido dispõe, tanto para sua atuação cotidiana quanto para disputar eleições e governar.

Vitória torna o PT responsável por desafio extraordinário


Mas o desafio é extraordinário. Um dos principais destes, também destacado pelo novo prefeito Haddad: "erradicar a pobreza, diminuir a grande desigualdade existente e derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre".

Este é realmente o principal desafio, já que a metrópole paulistana exige mudanças não apenas na gestão, mas no rumo social, econômico, politico e cultural da cidade para derrubar o muro mencionado pelo prefeito petista que assume dia 1º de janeiro.

É um desafio que exigirá repensar a cidade, seus espaços e mobilidade, seus serviços públicos, sua gestão, as relações entre os poderes, entre o governo e a sociedade, a participação popular e cidadã.

Boa sorte Haddad!

CORTA ESSA DE SUICÍDIO! - José Ribamar Bessa Freire*


Foi assim. No primeiro século da era cristã, os Guarani saíram da região amazônica, onde viviam, e caminharam em direção ao Cone Sul. Depois de longas andanças, ocuparam terras que hoje estão dentro de vários estados nacionais: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Os vestígios arqueológicos e linguísticos que foram deixando ao longo do caminho permitiram que os pesquisadores reconstruíssem essa rota e estabelecessem datas prováveis do percurso feito.
 
Dois mil anos depois, um italiano, nascido em 1948, em Toscana, atravessou o oceano Atlântico com sua família, veio para Porto Alegre, de lá para Curitiba, se naturalizou brasileiro e se instalou, finalmente, em Mato Grosso do Sul, onde encontrou os Guarani, que lá vivem há quase dois milênios. O italiano recém-chegado se tornou governador do Estado. Seu nome: André Puccinelli (PMDB - vixe, vixe).

A migração estrangeira ajudou a construir nosso país, quando conviveu em paz com os que aqui estavam há muitos séculos, sem atropelá-los. Muitos estrangeiros, honrados, trouxeram trabalho, riqueza e cultura e compartilharam o que tinham e o que produziam com o resto da sociedade que os acolheu. Ensinaram a aprenderam. Mudaram e foram mudados. Benditos estrangeiros que plasmaram a alma brasileira! 

No entanto, não foi isso o que sempre aconteceu em Mato Grosso do Sul. Lá, desde 1915, fazendeiros, pecuaristas e agronegociantes, quando chegaram, encontraram as terras ocupadas por índios. Consideraram as terras indígenas como "devolutas" e começaram a expulsar os que ali viviam, num processo que se acelerou nas últimas décadas. Foi aí que os invasores, representados hoje, no campo político, por André Puccinelli, colocaram seus documentos pra fora e, machistas, ordenaram autoritariamente:
- Deite que eu vou lhe usar!

Usaram a terra em proveito próprio, da mesma forma que o coronel Jesuíno, interpretado por José Wilker, usou a Sinhazinha na minissérie Gabriela: sem nenhum agrado, sem qualquer respeito. Com dose cavalar de brutalidade, desmataram, queimaram, exploraram os recursos naturais, abusaram dos agrotóxicos, colheram safras bilionárias de soja, cana e celulose, extraíram minério, poluíram rios e privatizaram a natureza para fins turísticos. Pensaram só neles, no lucro, e não na terra e na qualidade da vida, nem compartilharam com a sociedade, que ficou mais empobrecida.

Flor da terra

O resultado desastroso do uso da terra foi lamentado pelos líderes e professores Kaiowá em carta de 17 de março de 2007:
- O fogo da morte passou no corpo da terra, secando suas veias. O ardume do fogo torra sua pele. A mata chora e depois morre. O veneno intoxica. O lixo sufoca. A pisada do boi magoa o solo. O trator revira a terra. Fora de nossas terras, ouvimos seu choro e sua morte sem termos como socorrer a Vida.  
Para os Guarani, o que aconteceu foi um estupro, ferindo de morte a sinhazinha natureza. A relação deles com a terra é amorosa, eles não se consideram donos da terra, mas parceiros dela. Ela é o tekoha, o lugar onde cultivam o modo de ser guarani, o nhanderekó. "Guardamos com a terra" - diz o kaiowá Tonico Benites - "um forte sentimento religioso de pertencimento ao território".Não é a terra que pertence ao Guarani, mas o Guarani que pertence à terra.

O professor guarani Marcos Moreira, quando foi meu aluno no curso de formação de professores, entrevistou o velho Alexandre Acosta, da aldeia de Cantagalo (RS) que, entre outras coisas, falou:
- Esta terra que pisamos é um ser vivo, é gente, é nosso irmão. Tem corpo, tem veias, tem sangue. É por isso que o Guarani respeita a terra, que é também um Guarani. O Guarani não polui a água, pois o rio é o sangue de um Karai. Esta terra tem vida, só que muita gente não percebe. É uma pessoa, tem alma. Quando um Guarani entra na mata e precisa cortar uma árvore, ele conversa com ela, pede licença, pois sabe que se trata de um ser vivo, de uma pessoa, que é nosso parente e está acima de nós.
Os líderes Kaiowá reforçam essa relação com a terra quando lembram, na carta citada, que o criador do mundo criou o povo Guarani para ter alguém que admirasse toda o esplendor da natureza."O nosso povo foi destinado em sua origem como humanidade a viver, usufruir e cuidar deste lugar, de modo recíproco e mútuo" - escreve o kaiowá Tonico Benites, doutorando em antropologia. "Por isso, nós somos a flor da terra, como falamos em nossa língua: Yvy Poty" - completam os líderes Kaiowá.

Se a terra é um parente, a relação com ela deve ser de troca equilibrada, de solidariedade. É como a mãe que dá o leite para o filho. Ela dá, sem pensar em cobrar. Ela não cobra nada, mas socialmente espera que um dia, se precisar, o filho vai retribuir.

"Tudo isso é frescura" - dizem os fazendeiros e pecuaristas que pensam como o coronel Jesuíno: a terra é pra ser usada. E ponto final. Portanto, o conflito não é apenas fundiário, mas cultural, com proporções tão graves que a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, considera essa como "a maior tragédia conhecida na história indígena em todo o mundo". É que os Guarani decidiram defender a terra ferida e para isso realizaram um movimento de ocupação pacífica do território tradicional localizado à margem de cinco rios: Brilhantes, Dourados, Apa, Iguatemi e Hovy.

Apenas uma pequena parte do antigo território, que lhes permita sobreviver dignamente, é reivindicada. É o caso da comunidade Pyelito Kue-Mbarakay, no extremo sul do Estado, onde vivem 170 Kaiowá, dentro da fazenda Cambará, às margens do rio Hovy, município de Iguatemi (MS). A comunidade está cercado por pistoleiros e lá já ocorreram recentemente 4 mortes, duas por espancamento e tortura dos jagunços e duas por suicídio.

