José Ricardo critica critério para professores obterem progressão por tempo de serviço


O deputado José Ricardo Wendling (PT) criticou nesta quarta-feira (31) a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que irá promover avaliação, de caráter eliminatório e que considera injusto, para os educadores da rede estadual de ensino obterem promoção por tempo de serviço. As inscrições não são obrigatórias e sim voluntárias e estão abertas de 14 a 28 de novembro, com prova prevista para o dia 7 de abril de 2013, conforme edital publicado no dia 11 de outubro, no Diário Oficial do Estado (DOE).

“A Seduc irá avaliar o quê? Uma coisa é fazer uma avaliação para progressão por mérito, outra coisa é o tempo de serviço, que não precisa de avaliação. Se o professor não passar nessa prova, na linguagem popular, ‘está lascado”, declarou o parlamentar, ressaltando que essa progressão horizontal (por tempo de serviço), previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), não é cumprida há muitos anos pela Seduc.

Para os educadores que denunciaram essa situação, uma avaliação como essa está focada apenas nos conhecimentos, não avaliando o mérito do profissional, não levando em conta sua experiência profissional e deixa de fora da promoção muitos candidatos que, por ventura, não atinjam a nota mínima. “Avaliar não pode ser equivalente a punir ou a excluir. O que o Governo quer fazer é condicionar o direito à promoção por tempo de serviço a uma prova objetiva de caráter eliminatório”.

E para completar, de acordo com José Ricardo, o Governo “presenteia” os professores pelo seu dia (15 de outubro) com um pen drive grafado “Educação é o farol que ilumina o mundo”, mas sob a condição de assinar cautela por ser um patrimônio público. “Então não era uma lembrança? Era um material de trabalho? É dessa forma que o Governo trata os professores”, disse ele, lembrando dos direitos trabalhistas que não são cumpridos na Seduc: plano de saúde, auxílio alimentação, vale-transporte e Hora de Trabalho Pedagógica (HTP) – um terço da carga horário do professor destinado ao planejamento das aulas.

“Por isso, afirmo que o Governo age fora da lei e que há sempre pedras no meio dos nossos caminhos, inclusive, dos educadores do Estado”, completou o petista, lembrando dos 110 anos do nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade e recitando o seu mais famoso poema: “Tinha uma pedra no meio do caminho; No meio do caminho tinha uma pedra; Nunca me esquecerei desse acontecimento; Na vida de minhas retinas tão fatigadas; Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra; Tinha uma pedra no meio do caminho; No meio do caminho tinha uma pedra”.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

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