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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Educação em baixa - Por José Ricardo Wendling



O Ministério da Educação (MEC) publicou os resultados do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem/2011). Foram avaliadas 10 mil escolas, quase a metade de todas as unidades educacionais do Brasil.

Os resultados mostram a grande deficiência da educação pública. Entre as 100 escolas de melhor ranking, apenas dez são escolas públicas, sendo duas estaduais e oito federais.

No Amazonas, a situação é mais grave. Das 20 melhores escolas, somente uma é pública. Com isso, o Estado ficou em 25º lugar na classificação do Enem 2011, comparado com outros 27 estados. Em 2010, o Amazonas estava em 24º lugar. Mas, hoje, está quase na ‘lanterna’.

Outro dado grave: das 50 escolas da rede estadual que tiveram pior desempenho, 38 são do interior. Ou seja, o governo do Estado oferece aos nossos municípios um péssimo ensino.

Entretanto, o Estado divulgou em revista, em maio deste ano, com base no Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e no Rendimento Escolar 2011, dados que colocam o Amazonas em 1º lugar, com 83,2% de aprovação e 5,7% de reprovação, comparado com outros Estados brasileiros.

É muito estranho! Se no Enem o Amazonas está quase em último lugar, como pode ter índice de aprovação tão alto? Fica uma dúvida: será que estão manipulando as pagelas, colocando notas para os alunos passarem e não serem reprovados? Estou convocando o secretário de Educação, que precisa dar explicação sobre o assunto.

Sabemos que a educação precisa urgente de mais recursos e, acima de tudo, compromisso dos governantes. Por isso, apoio a proposta de lei apresentada no Congresso Nacional, que destina 10% do Produto Interno Bruto para a educação. Hoje, não chega nem a 4%. No Amazonas, o governo do Estado destinou 14,41% para a educação em 2013, inferior aos 15,58% de 2012.

Precisamos aproveitar os dados do Enem e tratar com cuidado e seriedade a educação. Não podemos ‘tapar o sol com a peneira’ e nem podemos fugir da triste realidade da educação do nosso Estado. A sociedade merece!

Fonte: http://blogs.d24am.com/artigos/2012/11/30/educacao-em-baixa/

Manaus recebe visita da Relatoria do Direito à Cidade, que irá avaliar impactos de projetos de infraestrutura e situações de conflitos fundiários

Palafitas de Manaus
Projetos de mobilidade urbana, habitação e saneamento, situações de conflitos fundiários urbanos e moradia digna na cidade de Manaus, no Amazonas, são alguns dos temas da missão que a Relatoria do Direito Humano à Cidade, da Plataforma Dhesca Brasil, irá realizar nos dias 2 e 3 de dezembro. A Relatoria irá ouvir as comunidades impactadas e encaminhar recomendações ao poder público para a solução dos impactos e a resolução dos conflitos. 

No domingo (02), o Relator Leandro Gorsdorf visitará sete comunidades em situação de conflitos, intervenção de projetos de mobilidade urbana, habitação ou saneamento e áreas de ocupação. As visitas incluirão áreas onde deve ser implantado o BRT (Bus Rapid Transit). Somente para a viabilização deste projeto há a previsão da remoção de aproximadamente 900 imóveis, localizados na zona leste de Manaus. Em outra comunidade, que fica na zona oeste da cidade, um incêndio ocorrido na última terça-feira (27) deixou mais de 500 famílias desabrigadas. Nesta mesma comunidade, está prevista a intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), um projeto do Governo do Estado. 

A missão se encerra com uma Audiência Pública, que será realizada na segunda-feira (03), no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (Cefam), para apresentação das denúncias das comunidades afetadas e discussão com o poder público sobre os impactos das intervenções e a efetivação do direito à cidade. 

O que é a Relatoria? 

As Relatorias em Direitos Humanos são uma iniciativa da sociedade civil brasileira, que tem como objetivo contribuir para que o Brasil adote um padrão de respeito aos direitos humanos. O Projeto foi implantado em 2002 pela Plataforma Dhesca Brasil, inspirado nas Relatorias Especiais da ONU. O desafio das/os Relatoras/es é de diagnosticar, relatar e recomendar soluções para violações apontadas pela sociedade civil. Para averiguar as denúncias acolhidas, as Relatorias visitam os locais realizando missões, audiências públicas, incidências junto aos poderes públicos e publicam relatórios com recomendações para a superação dos problemas identificados. 

Serviço: 

Evento: Audiência Pública;
Dia: 3 de dezembro de 2012; 
Horário: 14 horas;
Local: Auditório Mãe Paula do Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (CEFAM); e
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1023 – centro, Manaus – AM.

Fonte: http://www.dhescbrasil.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=729:manaus-recebe-missao-relatoria-cidade&catid=69:antiga-rok-stories

Analfabetismo atinge um quarto dos brasileiros com mais de 60 anos

Foto: José Cruz
Os índices de analfabetismo vêm caindo no Brasil nos últimos dez anos, mas ainda são altos na camada da população com mais de 60 anos, que registra 24,8% de analfabetos, praticamente um quarto do total nessa faixa etária. O dado faz parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparando-se o intervalo de dez anos, entre 2001 e 2011.

De acordo com os dados da pesquisa, a proporção de pessoas com 15 anos ou mais que não sabia ler nem escrever caiu de 12,1%, em 2001, para 8,6% em 2011. No ano passado, 8,8% dos homens nessa faixa etária eram analfabetos. Entre as pessoas de cor preta ou parda, 11,8% não sabiam ler nem escrever, enquanto entre as de cor branca, esse percentual cai para menos da metade: 5,3%. Na Região Nordeste, do total da população acima de 15 anos, 16,9% eram analfabetos. Na Região Norte, o índice chegou a 10,2%, e nas áreas rurais do país, a 21,2%.

Para o educador Mozart Neves Ramos, que foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e já ocupou a secretaria de Educação do estado, a queda nas taxas de analfabetismo precisa ser mais expressiva. “De fato, o analfabetismo pleno vem caindo, mas não na velocidade que o país precisa para alcançar a meta de chegar a 6,7% na faixa de 15 anos ou mais em 2015. Na proporção que vem caindo, na base de 0,3% a 0,4%, nos últimos anos, a gente observa que o esforço tem sido grande, mas ainda é insuficiente.”

Membro do conselho de governança da organização civil Todos pela Educação, Mozart diz que é necessário haver um investimento maior em professores especializados em alfabetização, principalmente para ensinar o público adulto, que não tem a mesma facilidade de aprendizado de um estudante jovem.

“No percentual de 15 anos de idade para baixo, o Brasil vem atingindo resultados expressivos. As crianças de hoje estão muito mais alfabetizadas do que as de 20 ou 30 anos atrás. O problema é no grupo de 45 anos ou mais, nas regiões Norte e Nordeste, e nos grotões. É dificílimo pegar o homem do campo, que trabalha durante o dia, e fazer com que ele se desloque para a escola. É um grande desafio alfabetizar essas pessoas adultas. Qualquer que seja o método, é preciso ter um professor bem formado.Mas é difícil recrutar bons alfabetizadores, porque o salário pago é muito baixo.”

Outro dado demonstrado na pesquisa do IBGE é a queda na inadequação da relação idade-série. Em 2001, 36,9% dos jovens de 15 a 17 anos estavam na série correspondente à faixa etária. Dez anos depois, em 2011, o percentual teve um forte crescimento, chegando a 51,6%. O avanço foi maior justamente entre a população de menor renda, que registrava apenas 13% de adequação idade-série em 2001 e praticamente triplicou em uma década, saltando para 36,8% em 2011.

Edição: Lílian Beraldo

Protestos questionam Copa do Mundo em várias capitais neste sábado



Os Comitês Populares da Copa organizam neste sábado (1/12), em todo o Brasil, manifestações para chamar atenção à série de violações de direitos e questionar as leis de exceção criadas na preparação do país para os grandes eventos. Os protestos acontecerão no mesmo momento em que os grupos da Copa das Confederações FIFA 2013 serão sorteados no centro de convenções do Anhembi, em São Paulo.

Será a primeira vez que a Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso e sancionada em junho deste ano pela presidenta Dilma Rousseff, entrará em vigor. A lei prevê a delimitação de uma "zona de exclusão" de 2 km em torno do local do evento, cujo acesso é restrito a quem possui ingresso ou credencial autorizada pela FIFA. Os manifestantes consideram a lei Geral da Copa inconstitucional, já que restringe, extingue e flexibiliza direitos conquistados pela sociedade brasileira.

O mês de dezembro marca também o primeiro ano de lançamento do Dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, documento organizado pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa. Nele estão contidas denúncias de desrespeito ao direito à moradia, aos direitos humanos, além de denúncias de infrações contra o meio ambiente e contra os trabalhadores das obras da Copa do Mundo de 2014.