Somos Kaiowá

Um juiz federal, Sergio Henrique Bonacheia, determinou, em setembro último, a expulsão dos índios. Ele afirmou que não interessa "se as terras em litígio são ou foram tradicionalmente ocupadas pelos índios ou se o título dominial do autor é ou foi formado de maneira ilegítima". Os índios vão ter que sair - decidiu o magistrado.

O Ministério Público Federal e a Funai recorreram ao Tribunal Regional Federal contra tal decisão. Os índios se rebelaram, escreveram uma carta anunciando que dessa forma o juiz está decretando a morte coletiva, que ele pode enviar os tratores para cavar um grande buraco e enterrar os corpos de todos eles: 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, que eles ali ficam, como um ato de resistência, para morrer na terra onde estão enterrados seus avós.

O suicídio coletivo - assim a carta foi interpretada - teve enorme difusão nas redes sociais e ampla repercussão internacional, "com o silêncio aterrador" da mídia nacional, como lembrou Bob Fernandes, autor de um dos três artigos esclarecedores e informativos. Os outros dois foram de Eliane Brum e de Tonico Benites.

Construiu-se rapidamente nas redes sociais uma corrente de solidariedade, com sugestões para a realização de atos de protestos em muitas cidades brasileiras. "Nós todos somos Kaiowá" - disseram, parodiando um slogan que ficou célebre em maio de 1968, na França: "Nous sommes tous des juifs allemands". Um desses atos, marcado para hoje, domingo, dia 28, será no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, onde está instalada uma exposição sobre a vida da atriz Regina Duarte, proprietária de uma fazenda em MS e considerada porta-voz dos fazendeiros, por uma declaração infeliz que deu.

Diante da gravidade dos fatos, o governo federal convocou reunião de emergência para a próxima segunda-feira, com a participação de vários órgãos governamentais. A possibilidade de se efetivar o suicídio coletivo dos Kayowá se apoia em dados oficiais do Ministério da Saúde: nos últimos onze anos, entre 2.000 e 2011, ocorreram 555 suicídios, uma das taxas mais altas do mundo.

Se a tragédia acontecer, uma pergunta vai ter que ser respondida: suicídio coletivo? Será mesmo? A ideia de suicídio é, num certo sentido muito cômoda, porque isenta de culpa a terceiros. Mas se você é levado por alguém a se matar, trata-se de suicídio ou de uma forma de homicídio? O artigo 122 do Código Penal Brasileiro estabelece pena de reclusão para o agente que, através de ato, induz ou instiga alguém a se suicidar ou presta-lhe auxílio para que o faça. Quem pode ser incriminado neste caso?

A pergunta deve ser feita ao governador Puccinelli, implicado pela Operação Uragano da Polícia Federal num esquema ilegal de pagamento de propinas a deputados e desembargadores, que em maio de 2010, durante a abertura da Expoagro, em Dourados, incitou os fazendeiros contra os índios. A pergunta pode ser repassada também à senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que em artigo, ontem, na Folha de São Paulo, teve o descaro de escrever, com certa dose de cinismo e de deboche:
- "Se a Funai pensa, por exemplo, que são necessárias mais terras para os indígenas pela ocorrência da explosão demográfica em certa região, nada mais fácil do que comprar terras e distribuí-las".

O discurso da senadora - convenhamos - é transparente, porque evidencia a relação exclusivamente mercantil que têm com a terra, ela e aqueles que ela representa e da qual é porta-voz. Mostra ainda que ela não é capaz de entender a relação amorosa e religiosa dos Guarani com a terra. O coronel Jesuíno, certamente, assinaria embaixo de tal discurso.

P.S. Link para o artigo de Tonico Benites: 

Link para o artigo esclarecedor da ex-senadora Marina Silva: 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marinasilva/1171587-sobre-todos-nos.shtml

* Publicado no jornal Diário do Amazonas em 28/10/2012.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Haddad prefeito: discurso da vitória


"Boa noite a todos os cidadãos paulistanos, aos moradores da cidade de São Paulo. Minhas amigas e meus amigos, pela vontade soberana dos paulistanos, sou agora o prefeito eleito de São Paulo. Uma alegria imensa e uma enorme responsabilidade dividem espaço no meu peito. O sentimento mais forte, porém, é de gratidão. Eu quero agradecer em primeiro lugar aos milhões de homens e mulheres que me confiaram o voto. Muito obrigado aos moradores de São Paulo. Em seguida à minha família, minha mulher Ana Estela, minha filha Carolina, meu filho Frederico, que fizeram juntos muito sacrifício para me ajudar nessa jornada.

Quero agradecer do fundo do coração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viva o presidente Lula. Agradeço ao presidente Lula do fundo do coração pela confiança, pela orientação e apoio sem os quais seria impossível eu lograr qualquer êxito nas eleições. Quero agradecer fortemente a uma outra grande liderança nacional, a presidenta Dilma Rousseff. Agradeço à presidenta Dilma pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estímulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis dessa campanha. Quero agradecer aos partidos coligados no primeiro turno, nos quais sintetizo minha homenagem na figura da valorosa companheira, minha vice, Nádia Campeão.

Quero agradecer aos apoiadores que ampliaram nossa corrente no segundo turno, nos quais sintetizo minha homenagem e meu agradecimento nas figuras do querido deputado Gabriel Chalita e do vice-presidente Michel Temer. Muito obrigado, Michel Temer.

E quero fazer um agradecimento super especial ao meu grande partido, o Partido dos Trabalhadores. Partido que se lançou de corpo e alma nessa luta pacífica em favor do povo de São Paulo. Como seria impossível numerar os milhares de batalhadores diretos, sintetizo o meu agradecimento e homenagem na figura decisiva e equilibrada do coordenador da minha campanha, vereador Antonio Donato.

Quero agradecer por último, mas não menos importante, agradecer a todos os meus opositores, porque me obrigaram nessa campanha a extrair o melhor de mim para poder superá-los numa disputa limpa e democrática. A todos, indistintamente, o meu muito obrigado.

Minhas amigas e meus amigos, fui eleito por um sentimento de mudança que domina a alma do povo de São Paulo e sei da enorme responsabilidade de todos que são eleitos pela força deste signo, o signo da mudança. Ser prefeito pela força da mudança significa não ter tempo a perder, não ter medo de enfrentar, nem ter justificativas a dar para tornar esse sonho realidade. Significa não ter paciência nem pedir paciência, mas significa, antes de tudo, traçar prioridades e unir a cidade em torno de um projeto coletivo, de todos os paulistanos, de todos os moradores de São Paulo.

Meu objetivo central está plenamente delineado, discutido e aprovado pela maioria do povo de São Paulo: é diminuir a grande desigualdade existente em nossa cidade, é derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica e a cidade pobre.