Manifestações nas principais capitais do país

São Paulo – O ato "Copa pra Quem?" tem início às 13h em frente à Ocupação da Mauá, Estação da Luz, e segue em direção ao Anhembi. Os manifestantes questionam o processo de remoções forçadas em razão de obras, a ausência de informações sobre as intervenções urbanas e a suspensão de direitos e garantias fundamentais como o direito de ir, vir e permanecer nas vias públicas, e o direito ao trabalho dos ambulantes.

Rio de Janeiro – A concentração está marcada para as 10h na praça Saens Peña, na Tijuca, de onde o grupo seguirá para o Maracanã. O objetivo é protestar contra a privatização do estádio, que prevê a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare, da Escola Municipal Friedenreich e do prédio histórico do antigo Museu do Índio. O movimento já recebeu apoios de peso, como o do cantor e compositor Chico Buarque e do ator Marcos Palmeira. 

Distrito Federal – A atividade será marcada por uma exibição de vídeos com debates e protestos na Rodoviária do Plano Piloto, a partir das 13h. Além disso, os moradores da Vila Estrutural farão um protesto, as 17h, contra as remoções na cidade. O grupo questiona também a privatização da política de resíduos sólidos, por meio de PPP, que levará a perda de dois mil empregos, aumentado a pressão pela remoção.

Natal – A concentração será no entroncamento da Avenida Prudente de Morais com a Rua Lima e Silva (em frente ao antigo estádio Machadão, futura Arena das Dunas), a partir das 10h. O grupo questiona a destruição do Machadão e a mobilidade urbana na cidade.

Curitiba – Haverá um mutirão na comunidade Vila Nova Costeira. O objetivo é promover a regularização fundiária do local para evitar sua remoção.

I Encontro Estadual de História da ANPUH-AM, de 10 a 13 de dezembro


Com o tema O Profissional de História: Ensino & Pesquisa, a Associação Nacional de História do Amazonas (ANPUH-AM) promove o I Encontro Estadual de História, no período de 10 a 13 de dezembro, no auditório Rio Amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais (FES).

O encontro tem como objetivo proporcionar um ambiente de discussão, que possibilite o debate sobre as pesquisas acadêmicas em curso desenvolvidas por pesquisadores em diversos níveis de formação, relacionando-as com o ensino de História, buscando estimular reflexões e inspirar ações que concretizem um objetivo: a inserção do conhecimento acadêmico nas salas de aula do Ensino Fundamental e Médio.

Serão realizados minicursos, conferências, simpósios temáticos, debates e mesas-redondas. A cerimônia de abertura será às 18h.

Para confirmar presença acesse: 

PANAIR foi a pioneira da aviação na Amazônia

Veja o vídeo:

Ladrões entram na residência do Vereador eleito Professor Bibiano

Professor Bibiano
Em entrevista ao Blog Neopensador hoje a tarde, o Vereador eleito Professor Bibiano Garcia (PT), declarou que sua residência foi arrombada por volta das 4 horas da madrugada desta sexta-feira (30), por elementos desconhecidos, os quais tentaram levar seu carro. O ocorrido foi registrado no 26º DIP, localizado no bairro de Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus.

Os indivíduos levaram uma carteira com documentos de sua esposa, mas horas depois foi encontrada em uma via pública por populares.

O futuro parlamentar registro o fato em sua página do Facebook:  

"Hoje pela madrugada, ladrões entraram em minha casa, na Rua Samambaia, bairro de Santa Etelvina, e tentaram roubar meu carro. Conseguiram desativar o alarme e destravar as portas. Não conseguindo, arrombaram a janela, entraram no quarto em que não havia ninguém, graças à Deus, e reviraram tudo! Dei queixa à polícia. Fica aqui o registro e a cobrança para que tenhamos uma “Ronda nos Bairros”, que verdadeiramente garanta a todos nós o direito de dormir em paz!", concluiu o professor.

José Ricardo cobra a presença da Aleam nos debates sobre a ZFM

José Ricardo diz que Lei da Ficha Limpa enfrenta desafios na política brasileira
José Ricardo
O deputado José Ricardo lamentou novamente, ontem, dia 29, a ausência da Assembleia Legislativa nos debates da Zona Franca de Manaus (ZFM), que envolvem a mudança nas regras tributárias e nos incentivos fiscais. “O Estado está fazendo estudos e o poder legislativo estadual não está acompanhando essas discussões para saber, por exemplo, qual o impacto dessas mudanças no orçamento do Governo, que para o próximo ano está estimado em R$ 13 bilhões”.

Ele comentou ainda que o Orçamento do Estado está na Casa, um momento para os deputados apresentarem emendas, apesar de serem repetidamente rejeitadas pela base aliada do Governo. “Temos muitas demandas e prioridades, principalmente, para o interior, que vivem em abandono. Irei apresentar emendas para municípios, como ainda para a estruturação do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, na prevenção e ação em casos de grandes catástrofes”.

Fonte: Assessoria de Comunicação

PRACIANO DESTINA R$100 MILHÕES PARA CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL EM MANAUS


O deputado federal Francisco Praciano (PT/AM) destina R$ 100 milhões de reais à cidade de Manaus, esse recurso é referente às emendas de bancada a que cada parlamentar tem direito no Orçamento do Governo Federal para 2013.

Segundo Praciano, os recursos serão destinados à construção de 10 escolas de tempo integral nos bairros pobres de Manaus. Praciano sempre defendeu esse modelo de escola e foi promessa de campanha do prefeito eleito Artur Neto.

O petista espera que a emenda seja bem aproveitada pelo novo prefeito, pois sempre ajudou e ajudará Manaus, independente de filiação partidária do prefeito. “Minha luta em Brasília é em prol do povo do Amazonas, e isso, independe dos partidos que estão governando o Estado”, afirmou Praciano.

O investimento em defesa de melhorias na educação tem sido uma das marcas do mandato do deputado, por isso, tem votado por mais recursos financeiros e bons salários dos profissionais da educação. “o Brasil precisa ter mania de educação, o que vai resolver muitos dos problemas sociais”, disse o petista.

Dilma veta distribuição de royalties para áreas licitadas

Presidenta Dilma
Por Danilo Macedo e Luciene Cruz - Agência Brasil

A presidenta da República, Dilma Rousseff vetou o Artigo 3º do projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo de campos já em exploração. Além disso, todos os royalties dos futuros contratos serão destinados à educação.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a decisão da presidenta Dilma tem um “grande significado histórico”. “Todos os royalties, a partir das futuras concessões, irão para a educação. Isso envolve todas as prefeituras do Brasil, os estados e a União, porque só a educação vai fazer o Brasil ser uma nação efetivamente desenvolvida”, disse.

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que a medida provisória (MP), que será encaminhada para publicação no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (3), tem como premissas o respeito à Constituição e aos contratos estabelecidos, a garantia da distribuição das riquezas do petróleo e o fortalecimento da educação brasileira.

A ministra espera "sensibilidade" do Congresso Nacional para a aprovação da MP e argumentou que a medida vai beneficiar todos os entes federativos. "Estamos chegando num momento que não conseguimos ir para frente, não conseguimos fazer novas concessões porque não temos uma regra estabelecida na distribuição de royalties. Então, começamos a passar para um momento em que todos vão perder. Da forma como estamos mandando a medida provisória, respeitando a distribuição feita pelo Congresso, dirigindo para a educação, acredito que vamos ter a sensibilidade do Congresso Nacional."

Segundo Gleisi, a presidenta procurou conservar a maior parte do que foi deliberado no Congresso Nacional. “O veto ao Artigo 3º, resguarda exatamente os contratos em exercícios e redistribuição dos royalties ao longo do tempo”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o veto não significa "nenhum desapreço ao Congresso Nacional", "mas sim a defesa de dispositivos constitucionais que asseguram a preservação dos contratos firmados até então."

José Ricardo participa da posse dos conselheiros estaduais das Cidades e espera que o Governo escute seus membros

José Ricardo participa da posse dos conselheiros estaduais e espera que governo escute seus membros
José Ricardo Wendling
O deputado José Ricardo Wendling (PT) participou, na manhã desta quinta-feira (29), da posse dos conselheiros que irão integrar o Conselho Estadual das Cidades (Concidades), no auditório da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam). Ele ressaltou que o Conselho tem caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador e disse esperar que o Governo do Estado escute as propostas dos seus membros, um total de 45 pessoas, sendo dois terços de representantes da sociedade civil.

De acordo com o parlamentar, a instalação do Conselho é uma recomendação antiga da sociedade e uma obrigação dos estados, a fim de receberem recursos federais para a implementação de políticas públicas nas cidades brasileiras.

E lembrou dos grandes debates e propostas que devem estar na pauta das reuniões dos conselheiros estaduais das Cidades: definição dos problemas da água e da habitação, da gestão fundiária, do saneamento básico, da mobilidade urbana e do planejamento geral dos municípios.