Somos uma das mais ricas e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga assim por tempo indeterminado, exatamente num período que o Brasil vem passando por umas das mudanças sociais mais vigorosas do mundo. A prefeitura tem um papel importante nisso, pois é ela que cuida da oferta e da qualidade de alguns dos serviços públicos mais essenciais, como a saúde, o transporte, a educação, a habitação, entre outros. Melhorar esses serviços é também uma forma concreta de distribuir renda, diminuir os desequilíbrios, aumentar e garantir a paz social.

Sei que esta não é uma tarefa fácil, dada a complexidade dos problemas que vêm se acumulando ao longo dos últimos anos, Mas se São Paulo não conseguir resolver seus problemas, que cidade no Brasil e no mundo conseguirá fazê-lo?

O fracasso de São Paulo seria o fracasso desse genial modelo de convivência que a humanidade desenhou ao longo dos séculos para sobreviver e ser feliz. Esta invenção insuperável do gênero humano, que se chama cidade. E as cidades foram inventadas para unir, e não para desunir, para proteger, e não para fragilizar, para acarinhar, e não para violentar, para dar conforto e não sofrimento. São Paulo tem seus grandes problemas, mas tem e terá as suas próprias soluções.

O Brasil moderno nasceu aqui, e o surpreendente Brasil do novo milênio também nascerá aqui, se corrigirmos os nossos erros, se superarmos a inércia, se quebrarmos o imobilismo, e se recuperarmos a alma criativa e o espírito de empreendedorismo que sempre foram a marca de São Paulo. O mais fundamental, porém, é agregarmos a tudo isso uma profunda consciência social. É hora, repito, de fazer nascer uma nova São Paulo, capaz não apenas de se autocriticar, ou de se lamentar, mas de se reconstruir.

O primeiro passo que quero dar a partir de hoje é fazer com que a prefeitura recupere seu papel de liderar as forças criativas e produtivas e sociais da cidade. Nossa intelectualidade nunca perdeu sua capacidade de pensar, mas a prefeitura por vezes perdeu o interesse de atraí-las para um trabalho parceiro. Nossas forças produtivas nunca deixaram de crescer e progredir, mas a prefeitura por vezes se inibiu no papel de desenhar políticas urbanas de desenvolvimento, capazes de corrigir as distorções urbanísticas e abrir novas perspectivas para a cidade. Nossos movimentos sociais nunca deixaram de pensar, defender e expressar as ideias e sentimentos dos setores mais desprotegidos, porém, a prefeitura por vezes deixou de ouvi-los com a constância e sinceridade necessárias.

É hora, portanto, de atrair, unir e estimular as forças vivas o pensamento paulistano para um trabalho acima de interesses individuais ou partidários. São Paulo é nossa, São Paulo é de todos nós.

Para esta ação convido todas as mulheres e todos os homens de São Paulo, jovens e velhos, de todas as classes sociais, e de todas as colorações partidárias. Mas não conseguiremos essa meta se também não nos abrirmos cada vez mais para o Brasil e para o mundo. São Paulo não é uma ilha política, tampouco uma cidade de muralhas. São Paulo precisa firmar parcerias vigorosas, na esfera pública com o governo federal, com o governo estadual, e na esfera privada, com o que exista de mais avançado em pensamento e tecnologia no mundo.

Sei que contarei com o apoio decisivo do governo da presidenta Dilma, mas potencializarei esse apoio apresentando propostas e projetos criativos e irrecusáveis. Não adianta o governo federal se dispor a ajudar se nós, moradores de São Paulo, não fizermos nossa parte, apresentando a contrapartida da criação e da execução.

São Paulo tem que voltar a ser farol e antena. Farol pra iluminar seus passos e os passos do Brasil. Antena para captar o que existe de mais moderno, e para transmitir o que crie de mais diferenciado para nosso país e para o mundo.

Mas, como já disse, São Paulo tem que ser antes de tudo uma cidade-lar, um teto digno, limpo e decente, debaixo do qual toda família possa realizar seu sonho de ser feliz.São Paulo é de todos os nascidos aqui, é de todos os que vieram para cá, São Paulo é de todo o Brasil. Muito obrigado."

Ao ministro da CT&I, José Ricardo cobra funcionamento do Centro de Biotecnologia e mais recursos para pesquisa e desenvolvimento


Durante a nova visita a Manaus do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, na manhã desta segunda-feira (29), quando participou de reunião sobre o Plano Norte de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado José Ricardo Wendling (PT), cobrou a inclusão de recursos e investimentos no Plano Norte para o pleno funcionamento do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e que passe a integrar o MCTI, e não mais o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Além disso, o parlamentar propôs uma melhor definição na aplicação dos recursos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), oriundos do Polo de Informática, a fim de que beneficiem todos os estados da Amazônia Ocidental. “Parte dessas empresas é do Polo Industrial de Manaus (PIM) e hoje não temos uma clareza sobre o que de fato está sendo feito com parte desses recursos de P&D disponíveis para aplicação nas próprias empresas”, afirmou ele, ressaltando ainda a importância de se descontingenciar os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para onde é encaminhado o outro percentual dos recursos de P&D.

“Defendemos a disponibilização desses recursos, hoje contingenciados, bem como a mudança nas regras atuais, para que um percentual maior seja destinado a esse Fundo Nacional”, sugeriu José Ricardo, que no início de outubro entregou relatório ao próprio ministro, quando da sua vinda a cidade, com propostas e pleitos quanto à utilização dos recursos que as empresas incentivadas na área de informática do PIM devem investir em pesquisa e desenvolvimento, com inovações nas próprias empresas, bem como por meio das instituições de pesquisa que necessitam de recursos e na busca de novas alternativas econômicas no Amazonas. Como resposta dessa reunião, Raupp garantiu que em 2013 esses recursos serão descontingenciados.

Nesta segunda, o ministro disse que irá defender a proposta para que o CBA passe para o MCTI, que deverá dotá-lo de recursos orçamentários, como ainda que em dezembro próximo irá rediscutir com o empresariado esses recursos de P&D, para que possam ser melhor aproveitados na região.

Para o deputado, é positiva a vinda do ministro Marco Antonio Raupp ao Amazonas, porque traz toda a estrutura nacional para ouvir as sugestões dos estados, a partir das realidades regionais, na construção do Plano Norte de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na Aleam, ele irá discutir a ampliação de recursos para a CT&I, por meio de emenda ao Orçamento do Estado, como também cobrar que o Governo Federal continue tendo esse estratégico para a Amazônia.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

Baianas de acarajé obtêm título de patrimônio estadual



Na sexta-feira passada (26), as baianas de acarajé conquistam uma vitória pela qual lutam há anos: o título de patrimônio imaterial da Cultura do Estado da Bahia. O título foi concedido em ato no prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia. "Conseguimos, em 2005, ser reconhecidas como patrimônio cultural imaterial do Brasil, mas estávamos folclorizadas demais, com dificuldade para lutar pela nossa regulamentação e nossos direitos em nossa terra", afirma a presidente da Associação das Baianas e Vendedoras de Mingau da Bahia (Abam), Rita Santos.


Em meio à polêmica regra da Fifa, que proíbe a venda de acarajés por baianas dentro da Arena Fonte Nova, na Copa de 2014, e no raio de dois quilômetros próximo ao estádio, o título chega em boa hora para a categoria. Para Rita, caberá ao titular da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo Fifa 2014 (Secopa), Ney Campello, reverter a proibição com bons argumentos. "É preciso mostrar que mais do que um alimento, produzimos e fortalecemos uma cultura. A McDonald's, patrocinadora da Copa, nada tem a ver com a Bahia", reclama.


De acordo com a assessoria de comunicação da Secopa, um ofício foi enviado à Fifa no início deste mês, mas até ontem a federação ainda não havia respondido. A Secopa ainda reforça que há um esforço do secretário para garantir a presença das baianas. Conforme a Fifa, a comida típica baiana será comercializada dentro do estádio por empresas que vencerem o processo licitatório. O resultado sairá em novembro. "Não será acarajé, mas bolinho de feijão frito no dendê. O turista vai sair daqui sem conhecer", defende Rita.


Antigas - Dentre os motivos para festejar o novo título, está a facilidade de lutar por políticas públicas para a categoria. São cerca de cinco mil quituteiras registradas na associação (entre baianas de acarajé e vendedoras de mingau). A luta é por plano de saúde, por uma linha de financiamento específico e também pela garantia de direitos trabalhistas.


Na antiga Fonte Nova, atuavam regulamentadas oito baianas de acarajé, queridas por todos os frequentadores. Uma delas, Marijane Santos, possui carteira da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia há 41 anos. A proibição tem gerado forte repulsa nas redes sociais, entre baianos e turistas.

PT vai administrar maior parte do orçamento municipal do país

Por RICARDO MENDONÇA

Terceiro lugar no número de prefeitos eleitos, com 634 vitórias entre o primeiro e o segundo turno, o PT é o partido que irá governar municípios para o maior número de eleitores: 27,6 milhões, ou 20% do eleitorado do país.

Será responsável também pela gestão da maior parte das receitas orçamentárias municipais: R$ 76,2 bilhões.

Em relação aos resultados das eleições de 2008, o total de eleitores governados por prefeitos petistas crescerá 29% em 2013, quando os eleitos ontem e no primeiro turno deverão assumir.

O aumento considerável do eleitorado sob o PT é fruto da vitória em um único município, São Paulo, maior e mais rica cidade do país, com 8,6 milhões de eleitores e R$ 32,1 bilhões de orçamento (2011).

Sem a capital paulista, o PT teria crescido da mesma forma em número de prefeitos eleitos. Mas governaria para 2,4 milhões de eleitores a menos na comparação com 2008.

Além do PT, o PSB é a única legenda que cresceu no grupo das dez maiores siglas do país. Em número total de prefeitos eleitos, os socialistas pularam de 308 para 441, um avanço de 43%. Ficaram atrás do estreante PSD (500 prefeituras) e do PP (467), mas irá governar para mais gente que esses dois partidos, pois suas vitórias estão concentradas em cidades maiores.

Já os partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff saem da eleição menores do que entraram. Na comparação com 2008, PSDB, DEM e PPS, os três principais oposicionistas, terão 309 prefeituras a menos. Puxados para baixo principalmente pelo DEM, irão governar para 10,5 milhões de eleitores a menos.

A partir de 2013, prefeitos tucanos irão governar para 18,4 milhões de eleitores, queda de 3% sobre 2008. Em número total de prefeituras, o PSDB caiu de 787 para 698, mas continua sendo o segundo maior do país por esse critério, atrás do PMDB, que ganhou em 1.027 municípios.

Chama a atenção o avanço do PSDB na região norte. Os tucanos Arthur Virgílio e Zenaldo Coutinho venceram em Manaus e Belém, as duas maiores capitais da região.

Empresas terão R$ 850 mi para reforçar geração e distribuição de energia em estados-sede da Copa

Geração eólica no porto de Fortaleza
Recursos serão do BNDES

Empresas estaduais de energia elétrica, sediadas nos estados onde haverá jogos da Copa do Mundo de 2014, tiveram o limite para operações de crédito ampliado em R$ 500 milhões, por decisão tomada na quinta-feira (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com a resolução publicada no Diário Oficial da União do dia 26, o volume total de recursos passou de R$ 350 milhões para R$ 850 milhões, oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O recurso é destinado a obras de investimento em geração, transmissão e distribuição de energia. De acordo com o assessor do Secretário do Tesouro Nacional, Bruno Leal, a medida está ligada à identificação, pelo GT da Copa e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da necessidade de novos investimentos que possam garantir energia elétrica durante o evento.

Fundos - Em outra decisão, o CMN reduziu para 2,94% ao ano os encargos financeiros em operações de investimento realizadas com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Essa taxa valerá para as operações contratadas entre 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012. Qualquer empresa ou produtor rural pode ter acesso a essa linha de crédito, desde que seja destinada a operações de investimentos em área rural e urbana. “Antes, esses fundos faziam uma diferenciação de encargos, não era uma alíquota única; variava de 4% a 10%. Agora, as operações vinculadas a investimento terão encargos de 2,94%”, explicou Bruno Leal.

Segundo ele, com o processo de redução da taxa de juros, houve a necessidade de se alterar as taxas e os encargos desses fundos regionais de promoção do desenvolvimento regional. Essa taxa temporária poderá ser reduzida ainda mais com o bônus de adimplência de 15%. Assim, àqueles tomadores que estiverem com o pagamento em dia, o encargo pode chegar a 2,5%.

Produtores rurais do Norte e Nordeste poderão negociar dívidas

O CMN também instituiu linha de crédito rural para negociação de dívidas dos produtores rurais das regiões Norte e Nordeste, afetados por enchentes ou seca, que não tenham sido renegociadas anteriormente. O recurso para essa nova linha virá dos fundos constitucionais de ambas as regiões.

As renegociações estão limitadas a R$ 200 mil por beneficiário, sendo que os encargos vão variar de 5% a 8,5% ao ano. “Para ter acesso, as pessoas têm que oferecer as garantias necessárias; fazer as amortizações mínimas de 2% quando a operação for de até R$ 35 mil, e de 5% nos demais casos”, diz o secretário-adjunto de Política Agrícola, João Rabelo.