“Hoje, o Governo constrói conjuntos habitacionais e não planeja os serviços públicos necessários para as pessoas viverem com dignidade, como escola, posto de saúde, pontos de ônibus. No saneamento, lembro do Prosamim, onde o Estado saneia os igarapés, retira as famílias das condições sub-humanas, mas não faz o tratamento de esgoto desses locais”, frisou o deputado, enfatizando ainda a situação das obras do Programa Água para Manaus (Proama), em que já foram investidos mais de R$ 375 milhões e, até agora, não levou água para os moradores das zonas Norte e Leste.

José Ricardo lembrou também dos investimentos grandiosos do Amazonas, em que a população nunca é consultada. “Mas é para os poderes públicos ouvirem a sociedade. E esperamos que agora ouçam o Concidades”.

Fonte: Assessoria de Comunicação

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Gilberto Miranda no esquema desbaratado


Autor: Luis Nassif

Sem teorias conspiratórias, pelo menos até se ter mais dados sobre a Operação da Polícia Federal que desbaratou uma suposta quadrilha de venda de pareceres.

Entre os envolvidos, um dos ícones da corrupção política do país, o ex-senador Gilberto Miranda. Nos anos 90, ligado a José Sarney, Miranda dominou a Zona Franca de Manaus, tornando-se milionário. Durante certo período, só conseguia cotas de importação quem passasse por ele.

Seu irmão, Egberto Baptista, foi um dos principais operadores dos esquemas que atuaram no governo Fernando Collor.

Gilberto foi peça central no escândalo dos precatórios, na condição de senador responsável pela aprovação do aumento de endividamento das prefeituras e governos do estado. E foi um dos autores do Dossiê Cayman, àquela altura ligado ao ex-prefeito Paulo Maluf, beneficiário também dos precatorios.

Por sua ilha passaram inúmeros jornalistas e políticos. Nos anos 80 era frequentada por políticos que iam do então senador Fernando Henrique Cardoso a Paulo Maluf.

Sua influência estendia-se aos jornalistas, também. No episódio dos precatórios, levei vários tiros de colegas de Brasília, inclusive da sucursal da Folha na época, alimentados por ele. Narro a história no meu livro "O jornalismo dos anos 90".

Os dois irmãos participavam também de jogadas empresariais, utilizando grampos e jornalistas. Um dos casos clássicos foi na disputa entre Kayser e Ambev, no episódio da compra da Antárctica. Contratados pela Kayser, os irmãos grampearam uma conversa entre o advogado Ayrton Soares e a conselheira do CADE Hebe Tolosa. Passaram para o mesmo jornalista que atuou com eles na divulgação do caso Cayman e no acobertamento da operação dos precatórios.

A matéria iria sair com estardalhaço em um jornal paulista. Aí a assessoria da Ambev ligou para o proprietário dizendo que o jornalista ligara para a empresa, em um período em que o aparelho ina não era muito conhecido. Os assessores deram retorno no número registrado e o telefone era do próprio escritório de Gilberto Miranda.

Agora, se Gilberto Miranda está envolvido no episódio, pode-se ter certeza de que era jogada graúda.

Entenda o caso


Ficha no senado
  • Nome: Gilberto Miranda Batista;
  • Nascimento: 8/7/1946;
  • Natural de: São José do Rio Preto - SP;
  • Cargos Públicos: Secretário do Governo do Amazonas e Secretário de Estado Para Promoção do Desenvolvimento;
  • Profissões: Jornalista, Empresário e Professor;
  • Mandatos: Senador - 1992 a 1999 e 2004 a 2007;
  • Homenagens Recebidas: Prefeitura de Manaus.

Mãe é agredida pelas duas filhas em Manaus

A pensionista Eucilene Souza Ferreira, 54, deu entrada no hospital 28 de Agosto, na tarde de terça-feira, 27, após ter sofrido agressão física. De acordo com a polícia militar, as duas filhas da vítima são as agressoras. Joice Souza, 22, e Sara Souza, 27, bateram na mãe, pois não queriam ajudar a pagar a conta de água.

José Ricardo pede informação do Governo sobre a Praça da Juventude e cobra reativação do Conselho Estadual

O deputado José Ricardo Wendling (PT) irá enviar ofício à Secretaria de Estado da Juventude pedindo informações sobre a construção da Praça da Juventude, um programa federal criado em 2007 para ser implantado nas cidades brasileiras, mas que apesar de já existir convênio firmado com o Governo do Estado desde 2010, até hoje não foi construído. E também está cobrando a reativação do Conselho Estadual da Juventude, para fiscalizar o andamento de obras e de políticas públicas para essa área, que foi desativado, simplesmente, porque não houve recomposição dos membros da entidade.

“Estamos cobrando um posicionamento do Estado”, declarou ele, ressaltando que a Praça da Juventude é um importante espaço para os jovens, com equipamentos esportivos, espaço de qualificação, de inclusão digital e de atividades culturais. Em Manaus, há somente um terreno destinado a essa obra, que no ano passado foi até alvo de invasão, já que os serviços nunca iniciaram. “Este ano, voltei nesse terreno e continua tudo do mesmo jeito: abandonado”.

José Ricardo também irá propor emendas ao Orçamento do Estado, para a construção de um centro de convivência da juventude, como ainda ações para garantir um futuro melhor aos jovens amazonenses. “No Estado, vemos diariamente jovens sendo vítimas e ao mesmo tempo causadores da violência pela falta de políticas públicas nas áreas da cultura, do lazer, do esporte e da educação. Em São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, é elevado o suicídio de jovens indígenas”.

O assunto foi abordado, mais uma vez, pelo parlamentar em virtude de dois eventos que estão acontecendo em nível nacional: 2º Seminário Nacional de Juventude Indígena, na cidade de Luziânia (GO), com representantes do Amazonas discutindo políticas públicas para atender a juventude indígena; e outro debate em Brasília tratando sobre a prevenção para a juventude negra, diante das discriminações e preconceitos sociais.

Para o deputado, há um grande avanço das políticas nacionais de juventude, graças ao Lula e a Dilma, com a criação da Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude. “Somos um dos únicos países na América Latina que têm uma secretaria nacional que trata da questão dos jovens. E isso é extremamente positivo”, declarou, enfatizando que há ainda uma série de programas e de lutas federais, como o Estatuto da Juventude, em tramitação, mas ainda não aprovado no Congresso Nacional; o Plano Nacional da Juventude, para definir metas de ações e obrigações por parte dos municípios, do Estado e da União; como também vários programas de inclusão social, como o Pró-Jovem, Pró-Uni, Pontos da Cultura, Pró-Jovem Campo, Pró-Jovem Adolescente e Pró-Jovem Trabalhador.

Fonte: Assessoria de Comunicação

“Vamos consagrar nesse PED, a nossa ideia de igualdade de gênero”, afirma Rui Falcão, presidente nacional do Partido


No próximo ano o Partido dos Trabalhadores realiza o Processo de Eleições Diretas (PED). Método instituído desde 2001, através do qual os filiados elegem seus dirigentes em todo o país, de forma direta e democrática. Com mais de 1,5 milhão de petistas de carteirinha, o PT é o único partido brasileiro que adota esse sistema.

Em entrevista ao PT na Câmara, o presidente nacional do partido e deputado estadual Rui Falcão disse que, mais uma vez, o PT sai na frente ao estabelecer, no PED/2013, 50% das vagas de direção às mulheres. “Vamos consagrar nesse PED, a nossa ideia de igualdade de gênero”, orgulha-se Rui Falcão.

Outro exemplo da vanguarda petista, adiantou Rui Falcão, diz respeito à cota de 20% para jovens na composição da direção. Essa é mais uma medida estabelecida no estatuto do partido que, segundo o presidente nacional, será respeitada nas eleições internas de 2013. De acordo com o parlamentar, o intuito é renovar o partido.

Novidade

Rui Falcão informou que pretende apresentar em dezembro, na reunião do Diretório Nacional, dias 7 e 8 próximos, a proposta de convocação do 5º Congresso para fevereiro de 2014. A novidade é que, segundo ele, as forças políticas do PT poderão apresentar a proposta de tese ao Congresso, já no próprio PED/2013.

As novas mudanças na composição dos quadros partidários estão instituídas no estatuto partidário alterado no Congresso nacional do PT de 2010.

Expectativa

O presidente do PT disse ainda que pretende fazer um PED que não se concentre nas disputas internas, mas que privilegie “propostas que sirvam para fazer interlocução dentro do partido e com a sociedade”. Ele tem a expectativa de ampliar o número de participação dos filiados.

No PED de 2001, explicou, período em que foi instituído esse procedimento, compareceram cerca de 230 mil votantes. Em 2005, com a crise política envolvendo dirigentes do partido, 315.342 filiados foram às urnas eleger a direção. “Foram mais de 300 mil filiados dando resposta àqueles que diziam que o PT ia acabar”, refutou. Em 2009, lembrou, mais de 500 mil filiados compareceram às urnas.

“Espero que a gente possa ter ainda mais filiados votando e debatendo ideias no PED 2013. Terminado esse processo, temos aquilo que é a marca do PT: muita diversidade, mas unidade na ação”, concluiu Rui Falcão.