Podem ser renegociadas as dívidas de custeio e investimento contratadas até o dia 30 de julho de 2006, no valor de até R$ 100 mil. “O foco principal são aquelas operações que tinham taxa de juro variável. O objetivo é trazer uma parcela significativa da população que sofreu com a seca e com as enchentes para a adimplência e, assim, passar a ter acesso ao crédito”, ressaltou Rabelo. O prazo de reembolso é de dez anos e a formalização deve ser feita até 31 de dezembro de 2013.

domingo, 28 de outubro de 2012

Marido agride a mulher ao ser pego usando calcinha

EL PAIS: Candidato de Lula arrebata do PSDB a prefeitura de São Paulo

Haddad celebra sua vitória.
O ex-ministro Fernando Haddad ganha confortavelmente José Serra no segundo turno.

O prefeito de São Paulo, a cidade maior e mais importante do Brasil, foi novamente conquistada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, o candidato escolhido pelo presidente Lula da Silva, em uma operação de risco, como foi a da presidente Dilma Rousseff, também escolhido por ele, passou ontem por uma larga margem o candidato do Social Democracia Brasileira (PSDB), o adversário José Serra, que havia sido prefeito e governador de São Paulo.

O candidato de Lula começou nas pesquisas com 3% das intenções de voto, contra 30% do candidato da oposição, Serra. Haddad acabou vencendo a eleição.

Estratégia de Lula foi o de apresentar um candidato que ele chamou de renovação: Haddad, de 49 anos, jovem e novo, contra Serra, de 70 anos e no final de sua carreira política, em que ele jogou contra o Lula presidencial e Dilma rosto e foi homenageada pela ONU por seu trabalho como ministro da Saúde. A aposta não foi fácil, porque São Paulo foi por 30 anos feudo do PSDB. O prefeito da cidade e o governo do Estado são fundamentais nas eleições presidenciais.

Lula precisava para ganhar a sua aposta por dois motivos específicos: pensar reeleição de Dilma em 2014 e para remover o espinho de ver fundadores históricos e líderes do seu partido, como José Dirceu e Genoíno José, dois ex-guerrilheiros da época da ditadura militar, condenado por corrupção e formação de uma organização criminosa pelo Supremo Tribunal Federal.

Lula acredita que o julgamento do mensalão tem sido uma forma de criminalizar o seu partido e os seus governos populares e ainda disse que ele e seu partido "a absolver nas urnas."

O PT também foi derrotado nas grandes cidades, como Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Fortaleza, Cuiabá e Diadema, mas não há dúvida de que a grande aposta foi São Paulo, a capital econômica e financeira do país, a cidade com o maior orçamento e 25% do PIB nacional.

A vitória do PT em São Paulo reposicionado para combinar com Lula e Dilma na ribalta da política, não só locais, mas também nacionais e é um contrapeso para o prejuízo sofrido pelo mensalão caso como dirigentes do PT condenado pertencem ao poder supremo de São Paulo PT.

Além disso, a derrota de Serra em São Paulo fez soar o alerta no PSDB. Ontem, fundador do partido e ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, anunciou que o PSDB precisa de uma reformulação de seus líderes.

Serra aposentando-se da política, o eixo do PSDB se desvia em direção a Minas Gerais, onde o jovem Aécio Neves vai tomar as rédeas e ser o candidato presidencial em 2014, desafiando Rousseff.

A outra novidade dessas eleições é a vitória de importantes prefeituras pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), cujo líder é o jovem governador Eduardo Campos. Seu partido é agora um aliado do governo Dilma, mas se prepara para tomar o voo e apresentar um candidato presidencial em 2018.

Aécio e Eduardo Campos são amigos hoje, apesar de ser um do governo e outro da oposição. Juntos, eles apoiaram as eleições de Minas Gerais, que derrotou o candidato de Lula. Alguns analistas estão apostando que poderiam formar uma coligação para 2014.

JOAQUIM BARBOSA – A VINGANÇA EM NOME DA JUSTIÇA

Por Carlos Henrique Machado Freitas

Seguindo os mandamentos da mídia, Joaquim Barbosa se transformou no prato predileto dos bistrôs da elite brasileira. Basta buscarmos em nossas raízes para lembrar que os donos da onça sempre gostaram de assistir aos negros escravos e índios na grelha das várias inquisições protagonizadas pelas oligarquias.

Barriga cheia para esse mundo é agora José Dirceu e José Genuíno que estão sendo de forma cuidadosa preparados para serem servidos na bandeja do luxuoso prato pelo garçom Joaquim Barbosa. E é o próprio que, no STF, transforma-se em “chef” e cozinheiro da gastronomia bizarra que proclama a limpeza do Brasil em nome da ética.

Joaquim Barbosa embarcou no roteiro da mídia para buscar caminhos alternativos golpeando a constituição para dar todos os sabores da imaginação aos linchadores de plantão. Um verdadeiro boneco com conteúdo inteiramente gratuito a serviço da vingança das elites contra o PT.

Na verdade o que está reservado ao futuro de Joaquim é a imagem de guru das milícias, das cortes marginais das forças paralelas ao Estado. Esse influxo que revelará a profunda decadência do “herói do Brasil” dará ao notório Ministro Joaquim Barbosa o título público de Torquemada.

Quem tem assistido à novela do STF percebe a aflição vingadora do espírito de um juíz que conduz ao suicídio o próprio Supremo Tribunal Federal. Joaquim quer permanecer na cena, prolongando o máximo possível a sua imagem sobre o vazio das provas. Gesticula, amplia o volume de sua voz, mantendo-se assim portador de uma severidade medieval que beira à esquizofrenia e ataca quem não alcançar sua amplitude romanceada por uma “sensibilidade” contra os “corruptores e corrompidos”. Tudo para dar gosto ao nucleozinho de civilização refletido nas mesas da elite do Rio de Janeiro, mas sobretudo as da elite de São Paulo.

Joaquim Barbosa se transformou num amante de si mesmo, num personagem novo, num vago transgressor da constituição encarnando o espírito profundo da cultura das oligarquias brasileiras e seus eternos complexos de inferioridade, principalmente diante da Europa e dos Estados Unidos. Talvez por isso Joaquim tenha se debruçado eletricamente para deferir contra a constituição brasileira sua lógica de pessimismo e enaltecer a constituição americana, oferendo aos condenados a corda do enforcamento, coisa típica da barbárie americana que reflete uma civilização que caminha a passos largos para a decadência moral e, consequentemente econômica.

Joaquim Barbosa, de cinco em cinco minutos, mantém o dogma do inquisidor e, numa clássica dimensão de seu ódio como genial teoria do direito, da justiça, expõe a espessura dos paus e pedras que devem ser jogados aos hereges que trairam os costumes das sociedades ocultas.