Para o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP) e o deputado André Vargas (PT-PR), secretário de Comunicação do PT, o PED é um exemplo para a política brasileira.

“É um método consolidado que fortalece o partido internamente, permite o exercício pleno da democracia e serve de exemplo para todo o país”, disse o líder. De acordo com Tatto, esse processo instituído pelo PT contribui nacionalmente ao debater temas e apresentar propostas que dão rumos ao país.

Na avaliação de André Vargas, o PED é um dos fatores de crescimento partidário. “O PT não é um partido de práticas tradicionais. Ele sempre inova na política, permitindo aos filiados e militantes debater, deliberar, influenciar e escolher a sua direção e os rumos políticos do país. E o PED é um processo que contribui com o crescimento do partido e é motivo de orgulho para nós”, disse André Vargas.

Em novembro de 2013 o PT realiza a eleição de dirigentes em todos estados e municípios que o partido é constituído.

(Benildes Rodrigues, PT na Câmara)

Calendário da Pirelli mostra transformações do Brasil e homenageia Lula


O ex-presidente Lula foi homenageado ontem no lançamento do Calendário 2013 da Pirelli. A cada ano, o calendário tem tema e local de lançamento decididos pela empresa e, em 2012, a cidade do Rio de Janeiro foi a escolhida. Segundo o presidente da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, a escolha foi feita pelo desejo de mostrar as transformações que o Brasil tem tido nos últimos anos.

Apresentando Lula como “o grande responsável por essa mudança”, ele convidou o ex-presidente ao palco para receber o primeiro Prêmio Pirelli, que homenageia pessoas com feitos notáveis. A honraria foi entregue por Tronchetti Provera juntamente com Sophia Loren, uma dos mestres de cerimônia da ocasião.

Após receber o prêmio, Lula fez um pequeno agradecimento em que ressaltou sua alegria em ver um calendário tão bonito que mostra as mudanças de nosso país. Agradeceu à Pirelli por proporcionar que ele conhecesse Sophia Loren pessoalmente e descreveu Rodrigo Santoro, que dividia o palco com Loren, como o ator brasileiro mais bem-sucedido em Hollywood. Lula ressaltou ainda os avanços de seu governo na área social e a relação disso com os negócios da Pirelli no Brasil: “Agora as pessoas podem comprar mais carros e precisam de mais pneus. Assim, a Pirelli cria mais empregos, paga mais salários e criamos um ciclo virtuoso”.

O calendário da Pirelli foi criado em 1964 e, em 2013, chega à sua 40ª edição. É a terceira vez que o Brasil tem destaque nessa peça, mas a primeira em que o foco não é apenas a beleza das mulheres e cenários do país, mas sobretudo os avanços sociais da última década.

Essa transformação foi captada pelas lentes do fotógrafo americano Steve McCurry. Ele se instalou no Rio de Janeiro por duas semanas e explorou a diversidade de cores e cenários que a cidade oferece.

Também estiveram presentes ao evento o governador e o vice do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, o governador da Bahia, Jaques Wagner, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, de executivos da Pirelli, as modelos do calendário e outras personalidades brasileiras e estrangeiras.

Fonte: http://www.institutolula.org/

Amazônia foi um dos temas mais debatidos na reunião que aconteceu na sede nacional do PT em Brasília


O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, reuniu lideranças petistas da região Norte, do Mato Grosso e Tocantins com o objetivo de debater a atuação da legenda nas respectivas regiões, assim como o desempenho das eleições e a perspectiva para 2013 e 2014. 

A reunião, que durou praticamente toda a tarde de terça-feira (27) contou com a participação de senadores, deputados federais, dirigentes e membros do Partido, entre outros, que ocasião ressaltaram a relevância da Direção Nacional do Partido realizar encontros com intuito de debater as políticas para fortalecimento do PT nas diversas regiões do país, em especial na região Norte.

O senador Anibal de Diniz (PT-AC) informou que no Acre os resultados do PT em relação às eleições 2012 foram positivos porque a legenda conseguiu superar o PSDB.

“O resultado no interior do Acre não foi o esperado, mas a conquista da capital fortaleceu o desempenho do PT na região”, destacou Diniz.

A senadora Ângela Portela (PT-RR) destacou que o resultado das eleições no Estado foi “satisfatório” principalmente porque a legenda conseguiu abranger, por exemplo, eleitores indígenas. Ângela Portela ressaltou ainda a importância de efetivar as políticas públicas do Governo Federal de forma “contundente”, principalmente para a população indígena da região. 

Amazônia na pauta petista

Já o deputado federal Miriquinho Batista (PT-PA) destacou que é necessário realizar um “planejamento da Amazônia” em relação às políticas de território do estado para aperfeiçoar a discussão da implementação das políticas do Governo Federal na região.

A ex-senadora Fátima Cleide (RO), integrante da Comissão Executiva Nacional do PT declarou que apesar da perda da capital no estado de Rondônia, o balanço do Partido foi positivo. Fátima também declarou que é “fundamental realizar a 4º Conferência da Amazônia” e também buscar parceria com a Fundação Perseu Abramo (FPA) para “refletir” as propostas que serão apresentadas para a população da Amazônia.

Deputado federal Padre Ton (PT- RO) ressaltou que em Rondônia o PT ganhou “cidades estratégicas”. O Padre também apontou que a vitória na cidade de Jaru foi importante porque a legenda “conseguiu tirar a liderança do PMDB que governava a anos no município”.

O dirigente e ex-deputado federal, Paulo Rocha (PT-PA) chamou a atenção para a necessidade de encarar “profundamente” o debate sobre o financiamento de campanha, ele ainda destacou, que considera necessário discutir como “ponderar as políticas o PT no estado”.

O presidente Nacional do PT, Rui Falcão, declarou como “proveitosa” a reunião e adiantou a relevância de realizar uma próxima no início do ano de 2013. Rui Falcnao concordou ser fundamental a realização da 4º Conferência da Amazônia e ainda sugeriu aos parlamentares atuantes no Congresso Nacional que realizem mensalmente uma reunião, entres eles, com o intuito de debater as principais questões da região Amazônica.

O presidente do Partido sinalizou ser a favor da possibilidade da realização de uma reunião com o Governo Federal para debater políticas para o estado do Amazonas. Falcão destacou ainda a necessidade do Partido realizar mais diligências ao estado.

O presidente finalizou ressaltando a importância da parceria do PT com a Fundação Perseu Abramo, principalmente no sentido de avaliar as políticas públicas federais para o estado do Amazonas, e pela realização de programas conjuntos como, por exemplo, a realização de cursos de formação para gestores e gestão de projetos.

(Fabrícia Neves - Portal do PT)

José Ricardo acompanha drama de famílias atingidas pelo incêndio e pede ao Governo que cumpra com o prometido

José Ricardo diz que Lei da Ficha Limpa enfrenta desafios na política brasileira
José Ricardo Wendling (PT)
O deputado José Ricardo Wendling (PT) visitou as mais de 500 de famílias atingidas pelo incêndio na Comunidade Arthur Bernardes, no bairro do São Jorge, Zona Oeste, e que estão alojadas no Ginásio Ninemberg Guerra. “Famílias que perderam quase tudo, mas, graças a Deus, não tiveram perdas de vidas. Muitos danos materiais”, disse ele, lembrando que há algum tempo essas famílias esperam pela ação do Governo do Estado, já que estão cadastradas para serem beneficiadas pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).

Para o deputado, o Estado deve cumprir com o que prometeu, seja indenizando as famílias ou doando casas, além de pagar o aluguel social, no valor de R$ 300, de forma emergencial. E levanta um questionamento: “é de se perguntar do Governo se vale a pena fazer as indenizações, caso o dinheiro não dê para as pessoas comprarem suas casas. Dessa forma, não irá resolver a vida dessas centenas de famílias. Por isso, é preciso ser avaliado melhor essa situação!”.

Ele ainda alertou para pessoas que poderiam estar se infiltrando junto às famílias atingidas, a fim de serem beneficiadas com casas ou indenizações. “Se há um cadastro anterior dessas famílias, que se garanta a elas todo o amparo necessário e que não se aceite qualquer outra interferência de quem não vivenciou esse drama”, considerou ele, ressaltando que todas moravam em situações quase desumanas, mas que agora perderam tudo do pouco que tinham. “No local devastado pelo fogo, parece que teve uma guerra. A todas essas famílias, nossa solidariedade e nosso apoio”.

José Ricardo abordou ainda outro ponto de fragilidade revelado, mais uma vez, com essa tragédia: a estrutura precária do Corpo de Bombeiros. “Isso é notório e já faz algum tempo. De um modo geral, as estruturas do setor público, numa catástrofe como essa, não têm condições de intervir de forma mais efetiva”.

O parlamentar enfatizou Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) e de sua autoria, que prevê uma definição na própria Constituição do Estado de recursos orçamentários direcionados a prevenções e intervenções em casos de grande ocorrência e de catástrofes, como incêndios, enchentes e vazantes. “Recursos para a prevenção e para agir rapidamente e com eficácia em casos como esse triste incêndio”.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

Desmatamento na Amazônia é o menor desde 1988

Desmatamento na Amazônia é o menor desde 1988

Entre agosto de 2011 e julho deste ano houve queda de 27% em relação ao mesmo período anterior.