A máquina do tempo já cobra de Joaquim a desaparição do herói da Veja. O chinfrineiro imperador que sugere a civilização da vingança não merecerá, num futuro muito próximo, um minuto de atenção. E a coroa de louros que a mídia lhe concedeu, não demora, se transformará em uma coroa de espinhos.

Fernando Haddad (PT) é eleito prefeito de São Paulo

Fernando Haddad novo prefeito de São Paulo
Com 92% das seções apuradas, o candidato Fernando Haddad (PT) está matematicamente eleito para a prefeitura de São Paulo, com 56,03% dos votos válidos, contra 43,97% de José Serra (PSDB). As informações são do Tribunal Superior Eleitoral.

Com cinco livros publicados, mestrado em Economia e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), Fernando Haddad foi ministro da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, entre julho de 2005 e janeiro de 2012.

O novo prefeito de São Paulo iniciou a corrida eleitoral na capital do Estado praticamente desconhecido do eleitorado paulistano. O petista acertou a estratégia e conseguiu superar um início lento nas pesquisas, que o colocavam em quarto lugar na disputa antes do início da propaganda eleitoral.

O primeiro passo político do prefeito eleito deve ser articular, a partir deste domingo, 28, uma aproximação com a base kassabista na Câmara Municipal. Coordenadores da campanha petista calculam que Haddad precisa do apoio de pelo menos 30 vereadores para conseguir a presidência da Casa na eleição do dia 1.º de janeiro.

Arthur Neto é o novo Prefeito de Manaus


Artur Neto (PSDB) foi eleito prefeito de Manaus em segundo turno. O resultado foi confirmado às 17h31, com 83% das urnas apuradas. Candidato tucano venceu Vanessa Grazziotin (PC do B).

sábado, 27 de outubro de 2012

VITÓRIA DE HADDAD X LULA EM 2014


Se os indicadores confirmarem-se com a eleição de Fernando Haddad em São Paulo, amanhã (28), Lula conseguirá uma bela vitória no feudo dos tucanos, criando condições favoráveis para ele, em 2014, disputar mais uma eleição, se a saúde permitir.

Lula se esquiva quando questionado se pretende se candidatar novamente a algum cargo político, dizendo: “não sei se estarei vivo em 2014".

Vamos aguardar o resultado das eleições de amanhã para vermos quais os próximos lances da política brasileira.

Vettel faz pole e vê Alonso em quinto no GP da Índia; Felipe Massa larga na 6ª posição

REUTERS/Adnan Abidi

E a pole de Vettel está longe de ser uma surpresa. Até agora, ele não foi superado em nenhuma sessão de treinos na Índia. O atual bicampeão da categoria liderou nos três treinos livres que aconteceram na sexta e na manhã indiana deste sábado.

Mais importante que isso, no entanto, é a distância para Fernando Alonso, que mais uma vez terá de largar brigando por posições. Desde a volta das férias do meio do ano, as confusões no início das corridas lhe custaram acidentes em duas oportunidades: em Spa, ele se envolveu em um acidente grave com Romain Grosjean, enquanto no Japão ele se chocou com Kimi Raikkonen.

Desta vez, a disputa nas primeiras curvas pode ser um pouco mais fácil, já que quem divide a terceira fila com ele é Felipe Massa, seu companheiro de Ferrari. Em seu primeiro treino após a renovação com a Ferrari, o brasileiro não tem muito o que comemorar, apesar de estar próximo de Alonso.

A primeira parte do treino rendeu um susto ao piloto. O ferrarista já tinha praticamente garantido seu lugar no Q2 quando rodou sozinho. Mesmo assim, ele avançou sem problemas.

A etapa seguinte do tempo classificatório seria mais difícil para ele. Felipe Massa errou em sua primeira tentativa de volta rápida e por pouco não caiu no Q2, avançando apenas na décima colocação. Na disputa da pole, ele ameaçou brigar pela primeira colocação com a melhor parcial da pista, mas caiu de rendimento e teve de se contentar com o sexto lugar.

Bruno Senna, por sua vez, chegou a marcar o sexto tempo, mas foi superado no fim e ficou fora da decisão da pole, ao contrário do companheiro Pastor Maldonado.

“Dava para brigar. Na primeira volta cometi um erro. Estava super perto como sempre e dessa vez o carro está bom. Eu errei e isso custou o Q3 pra mim. Para o ritmo de corrida, o gasto de pneu é baixo e vamos ver o que dá para fazer amanhã”, disse Bruno Senna na chegada aos boxes. 



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Moradores do bairro Amazonino Mendes reclamam da falta de água e faturas elevadas

Segurando vasilhas e as faturas de valores elevados, os moradores da rua 21 protesto em frente ao poço (Euzivaldo Queiroz)
As interrupções no fornecimento de água para o bairro Amazonino Mndes, de acordo com a Manaus Ambiental são necessárias para os trabalhos de melhorias na rede de distribuição do lugar.

Moradores do bairro Amazonino Mendes, localizado na Zona Norte de Manaus estão indignados com a recente falta de água no local e os valores elevados das faturas recebidas nos últimos meses, que variam de R$ 100 a R$ 90 mil.

De acordo com os moradores, um serviço de identificação de pontos da rede de abastecimento do bairro realizado pela Manaus Ambiental para serem interligados aos canos da rede de abastecimento de áreas habitacionais no entorno do bairro, teria comprometido o fornecimento de água na área. Segundo eles, as ruas mais afetas são a 15, 21 e 27.

A dona de casa Jucilene Malheiros e demais moradores da rua 21, disse que o fornecimento de água no bairro Amazonino Mendes é feito por poço e nunca apresentou problemas de interrupção. Entretanto, desde que começaram as obras da empresa, há pouco mais de dois meses, o abastecimento no lugar ficou comprometido.

“Como aqui é água de poço e era taxada. As faturas variavam de R$ 15 a R$ 25. Não passava disso. De repente, sem nenhuma explicação começamos a receber contas com valores acima daquilo que pagávamos. E o que é pior, sem estar consumindo água”, explica o autônomo Mário da Cruz. Nesta semana, alguns moradores da rua 21 resolveram entrar no terreno onde se encontra o poço de abastecimento e ligar uma mangueira para abastecer algumas das casas.

Sem Atendimento

Além da interrupção de água, a dona de casa Maralice dos Santos não sabe o que fazer com uma fatura no valor de R$ 94.260. A filha dela, Elen Santos da Silva, 30, disse ter ido ao PAC São José, no bairro São José, Zona Leste de Manaus, para tentar resolver a questão, mas foi informada que a conta deveria ser primeiro paga, para que o caso fosse solucionado.

“Não temos condições de pagar esta conta. Além disso, não consumimos tudo isso de água. Não sabemos o que fazer”, informa Elen.