O desmate na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual desde que a região começou a ser monitorada por satélites, em 1988, segundo anúncio feito pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) nessa terça-feira (27). Entre agosto de 2011 e julho de 2012, a área desmatada foi de 4,6 mil km² - cerca de cinco vezes menos que os 21 mil km² apurados em 1988. Em comparação com os 12 meses anteriores, a queda foi de 27%.

A tendência de queda se mantém desde 2004 (veja gráfico), quando foi iniciado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Nessa comparação, a queda foi de 83%. A implantação do PPCDAm e a mudança nos padrões de fiscalização estão entre as principais justificativas para o alcance do marco histórico, segundo o MMA. “A cada vez que diminui o desmatamento, o desfio cresce e o trabalho aumenta”, avalia a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os números revelam que o Brasil quase atingiu a meta voluntária de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, oito anos antes do prazo. Ao atingir 76,27% de redução, falta apenas uma redução de mais 4% para que a área ambiental atinja o objetivo que, em área, equivale a 3,9 mil km² anuais. 

O compromisso consta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 1.2187/2009), que prevê também reduzir as emissões projetadas de gases de efeito estufa entre 31,6% e 38,9% até 2020.

Monitoramento - O Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), feito desde 1988 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Inpe/ MCTI), registra as áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. Os dados apresentados são uma estimativa a partir das imagens do Prodes, com uma margem de erro de 10%. Os números consolidados saem em meados de 2013.

Dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal, apenas três apresentaram aumento nas taxas de desmatamento. Em Tocantins, a derrubada ilegal de árvores aumentou 33%, chegando a 53 km² por ano. No Amazonas, a degradação aumentou 29%, chegando a 646 km² e, no Acre, a ação dos infratores avançou 10% na região, atingindo 308 km². O estado do Pará continua sendo o mais atingido pelos criminosos. A área de desmatamento ilegal no estado é a maior da região, chegando a quase 1,7 mil km². Ainda assim, na comparação entre os períodos, o desmatamento foi reduzido em 44%.

No período monitorado pelo Prodes, os fiscais do Ibama apreenderam 329 caminhões, 95 tratores, 143 outros veículos e 111 motosserras, além de mais de 130 mil metros cúbicos de madeira e 12 mil metros cúbicos de carvão. As operações de combate e prevenção ao desmatamento na região também resultaram na emissão de 3,4 mil autos de infração, somando o valor de R$ 1,6 bilhão. 

Fiscalização terá nova tecnologia

Um aparelho que permite demarcar as coordenadas exatas onde as irregularidades forem constatadas e emitir imediatamente o auto de infração do proprietário está em fase de testes, com investimento de R$ 15 milhões. Segundo a ministra Izabella Teixeira, o equipamento tornará a fiscalização na Amazônia mais eficiente. “Essa inovação tecnológica elimina os erros de coordenadas, a possível corrupção do fiscal e faz com que a gente seja mais eficiente e transparente, explicou. “Estamos mudando o patamar e o nosso objetivo é fazer com que não haja mais infrações e precisamos dar início às boas práticas.”

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Audiência para falar sobre possíveis fraudes em notas dos estudantes para melhorar o desempenho educacional do Estado


O deputado José Ricardo Wendling (PT) apelou, mais uma vez, ao presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado Sidney Leite (DEM), para que aprove dois requerimentos de sua autoria que solicita realização de Audiência Pública na área da educação do Amazonas. “Precisamos ‘passar a limpo’ com o novo secretário de Educação as várias denúncias feitas de que notas de estudantes são alteradas para que não haja reprovação e que favoreça o desempenho da escola e, consequentemente, da rede estadual de ensino”.

A cobrança refere-se aos novos dados educacionais divulgados esta semana. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem/2011) divulgou o ranking das escolas de todo o País, colocando o Amazonas em 25º dentre os 27 estados brasileiros. Em 2010, o Estado apareceu em 24º lugar. “Os índices só pioram”, alertou o parlamentar, ao mesmo tempo em que comparou com o Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estados e Pesquisas Educacionais (Inep), com base nos dados fornecidos pelo Governo do Estado: em 2010, ficou em segundo lugar no País no quesito aprovação; e em 2011, aparece em primeiro lugar, com 83,2% em índice de aprovação.

“Alguém poderia explicar que lógica é essa? Algo está acontecendo com esses indicadores”, declarou ele, informando outros dados do Enem: entre as 100 escolas mais bem colocadas no País, apenas dez são públicas, sendo duas estaduais e oito federais; das dez escolas do Estado que ocuparam as primeiras posições, sete são privadas e duas federais, nenhuma estadual; e das 50 da rede estadual que tiveram o pior desempenho, 38 são do interior do Estado. E mais: das 50 melhores do Estado, apenas dez são da rede pública, sendo sete de tempo integral.

Para o deputado, há muitas informações a serem esclarecidas. “Vemos, de um lado, o resultado do Enem revelar o abandono da educação pública do Amazonas; e de outro, o Governo gastar milhões com uma publicação que divulga excelentes indicadores educacionais. Para os governantes, a educação vai muito bem e obrigada”.

Fonte: Assessoria de Comunicação

KÁTIA, A ANTROPÓLOGA, CRIADORA DA ABREUGRAFIA

José Ribamar Bessa Freire *


Nelson Rodrigues só se deslumbrou com "a psicóloga da PUC" porque não conheceu "a antropóloga da Folha". Mas ela existe. É a Kátia Abreu. É ela quem diz aos leitores da Folha de São Paulo, com muita autoridade, quem é índio no Brasil. É ela quem religiosamente, todos os sábados, em sua coluna, nos explica como vivem os "nossos aborígenes". É ela quem nos ensina sobre a organização social, a distribuição espacial e o modo de viver deles.

Podeis obtemperar que o caderno Mercado, onde a coluna é publicada, não é lugar adequado para esse tipo de reflexão e eu vos respondo que não é pecado se aproveitar das brechas da mídia. Mesmo dentro do mercado, a autora conseguiu discorrer sobre a temática indígena, não se intimidou nem sequer diante de algo tão complexo como a estrutura de parentesco e teorizou sobre "aborigenidade", ou seja, a identidade dos "silvícolas" que constitui o foco central de sua - digamos assim - linha de pesquisa.

A maior contribuição da antropóloga da Folha talvez tenha sido justamente a recuperação que fez de categorias como "sílvicola" e "aborígene", muito usadas no período colonial, mas lamentavelmente já esquecidas por seus colegas de ofício. Desencavá-las foi um trabalho de arqueologia num sambaqui conceitual, que demonstrou, afinal, que um conceito nunca morre, permanece como a bela adormecida à espera de alguém que o desperte com um beijo. Não precisa nem reciclá-lo. Foi o que Kátia Abreu fez.

Com tal ferramenta inovadora, ela estabeleceu as linhas de uma nova política indigenista, depois de fulminar e demolir aquilo que chama de "antropologia imóvel" que seria praticada pela Funai. Sua abordagem vai além do estudo sobre a relação observador-observado na pesquisa antropológica, não se limitando a ver como índios observam antropólogos, mas como quem está de fora observa os antropólogos sendo observados pelos índios. Não sei se me faço entender. Mas em inglês seria algo assim como Observing Observers Observed.
 
Os argonautas do Gurupi

Todo esse esforço de abstração desaguou na criação de um modelo teórico, a partir do qual Kátia Abreu sistematizou um ousado método etnográfico conhecido como abreugrafia que, nos anos 1940, não passava de um prosaico exame de raios X do tórax, uma técnica de tirar chapa radiográfica do pulmão para diagnosticar a tuberculose, mas que foi ressignificado. Hoje, abreugrafia é a descrição etnográfica feita com o método inventado por Kátia Abreu, no caso uma espécie de raio X das sociedades indígenas.

Esse método de coleta e registro de dados foi empregado na elaboração dos três últimos artigos assinados pela antropóloga da Folha: Uma antropologia imóvel (17/11), A Tragédia da Funai(03/11/) e Até abuso tem limite (27/10) que bem mereciam ser editados, com outros, num livro intitulado "Os argonautas do Gurupi". São textos imperdíveis, que deviam ser leitura obrigatória de todo estudante que se inicia nos mistérios da antropologia. A etnografia refinada e apurada que daí resulta quebrou paradigmas e provocou uma ruptura epistemológica ao ponto de não-retorno.

A antropóloga da Folha aplicou aqui seu método revolucionário - a abreugrafia - que substituiu o tradicional trabalho de campo, tornando caducas as contribuições de Boas e Malinowski. Até então, para estudar as microssociedades não ocidentais, o antropólogo ia conviver lá, com os nativos, tinha de "viver na lama também, comendo a mesma comida, bebendo a mesma bebida, respirando o mesmo ar" da sociedade estudada, numa convivência prolongada e profunda com ela, como em 'Lama', interpretada por Núbia Lafayette ou Maria Bethania.