A aposentada Elizabeth da Silva Oliveira, 61, coleciona faturas que variam de R$ 300 a R$ 3 mil. Ela disse que ao contrário dos vizinhos, ela já ingressou com ação na Justiça Estadual contra a empresa devido aos valores elevados na fatura.

“O que vem acontecendo aqui é uma falta de respeito com os moradores. Mesmo a nossa água sendo taxada, nunca deixei de pagar a fatura, sempre em dias”, reclama Jucilene Malheiros, que detém uma fatura no valor de R$ 5.915,59.

Tanto ela quanto os demais moradores informaram ter procurado a empresa concessionária para tratar da falta de água e das faturas, por telefone, mas o número fornecido a eles durante a ligação apresentava uma gravação dando conta de que o mesmo estava em manutenção.

Nota

A empresa Manaus Ambiental por meio de uma nota informou que durante as últimas semanas vem fazendo diversas manutenções em todo o bairro Amazonino Mendes, com o intuito de melhorar o abastecimento na área.

De acordo com a nota, “as interrupções na distribuição se fazem necessárias para que os serviços sejam realizados”. A concessionária estará monitorando toda a área e restabelecendo o serviço de abastecimento ainda nesta sexta-feira (26) à noite. Conforme a nota, após a normalização do mesmo, a empresa irá programar a retirada de todas às ligações clandestinas feitas no Centro de Produção de Águas Subterrâneas (CPAS), do bairro Amazonino Mendes, visto que esta forma de abastecimento é totalmente irregular, podendo prejudicar todo bairro.

A concessionária frisa que está em contato direto com a comunidade, por meio do líder do bairro - identificado como Jackson -, promovendo diversas visitas e acompanhando todas as reclamações de abastecimento e de faturas. Desde a última terça-feira (22), a empresa vem realizando o projeto “Atendimento Itinerante”, que pretende promover a facilidade do atendimento no bairro, não precisando o cliente se deslocar até o SAC ou PACs para ser atendido. Toda e qualquer dúvida ou reclamação sobre faturas de alto consumo, a Manaus Ambiental solicita que o cliente se dirija para o “Atendimento Itinerante”, que está acontecendo na rua 48, quadra 80, nº 58, às segundas, das 9h às 17h, e às terças, de 9h às 20h.

Segundo a nota, além do “Atendimento Itinerante”, a Manaus Ambiental irá iniciar no mês de novembro, uma série de palestras e orientações de consumo em todo o bairro Amazonino Mendes, que tem por finalidade sensibilizar aos clientes a importância do uso correto da água tratada, além de oferecer dicas de como identificar vazamentos internos, economia de água, dentre outros.

A empresa também salienta que a afirmação dos moradores quando a necessidade de pagar as faturas para somente depois terem o direito de reclamar não faz mais parte da política de atendimento da empresa, desde que a mesma assumiu a concessão na cidade, além de reforçar que o Call Center está disponível 24h, por meio dos telefones 0800 920 195, não tendo registrado nenhuma manutenção em sua linha telefônica.

Presidenta lança plano para ampliar produção de pescados



A presidenta Dilma Rousseff lançou um plano para ampliar a produção de pescados no país. Ao anunciar o Plano Safra do setor ela disse que atividades ligadas à pesca e à aquicultura serão centrais para o país, tanto econômica quanto socialmente. A meta é elevar a produção nacional para 2 milhões de toneladas de pescado ao ano até 2014. “Essa atividade, que era lateral, será central do nosso país”, garantiu a presidenta. 

Além de desonerar a cadeia produtiva, o governo pretende, com o plano, investir R$ 4 bi até 2014 em financiamentos para a produção pesqueira, por meio de diversos programas. O pensamento da presidenta é que está na hora de o país transformar seu potencial – o maior do mundo – em atividades sociais e econômicas, além de estimular melhores hábitos alimentares para o brasileiro. É este 

Dilma Rousseff vê as atividades da pesca e da aquicultura como “um dos grandes setores que caracterizarão o século 21: o fornecimento de proteína, para gerar inclusão social e melhoria da qualidade do trabalho”. 

Para mostrar que o tamanho do desafio que temos à frente Dilma Rousseff comparou a enorme extensão da costa brasileira, o domínio sobre 13% da reserva mundial de água doce e “um mar interno feito de reservatórios e açudes em praticamente todas as nossas bacias hidrográficas” com as posições que o país ocupa no ranking entre os países.

Apesar de todas as condições positivas, o Brasil ocupa apenas “a 23ª posição na pesca e a 17ª na aquicultura” no ranking mundial. Com o Plano Safra anunciado, o governo pretende tornar o Brasil “um exportador do tamanho do seu potencial” até 2020, ampliando a renda e o trabalho de milhões de brasileiros.

As iniciativas do Plano Safra na área da pesca

Para atingir o objetivo o governo pretende, entre diversas outras frentes de ação, ajudar os produtores a reduzir o desperdício no manuseio. Só com essa frente, o governo quer aumentar em 40% a renda dos profissionais. A ampliação das ações governamentais abrangerá, também, aprimoramento das técnicas de cultivo e manuseio, modernização de equipamentos, oferta de assistência técnica, investimento em pesquisa e mais estrutura à cadeia produtiva. 

Linhas de crédito para pequenos pescadores e aquicultores serão criadas para que os produtores possam investir em novas estruturas, equipamentos e barcos. A previsão é que 330 mil famílias sejam beneficiadas com mais crédito, juros menores e prazos mais longos para o financiamento.

“Vamos fortalecer a atividade pesqueira, transformando-a em instrumento de crescimento econômico do país”, afirmou a presidenta, para quem as atividades do setor acabarão se tornando tão importantes para nós quanto a agricultura.

Termina rebelião em cadeia feminina após protesto por comida e água

Policiais da Rocam ajudaram a conter a rebelião (Odair Leal)
As detentas teriam iniciado o tumulto durante o horário do almoço que teve feijoada como cardápio do dia. As internas teriam reclamado de comida estragada. Outra reivindicação das internas era a falta de água, que já duravam três dias, já que as caixas d’água apresentavam defeitos

Por volta das 14h, desta sexta- feira (26) encerrou uma rebelião na ala feminina de um grupo de internas da cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, localizada na Zona Sul de Manaus. Três pessoas sofreram queimaduras e foram socorridas por ambulâncias, segundo o Corpo de Bombeiros. 

As detentas teriam iniciado o tumulto durante o horário do almoço que teve feijoada como cardápio do dia. As internas teriam reclamado de comida estragada.

Outra reivindicação das internas era a falta de água, que já duravam três dias, já que as caixas d’água apresentavam defeitos. A exigência foi atendida pelo coronel PM Lourismar Bonates. Duas novas caixas d’água foram adquiridas e o Corpo de Bombeiros abasteceu.