A abreugrafia acabou com essas presepadas. Nada de cantoria. Nada de anthropological blues.Agora, o antropólogo já não precisa se deslocar para sítios longínquos, nem viver um ano a quatro mil metros de altura, numa pequena comunidade nos Andes, comendo carne de lhama, ou se internar nas selvas amazônicas entre os huitoto, como fez um casal de amigos meus. E tem ainda uma vantagem adicional: com a abreugrafia, os antropólogos nunca mais serão observados pelos índios.

Em que consiste, afinal, esse método que dispensa o trabalho de campo? É simples. Para conhecer os índios, basta tão somente pagar entrevistadores terceirizados. Foi o que fez a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que, por acaso, é presidida por Kátia Abreu. A CNA encomendou pesquisa ao Datafolha que, por acaso, pertence à empresa dona do jornal onde, por acaso, escreve Kátia. Está tudo em casa. Por acaso.

Terra à vista

Os pesquisadores contratados, sempre viajando em duplas - um homem e uma mulher - realizaram 1.222 entrevistas em 32 aldeias com cem habitantes ou mais, em todas as regiões do país. Os resultados mostram que 63% dos índios têm televisão, 37% tem aparelho de DVD, 51% geladeira, 66% fogão a gás e 36% telefone celular. "A margem de erro" - rejubila-se o Datafolha - "é de três pontos percentuais para mais ou para menos".

"Eu não disse! Bem que eu dizia" - repetiu Kátia Abreu no seu último artigo, no qual gritou "terra à vista", com o tom de quem acaba de descobrir o Brasil. O acesso dos índios aos eletrodomésticos foi exibido por ela como a prova de que os "silvícolas" já estão integrados ao modo de vida urbano, ao contrário do que pretende a Funai, com sua "antropologia imóvel" que "busca eternizar os povos indígenas como primitivos e personagens simbólicos da vida simples". A antropóloga da Folha, filiada à corrente da "antropologia móvel", seja lá o que isso signifique, concluiu:
- "Nossos tupis-guaranis, por exemplo, são estudados há tanto tempo quanto os astecas e os incas, mas a ilusão de que eles, em seus sonhos e seus desejos, estão parados, não resiste a meia hora de conversa com qualquer um dos seus descendentes atuais".

Antropólogos da velha guarda que persistem em fazer trabalho de campo alegam que Kátia Abreu, além de nunca ter conversado sequer um minuto com um índio, arrombou portas que já estavam abertas. Qualquer aluno de antropologia sabe que as culturas indígenas não estão congeladas, pois vivem em diálogo com as culturas do entorno. Para a velha guarda, Kátia Abreu cometeu o erro dos geocêntricos, pensando que os outros estão imóveis e ela em movimento, quando quem está parada no tempo é ela, incapaz de perceber que não é o sol que dá voltas diárias em torno da terra.
No seu artigo, a antropóloga da Folha lamenta que os índios "continuem morrendo de diarreia". Segundo ela, isso acontece, não porque os rios estejam poluídos pelo agronegócio, mas "porque seus tutores não lhes ensinaram que a água de beber deve ser fervida". Esses tutores representados pela FUNAI - escreve ela - são responsáveis por manter os índios "numa situação de extrema pobreza, como brasileiros pobres". Numa afirmação cuja margem de erro é de 3% para mais ou para menos, ela conclui que os índios não precisam de tutela.

- Quem precisa de tutela intelectual é Kátia Abreu - retrucam os antropólogos invejosos da velha guarda, que desconhecem a abreugrafia. Eles contestam a pobreza dos índios, citando Marshall Sahlins através de postagem feita no facebook por Eduardo Viveiros de Castro:
‎"Os povos mais 'primitivos' do mundo tem poucas posses, mas eles não são pobres. Pobreza não é uma questão de se ter uma pequena quantidade de bens, nem é simplesmente uma relação entre meios e fins. A pobreza é, acima de tudo, uma relação entre pessoas. Ela é um estatuto social. Enquanto tal, a pobreza é uma invenção da civilização. Ela emergiu com a civilização..."


Miss Desmatamento

A conclusão mais importante que a antropóloga da Folha retira das pesquisas realizadas com a abreugrafia é de que os "aborígenes", já modernizados, não precisam de terras que, aliás, segundo a pesquisa, é uma preocupação secundária dos índios, evidentemente com uma margem de erro de três pontos para mais ou para menos.
- "Reduzir o índio à terra é o mesmo que continuar a querer e imaginá-lo nu" - escreve a antropóloga da Folha, que não quer ver o índio nu em seu território. "Falar em terra é tirar o foco da realidade e justificar a inoperância do poder público. O índio hoje reclama da falta de assistência médica, de remédio, de escola, de meios e instrumentos para tirar o sustento de suas terras. Mais chão não dá a ele a dignidade que lhe é subtraída pela falta de estrutura sanitária, de capacitação técnica e até mesmo de investimentos para o cultivo".

A autora sustenta que não é de terra, mas de fossas sépticas e de privadas que o índio precisa. Demarcar terras indígenas, para ela, significa aumentar os conflitos na área, porque "ocorre aí uma expropriação criminosa de terras produtivas, e o fazendeiro, desesperado, tem que abandonar a propriedade com uma mão na frente e outra atrás".

Ficamos, então, assim combinados: os índios não precisam de terra, quem precisa são os fazendeiros, os pecuaristas e o agronegócio. Dados apresentados pela jornalista Verenilde Pereira mostram que na área Guarani Kaiowá existem 20 milhões de cabeças de gado que dispõem de 3 a 5 hectares por cabeça, enquanto cada índio não chega a ocupar um hectare.

Um discípulo menor de Kátia Abreu, Luiz Felipe Pondé, também articulista da Folha, tem feito enorme esforço para acompanhar a produção intelectual de sua mestra, usando as técnicas da abreugrafia, sem sucesso, como mostra artigo por ele publicado com o título Guarani Kaiowá de boutique (9/11), onde tenta debochar da solidariedade recente aos Kaiowá que explodiu nas redes sociais.

Kátia Regina de Abreu, 50 anos, empresária, pecuarista e senadora pelo Tocantins (ex-DEM,atual PSD), não é apenas antropóloga da Folha. É também psicóloga formada pela PUC de Goiás, reunindo dois perfis que deslumbrariam Nelson Rodrigues.

Bartolomé De las Casas, reconhecido defensor dos índios no século XVI, contesta o discurso do cronista do rei, Gonzalo Fernandez de Oviedo, questionando sua objetividade pelo lugar que ele ocupa no sistema econômico colonial: 
- “Se na capa do livro de Oviedo estivesse escrito que seu autor era conquistador, explorador e matador de índios e ainda inimigo cruel deles, pouco crédito e autoridade sua história teria entre os cristãos inteligentes e sensíveis”.

O que é que nós podemos escrever na capa do livro "Os Argonautas do Gurupi" de Kátia Abreu, eleita pelo movimento ambientalista como Miss Desmatamento? Que crédito e autoridade tem ela para emitir juízos sobre os índios? O que diriam os cristão inteligentes e sensíveis contemporâneos? Respostas em cartas à redação, com a margem de erro de 3% para mais ou para menos.

* Artigo publicado em 25/11/2012 no Diário do Amazonas

Francisco Praciano renunciou o 14º e 15º salário!

Francisco Praciano (PT-AM)
Semelhante o que já tinha feito o deputado estadual José Ricardo, na Aleam, o deputado federal Francisco Praciano (PT-AM), no início da noite de hoje (27), comunicou que renunciou ao 14° e 15° salários pagos aos deputados e senadores pelo Congresso Nacional. "Já protocolei o memorando na presidência na Câmara dos Deputados solicitando que não haja depósito em minha conta corrente de valores dos referidos salários. Irei também votar favorável ao projeto de Lei que acaba com este benefício. ESTOU FAZENDO A MINHA PARTE!", declarou o parlamentar.

Incêndio em favela de Manaus deixa 545 famílias desabrigadas



Por KÁTIA BRASIL

O incêndio que atingiu nesta terça-feira (27) a favela Arthur Bernardes, localizada na zona oeste de Manaus, deixou 545 famílias desabrigadas e afetou cerca de 2.000 pessoas, segundo a prefeitura. Não houve registro de feridos.

As famílias foram abrigadas em um ginásio esportivo e casas de parentes nos bairros de São Jorge e São Geraldo. A favela, que foi completamente destruída, era formada por palafitas (casas de madeira), fincadas em um igarapé, braço do rio Negro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 8h (10h no horário de Brasília). Foi controlado cinco horas depois, mas equipes ainda fazem o rescaldo no local.