De acordo com informações de testemunhas, as presas atearam fogo em colchões e renderam uma mulher numa cela durante tumulto. Após a rebelião foi feita uma revista e foram encontrados celulares e armas brancas.

No inicio da tarde, familiares das detentas foram ao local, e desesperados se alglomeraram no portão da cadeia pública na tentativa de obter informações sobre a situação.

REUNIÃO DO COMITÊ POPULAR DA COPA DE MANAUS


CONVOCATÓRIA

Companheiras e companheiros,

Para darmos continuidade ao processo de construção das lutas para enfrentar os impactos sociais da Copa do Mundo 2014. Estamos convocando uma reunião do Comitê Popular da Copa Manaus, para terça-feira, 30 de outubro de 2012, as 18:30h, no CEFAM (Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus), Av. Joaquim Nabuco, 1023 – centro.

Inicialmente temos como previsão de pauta os seguintes pontos:

Ø Informes;
Ø Oficina do Polis e visita da relatoria da plataforma DHESCA;
Ø Proposta para plenária do Comitê;
Ø Proposta do ato do dia 1º de dezembro;
Ø Proposta do GT de Formação;
Ø Proposta do GT de Comunicação;
Ø Táticas para reaproximação com as famílias atingidas pelo BRT;
Ø Questões Organizacionais; e
Ø Sobre outros temas relacionados a Copa: monotrilho; endividamento do estado; exploração sexual de mulheres, criança e adolescentes.

Aguardamos a presença de todas as entidades, movimentos, organizações e militantes que estão neste processo de luta. Pedimos a confirmação da presença na reunião.

Saudações,

Vasconcelos Filho
Comitê Popular da Copa de Manaus

POLÍTICA ESPORTIVA: Em Manaus precisa funcionar!

Por Nailson Castro
É o fim do período eleitoral e inicio dos preparativos para um novo mandato. O esporte, por meio das urnas, deu seu recado. Vereadores com a bandeira do esporte foram eleitos. O que esperamos e vamos cobrar, é que desde o primeiro dia de mandato, passem a pensar verdadeiramente no segmento que os elegeu. A exemplo de uma partida de dominó, o jogo começa na primeira pedrada e não nas finais. Sendo assim esperamos que a vereança esportiva trabalhe desde já.

Dentre os nomes mais fortes estão Fabrício Lima e Ednailson Rozenha. É neles que nós, do meio esportivo, vamos depositar confiança e, principalmente, cobranças. Aliás, cobranças em nome da esperança de ver tudo melhor. E temos mesmo que cobrar, para não deixá-los na zona de conforto. Manaus tem se mostrado inconformada e isso se estende ao desporto. É preciso evoluir. Dar o reconhecimento que o desporto merece. Dar a atenção que o desporto precisa, a estrutura que o desporto exige e o tamanho que lhe é devido. O desporto é grande, é complexo, é eficiente, é saudável, é útil, é seguro. O desporto é muito e dessa forma é que deve ser observado por nossos representantes.

Na escola auxilia e até empurra o aprendizado. Nas comunidades é agente social. Na sociedade se impõe como ciência, como profissão, como ponte para diversos objetivos, como médico em diversas situações, como vacina e como remédio. Sendo assim, nossos representantes, colocados lá por nós, ansiosos de justiça, não podem descansar ou pestanejar. Devem priorizar o desporto nas pautas da casa, nas conversas com o executivo, nos atendimentos de gabinete, no trabalho de campo, nos registros diários. Nós vamos cobrar esse comportamento, pois precisamos dessas atitudes.

Na linguagem das quadras, campos, ginásios e locais de competições, fiscela é a ação desnecessária, o elogio impróprio, o descanso desmerecido, a vitória injusta. No dicionário o significado é outro, mas no dialeto esportivo é algo deplorável. Não precisamos de fiscela e muito menos de fiscelentos. E vamos lutar contra as fiscelas e os fiscelentos. Contra os ficcionistas e as ficções. Contra os armadores e as armações.

Precisamos de trabalho real, de ações verdadeiras, de vitórias reais. O desporto de participação vai bem, mas pode ser melhor, afinal de contas o indicado para nossas crianças e idosos é a hidroginástica, sendo assim, que sejam providenciadas as piscinas. O desporto educacional precisa melhorar já que nas escolas os espaços são mínimos, quando existem. O desporto de rendimento é o mais carente de todos. Até hoje é ignorado pelo município. Não está na Lei Orgânica de Manaus e isso precisa ser corrigido. Manaus, a 6ª cidade mais rica do Brasil, precisa abraçar seus melhores atletas. Um abraço generoso e seguro.

Nossa infraestrutura municipal para competições nos envergonham. Manaus não tem ginásio, nem estádio, nem ambiente próprio para jogos indoor. É uma vergonha , já que Rio Branco, aqui ao lado, possui tudo isso.
A agenda de competições nacionais não pode cair. Tem necessariamente que crescer. Pelo menos tem que acontecer, independente de quem esteja à frente da Secretaria municipal de Desporto. Nossos campeões não podem mais migrar para outras cidades, enfim, a Manaus esportiva precisa de um planejamento sério, de funcionalidade contínua e de uma verdadeira política desportiva.

PAA realiza operação de compra de peixe no Amazonas

Imagem: http://thomazrural.blogspot.com.br/
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai realizar operação especial de aquisição de pescado in natura, oriundo da pesca artesanal fluvial no estado do Amazonas, no período de outubro de 2012 a março de 2013 – é o que informa comunicado da companhia.

A operação será executada nos municípios amazonenses de Lábrea, Tefé, Benjamin Constant, Urucurituba, Urucará, Itacoatiara, Manaquiri, Parintins, Manacapuru, Iranduba. De acordo com o superintendente regional da Conab no Amazonas, Thomáz Antônio Perez, a aquisição do pescado será feita de acordo com as demandas locais. “Onde houver um excedente do produto a Conab irá intervir para que não haja desperdícios e para garantir uma renda mínima aos pescadores da região”, afirma. 

O preço fixado na operação é de R$ 1,50 por quilograma de peixe. As espécies passíveis de compra são: jaraqui, branquinha, sardinha, pacu, curimatã, aracu, cubio, mapará e outras consideradas como peixe popular ou miúdo, pescados de forma artesanal.

Deverão ser obedecidas as normas que regem a permissão de captura, especialmente quanto ao tamanho mínimo de cada espécie, e as exigências sanitárias. O produto adquirido será doado para entidades e programas de assistência social como o Mesa Brasil (Sesc).

A Conab detalhará em cada operação a demanda por consumo do pescado, os limites de compra por beneficiário fornecedor, a priorização do público produtor e consumidor e a logística de distribuição.

Os pescadores que quiserem participar da ação devem ser detentores da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). 

Informações: (92) 3182-2402.

Fonte: Ascom/Conab