Há indícios de que um curto circuito em uma casa desencadeou as chamas, mas as causas ainda são investigadas.
Um incêndio atingiu ao menos 50 casas da favela Arthur Bernardes, localizada no bairro São Jorge, na zona oeste de Manaus

Morador da favela, Daniel Monteiro, 20, disse que sua casa foi complemente destruída. Ele afirmou que os bombeiros demoraram a chegar. "Chamamos os bombeiros e eles não chegaram a tempo. Eu e minha mãe perdemos tudo", disse.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Antônio Dias, disse que as equipes chegaram cinco minutos após a primeira chamada. "Os bombeiros tiveram dificuldades no acesso e na locomoção debaixo das palafitas", afirmou.

Na mesma favela viviam famílias que tiveram casas inundadas pela enchente do rio Negro entre os meses de maio e julho. Elas são cadastradas pelo governo estadual em um programa social, mas ainda não foram beneficiadas com moradias.

O governo do Amazonas anunciou que está cadastrando os desabrigados para entrega de colchões, cestas básicas e assistência na emissão de documentos perdidos. Eles receberão ainda uma bolsa auxílio de R$ 300.

ROUBOS - Enquanto moradores da favela eram afetados pelo incêndio, ladrões aproveitaram o tumulto e roubaram eletrodomésticos, eletroeletrônicos, geladeiras e televisores, ainda segundo o Corpo de Bombeiros.

No desespero, muitas famílias jogaram pertences dentro do igarapé na tentativa de salvá-los das chamas.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2012/11/27/incendio-em-favela-de-manaus-deixa-545-familias-desabrigadas.jhtm

José Ricardo diz que situação dos presídios no interior do Estado ‘é deplorável’


José Ricardo
O deputado estadual José Ricardo Wendling (PT) lamentou a situação em que se encontra o sistema prisional no interior do Estado do Amazonas onde, segundo ele, os detentos estão alojados em condições terríveis e esquecidos à própria sorte pelas autoridades constituídas.

José Ricardo citou como exemplo o sistema prisional do município de Maués (distante 276 quilômetros de Manaus), onde esteve recentemente percebendo a necessidade do poder público realizar uma grande intervenção devido às péssimas condições em que se encontra. 

De acordo com o parlamentar, nesta prisão que foi construída para abrigar 37 detentos, havia 200, muitos deles jovens e alguns aguardando julgamento. “Em sua maioria, são pessoas envolvidas com o tráfico de drogas que estão presas e amontoadas uma sobre as outras à espera de um julgamento e de uma solução para seus casos. Já outros estão cumprindo pena, esquecidos à própria sorte, já que a sociedade, de modo geral, acaba não dando uma atenção devida em relação às prisões, pois o desejo é que essas pessoas fiquem afastadas do convívio social”, definiu o deputado. 

Segundo José Ricardo, o mais interessante é que está em andamento a construção de uma nova penitenciária em Maués. Uma obra que, de acordo com ele, já deveria estar concluída, dotada de um espaço maior dentro das especificações exigidas por lei e com a separação de determinados presos de acordo com suas penas. “Essa é uma obra que o Estado está desenvolvendo com recursos federais e, em vista disso, vou juntamente com o deputado federal Francisco Praciano (PT) e com o Padre Ton (PT), entrar em contato com o Ministério da Justiça para saber o motivo que está emperrando a finalização desse importante obra que vai dar dignidade aos presos”, observou. 

Fonte: Diretoria de Comunicação

WALDEMIR JOSÉ QUER INDENIZAÇÃO PARA FAMÍLIAS DE 13 AFOGADOS NA PONTA NEGRA


O vereador Waldemir José (PT) disse nesta segunda-feira (26) que vai encaminhar representação ao Ministério Público Estadual (MPE) pedindo que a prefeitura seja responsabilizada pelas mortes por afogamento na Ponta Negra e que possa ser analisada a possibilidade do Município indenizar as famílias das vítimas, no período após as obras de aterro. “Pedir desculpas e indenizar as famílias é o mínimo que a prefeitura pode fazer”, destaca Waldemir.

Brasil gera até novembro mais de 1,6 milhão de empregos com carteira assinada



De janeiro a novembro, o Caged acumulou 1.688.845 postos de trabalho, alta de 4,46% e, em doze meses, o aumento foi de 1.358.216 vínculos formais, representando elevação de 3,55%.

O Brasil criou 66.988 empregos com carteira assinada no mês de outubro, alta de 0,17% em relação a setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado em Brasília, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em outubro, houve 1.710.580 admissões, contra 1.643.592 desligamentos. O resultado do mês mantém a tendência de expansão do emprego, ainda que em ritmo menor de crescimento.

De janeiro a novembro, o Caged acumulou 1.688.845 postos de trabalho, alta de 4,46% e, em doze meses, o aumento foi de 1.358.216 vínculos formais, representando elevação de 3,55%. Três setores de atividade econômica apresentaram expansão do emprego em outubro: comércio, com 49.597 postos (0,58%); serviços, com 32.724 postos (0,21%) e indústria de transformação, com geração de 17.520 empregos (0,21%).

Os setores que apresentaram desempenhos negativos foram: agricultura, com retração de 20.153 postos, devido à presença de fatores sazonais (-1,21%), construção civil, com redução de 8.290 postos (-0,27%), decorrente, em parte, de términos de contratos e de condições climáticas; administração pública, com perdas de 3.521 postos (-0,42%); serviços industriais de utilidade pública, com 597 postos a menos (-0,15%); e extrativa mineral, com declínio de 292 postos (-0,13%).

Regiões

Quatro das cinco regiões do País apresentaram desempenho positivo, dentre elas: Sul, com a abertura de 26.819 postos (0,38%); Sudeste, com 25.301 postos (0,12%); Nordeste, 13.747 postos (0,22%) e Norte, onde foram abertas 1.590 vagas (0,09%). A exceção ficou por conta da região Centro-Oeste, com a perda de 469 postos (-0,02%), registrando relativa estabilidade.

Por unidade da federação, 18 obtiveram expansão do emprego, com duas delas registrando saldos recordes para o período e uma com o segundo melhor desempenho. Os destaques positivos foram: São Paulo, 21.067 postos (0,17%); Rio Grande do Sul, 11.194 vagas (0,43%); Santa Catarina, 8.969 empregos (0,47%); Rio de Janeiro, 6.864 postos (0,19%); e Paraná, com 6.656 vagas (0,26%).

Os recordes para o mês foram verificados no Mato Grosso, com 1.048 postos (0,17%) e em Roraima, com a abertura de 404 vagas (0,90%), a maior taxa de crescimento entre os estados da região Norte. Em Minas Gerais houve retração de 5.039 postos (-0,12%) devido à redução do emprego na agricultura (15.307 postos); na Bahia, verificou-se queda de 4.886 postos (-0,29%), em razão do declínio na agricultura (-2.097 postos) e na indústria de transformação (-1.974 postos); e, em Goiás, foi registrada retração de 1.671 postos (-0,15%), em função do decréscimo ocorrido na indústria de transformação (-2.542 postos).

2011

O Brasil gerou mais de 2,2 milhões empregos formais em 2011. O número representa alta de 5,09% em relação ao mesmo período de 2010, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). De acordo com o órgão, foi a terceira maior geração de empregos de toda a série histórica iniciada em 1985.

Além dos dados do Caged, que englobam os trabalhadores celetistas, os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários. O emprego com carteira assinada, regida pela CLT, cresceu 5,96% em relação a 2010, correspondendo à criação de 2,11 milhões de empregos, contra uma elevação de 1,47%, ou mais 126,3 mil vagas no serviço público. Dessa forma, o número de vínculos empregatícios formais ativos em dezembro de 2011 atingiu 46,31 milhões, ante 44,06 milhões do ano anterior.

Em relação aos rendimentos médios dos trabalhadores formais houve aumento real de 2,93%, percentual superior ao verificado no ano anterior, de 2,57%, passando de R$ 1.847,92, em dezembro de 2010, para R$ 1.902,13, em dezembro de 201.

Fonte: FPT no Senado

Conheça os “jornalistas de Cachoeira"


Por Najla Passos

Imprensa e oposição atacam, em uníssono, o parecer do relator da CPMI do Cachoeira que pede o indiciamento de cinco jornalistas e sugere ao Ministério Público Federal que prossiga com as investigações sobre outros sete. As alegações centrais são que a medida fere a liberdade de imprensa ou refletem o desejo de vingança do PT com seus algozes no mensalão. Uma leitura do relatório revela uma outra realidade. E uma realidade estarrecedora sobre os meandros da imprensa brasileira.

Desde que o relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Costa (PT-MG), confirmou, quarta-feira (21), que irá pedir o indiciamento de cinco jornalistas no seu relatório final, imprensa e oposição passaram a atacar a medida, em uníssono, alegando ora afronto à liberdade de expressão, ora o desejo de vingança do PT contra seus algozes no “mensalão”. Uma leitura do relatório revela uma outra realidade. E uma realidade estarrecedora sobre os meandros da imprensa brasileira. Os documentos falam de jornalistas vendendo sua força de trabalho ou o espaço dos veículos em que trabalham para beneficiarem uma reconhecida organização criminosa na prática de crimes. Ou então, associando-se a ela para destruir desafetos comuns dos criminosos e dos seus veículos. 

O diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, é a face mais conhecida deste time. Mas o grupo é muito maior. O relatório da CPMI cita nominalmente doze jornalistas que teriam contribuído periodicamente com o esquema criminoso, e acabaram flagrados em atitudes, no mínimo, suspeitas, por meio das quebras de sigilos telefônicos, ficais e bancários dos membros da quadrilha e das empresas, de fachada ou não, que operavam em nome dela. Desses doze, pede o indiciamento de cinco, contra os quais as provas são robustas. Sugere ao Ministério Público Federal (MPF) o prosseguimento das investigações contra os outros sete, com base nos indícios já levantados pela Comissão. 

Saiba quem são os jornalistas que, no entendimento da CPMI, devem ser indiciados:

1 - Wagner Relâmpago

Repórter policial do DF Alerta, da TV Brasília/Rede TV, e do programa Na Polícia e nas Ruas – Rádio Clube 105,5 FM - DF . Segundo a CPMI, ele utilizou seu espaço na TV e no rádio para “bater” nos inimigos da quadrilha ou personalidades públicas que atrapalhavam suas atividades criminosas. Em 2011, foram creditados pelo menos três repasses da quadrilha para sua conta pessoal de, aproximadamente, de R$ 300 mil cada. As relações de Relâmpago com Cachoeira foram reveladas por Carta Maior em 30/3, na reportagem Quadrilha de Cachoeira mantinha relações com a mídia. Para a CPMI, Relâmpago incorreu no artigo 288 do Código Penal, o que justifica seu indiciamento pelo crime de formação de quadrilha.

2 - Patrícia Moraes

É sócia-administradora e editora de política do jornal Opção, de Goiás. Mantinha interlocução constante com Cachoeira e outros membros da quadrilha. Também recebia pagamentos periódicos do bando, na sua conta pessoal e na do jornal, para “divulgar as matérias de interesse da organização criminosa e fazer oposição e a desconstrução midiática de adversários”, conforme o relatório da CPMI. O documento sugere, inclusive, suspeitas de que o periódico possa pertencer à quadrilha de Cachoeira. Os recursos recebidos pela jornalista somam R$ 155 mil. A CPMI pediu seu indiciamento por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

3 - João Unes

Jornalista e advogado, trabalhou em O Estado de S.Paulo, O Popular, TV Anhanguera e TV Record. Segundo a CPMI, foi um dos jornalistas que receberam as mais vultosas quantias da quadrilha. Foi o idealizador e diretor do jornal online A Redação que, segundo a CPMI, foi adquirido posteriormente pela máfia. A soma dos valores transferidos para ele, conforme diálogos interceptados, chega a R$ 1, 85 milhão. Nem todos os valores mencionados nos diálogos foram comprovados na quebra dos sigilos do jornalista e das empresas fantasmas do bando. A CPMI pede seu indiciamento por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

4 - Carlos Antônio Nogueira, o Botina

Segundo o relatório, ele se apresenta como proprietário do jornal O Estado de Goiás, mas na verdade é sócio minoritário de Carlinhos Cachoeira no empreendimento que, conforme diálogos interceptados, também tem ou teve como sócio o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Botina também é proprietário da empresa WCR Comunicação e Produção e do Canal 5. Sob ordens de Cachoeira, utilizava o jornal para criar fatos políticos, fabricar notícias que pudessem prejudicar adversários ou constranger autoridades, enfim, que beneficiem as atividades da organização. Movimentou vultosas quantias. As maiores delas foram por meio da WCR Produção e Comunicação, que recebeu recursos das laranjas de Cachoeira da ordem de R$ 460 mil, R$ 1,42 milhão e R$ 584 mil, entre outros. A CPMI pede seu indiciamento por formação de quadrilha e lavagem de recursos.

5 - Policarpo Junior

É diretor da sucursal da Veja em Brasília. Segundo o relatório da CPMI, colaborou com os interesses da organização criminosa promovendo suas atividades ilícitas, eliminando ou inviabilizando a concorrência e desconstruindo imagens e biografias de adversários comuns da máfia e da publicação. O relacionamento entre Cachoeira e Policarpo começou em 2004. Apesar de atualmente mídia e oposição considerarem um acinte à liberdade de imprensa sua convocação para prestar esclarecimentos na CPMI do Cachoeira, ele depôs na CPI dos Bingos, em 2005, para defender o contraventor, como Carta Maior revelou na reportagem Jornalista da Veja favoreceu Cachoeira em depoimento de 2005, em 28/5. Suas relações com Cachoeira foram fartamente documentadas, como mostram, por exemplo, as reportagens Os encontros entre Policarpo, da Veja, e os homens de Cachoeira, de 10/5, e Cachoeira: “O Policarpo, ele confia muito em mim, viu?”, de 15/5. A CPMI pediu seu indiciamento por formação de quadrilha.

Confira também quem são os jornalistas que a CPMI pede que sejam alvos de mais investigações pelo MPF: 

1 - Luiz Costa Pinto, o Lulinha

É o proprietário da empresa Ideias, Fatos e Textos (IFT), que prestou serviços para a Câmara durante a gestão de João Paulo Cunha (PT-SP), fato que acabou rendendo à ambos denúncias por crime de peculato no escândalo do “mensalão”. Cunha foi absolvido por este crime na ação penal 470, que tramita no STF. O processo contra Lulinha tramita na justiça comum. Conforme o relatório da CPMI, O jornalista foi contratado pela organização criminosa de Cachoeira para emplacar matérias favoráveis ao grupo nos meios jornalísticos. Entre fevereiro de 2011 e maio de 2012, recebeu o total de R$ 425 mil da Delta, por meio de transferências creditadas na conta da IFT. 

2 - Cláudio Humberto

Citado em diversas gravações interceptadas pela Polícia Federal como uma espécie de assessor de comunicação, ele também foi contratado via Delta, a pedido do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Entre 2011 e 2012, recebeu R$ 187,7 mil, depositados pela Delta na conta da CT Pontocom Ltda, empresa na qual é sócio-administrador desde maior de 2001. 

3 - Jorge Kajuru

É apresentador da TV Esporte Interativo. Também recebeu recursos da organização de Cachoeira que, segundo ele, se referiam à patrocínio feito pela Vitapan, empresa farmacêutica ligada ao esquema criminoso. Ele teria recebido do grupo R$ 20 mil, entre 2011 e 2012, em contas das suas empresas e na sua conta pessoal. A CPMI, porém, o isenta de responsabilidades por conduta criminosa. 

4 - Magno José, o Maguinho

De acordo com a CPMI, o blogueiro Magno José, o Maguinho, também recebeu recursos da organização criminosa para prestar serviços à quadrilha. Ele é editor do blog Boletim de Novidades Lotéricas, que prega a legalização dos jogos no país. Entretanto, os repasses dos recursos ao jornalista não foram comprovado. Os indícios decorrem do material publicado pelo blog e das conversas dos membros da quadrilha interceptadas pela PF. Portanto, a CPMI optou por não propor seu indiciamento. 

5 - Mino Pedrosa

Já trabalhou no Jornal de Brasília, em O Estado de S.Paulo, em O Globo, na revista IstoÉ e hoje é editor-chefe do blog QuidNovi. É apontado como o responsável pela deflagração do Caso Loterj, que resultou na queda do assessor da Casa Civil do governo Lula, Waldomiro Diniz. De acordo com conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) entre membros da quadrilha de Cachoeira, ele teria recebido um apartamento e um carro para depôr em favor do contraventor, envolvido no esquema. É responsabilizado também como o autor de denúncias sobre o governo do Distrito Federal, com base em grampos ilegais feitos por Idalberto Matias, o Dadá, membro da quadrilha. E, também, como a pessoa que “vazou” para Cachoeira que a PF preparava a Operação Monte Carlo. A CPMI reconhece, porém, que não obteve provas suficientes para pedir o indiciamento do jornalista.

6 - Renato Alves

É jornalista do Correio Braziliense e editor do blog Última Parada. Segundo o relatório, as interceptações telefônicas revelaram que ele também mantinha interlocução frequente com a organização criminosa. Foi, inclusive, o autor de uma das matérias mais comemoradas pelos integrantes da quadrilha em 2011, que promovia os jogos eletrônicos do grupo pela internet no exterior. Em troca dos serviços prestados, Alves recebia presentes e vantagens, como ele mesmo atesta em ligação interceptada pela PF. Mas a CPMI afirma que não conseguiu colher provas suficientes de que ele tenha contribuído para a prática de crimes e pede novas investigações. 

7 - Eumano Silva, o Doni 

É ex-Diretor da Revista Época em Brasília. Também teria prestado importantes serviços à quadrilha de Cachoeira, por meio de reportagens que a beneficiava. A CPMI, porém não encontrou provas conclusivas sobre sua participação no crime e, por isso, sugeriu ao MPF mais investigações.