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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Pataxó graduada em medicina pela UFMG.

Amaynara Silva Souza, 27, indígena da etnia pataxó que se formou em medicina pela UFMG

Ainda sob a emoção de recentemente ter se tornado médica pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Amaynara Silva Souza, 27, "indígena" da etnia pataxó, disse que a "ficha ainda não caiu", referindo-se ao fato de vivenciar um momento descrito por ela como especial na sua vida e a expectativa de poder ajudar comunidades como a sua.

"Meus pais e uma liderança da minha comunidade participaram da minha colação e festejaram esse momento comigo. Foi emocionante receber o meu diploma entregue por uma liderança", disse, relembrando a cerimônia, que ocorreu no dia 23 deste mês, em Belo Horizonte. Ela era uma aluna entre os 130 formandos do curso. 

Ela e Vazigton Oliveira, 27, outro indígena da mesma etnia que também se formou em medicina, revelaram os sentimentos que experimentam e a expectativa para a sequencia da carreira.
 
Em comum, eles externaram o desejo de, agora, adquirir experiência para assistirem comunidades indígenas, descritas por eles como grupos ainda desemparados na área da saúde.

Amaynara é natural de terras localizadas em Carmésia, cidade a 208 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Rio Doce. Já Vazigton, conhecido como Zig, é de Cumuruxatiba, situada no sul do Estado da Bahia.

Os dois ingressaram na UFMG, em 2011, por meio do processo seletivo denominado Programa de Vagas Suplementares para Estudantes Indígenas. Além da medicina, o programa ofertou vagas remanescentes em outros cursos e a participação era aberta a comunidades indígenas de todo o país. Esses alunos são colocados juntos em imóvel alugado pela universidade.

Amaynara revelou que a intenção de se tornar médica surgiu na adolescência, época na qual afirmou ter se despertado para as questões que envolvem seu povo.

"Na minha adolescência participei de um grupo de jovens na minha comunidade que discutia as questões sociais e políticas do meu povo. Nessas reuniões percebia o quanto a questão da saúde era ressaltada, principalmente a falta de profissionais que respeitassem e compreendessem o contexto e cultura local", declarou.

"Nessa época, comecei a refletir sobre como poderia contribuir com isso e, como eu sempre gostei da área da saúde, pensei que como médica poderia contribuir com a luta na saúde indígena", relembrou.

Vazigton também disse ter sido despertado pelo desejo de se tornar alguém que pudesse começar a mudar o cenário de pouca atenção à saúde indígena.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Antonio Peixoto, Prefeito Eleito de Itacoatiara, anuncia seu secretariado.


Hoje pela manhã o Prefeito Eleito de Itacoatiara, Antônio Peixoto (PT), reuniu a imprensa para anunciar os rumos do seu governo. Na ocasião foram anunciados os nomes dos Secretários (as) e Subsecretários (as) para gestão 2017-2020. Além disso, afirmou que tem três prioridades imediatas: equacionar a questão da saúde, da iluminação pública e tapar os buracos da cidade.
A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas em pé

Segue a lista com os nomes:

  1. Chefe de Gabinete: Tatiana Garcia Menezes;
  2. Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Articulação Política - Secretário: Miron Osmário Fogaça e Subsecretário: Admilson Horlando Soares de Souza.
  3. Secretaria Municipal de Governo - Secretário: Antônio Tupinambá Nogueira; Subsecretário: Natanael Oliveira de Souza.
  4. • Secretaria Municipal de Administração - Secretário: Márcio Roberto Gomes Souza; Subsecretário: Claudemilson Nonato Santos de Oliveira.
  5. Secretaria de Finanças e Planejamento - Secretário: João Felix Carvalho; Subsecretária: Gracimira Castro de Oliveira;
  6. • Secretaria Municipal de Educação - Secretário: Robert Lira Rosas; Subsecretária: Maria Francelizia da Silva;
  7. • Secretaria Municipal de Saúde - Secretário: Brás Santos; Subsecretária: Marlene de Oliveira Barbosa.
  8. Secretaria Municipal de Assistência Social - Secretário: Genildo Oliveira de Souza; Subsecretária: Edivane Pereira.
  9. Secretaria Municipal do Interior - Secretário: Adilon Pereira da Costa; Subsecretário: Valcimar Guedes Amorim.
  10. Secretaria Municipal de Produção, Abastecimento e Politicas Fundiárias - Secretário: falta definir; Subsecretário: Valcir Jorge de Carvalho.
  11. Secretaria Municipal de Infraestrutura - Secretário: Eduardo Bertone Alves Costa; Subsecretário: Albino Nascimento Junior.
  12. • Secretaria Municipal de Cultura e Eventos - Secretário: Cleutembergue Antônio Pantoja; Subsecretário: Frank Queiros Chaves.
  13. Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer - Secretário: Izomar Barbosa Melo; Subsecretário: Nelson Brito de Oliveira.
  14. SAAE: Emerson Carvalho de França.
  15. IMTT: Pedro Souza Almeida.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

São Gabriel da Cachoeira:Cidade mais indígena do Brasil terá bancada de vereadores e prefeito índios


A cidade mais indígena do Brasil é também a que mais elegeu políticos de origem indígena nas últimas eleições municipais. São Gabriel da Cachoeira (AM) tem 92% de seu território classificado como terras indígenas, 76,6% de sua população autodeclarada indígena –pertencente a 23 etnias– e elegeu em outubro último sete vereadores e um prefeito provenientes dos povos nativos da região.

A partir de 1º de janeiro de 2017, o município –que junto ao português conta com três idiomas oficiais: o nheengatu, o tucano e o baníua– será comandado pelo índio tariano Clovis Moreira Saldanha, 44, conhecido na região como Clóvis Curubão. Ele terá, pelo Partido dos Trabalhadores, sua primeira experiência na política e, em seu mandato, também contará com uma bancada indígena: sete dos 13 vereadores eleitos são índios –dois deles são correligionários do PT, três compõem a coligação PSL/PMN/PV/PPS/PP e outros dois são da chapa PR/DEM/PMB.

Curubão faz parte de uma classe política formada por cidadãos originários dos povos nativos do Brasil que ainda busca um maior espaço. Nas eleições municipais deste ano, 28 indígenas se candidataram a prefeituras, dos quais cinco conseguiram se eleger. No Legislativo municipal, foram 167 eleitos em um universo de 1.531 postulantes ao cargo. Foi a primeira vez que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) detalhou informações sobre a questão étnica e racial em seu mapeamento.

As cidades que contarão com mandatários indígenas a partir de 2017, além de São Gabriel da Cachoeira (AM), são: Marcação (PB), com a potiguara Lili (PDT); Marechal Thaumaturgo (AC), com o ashaninka Isaac Piyãko (PMDB); Tacaratu (PE), com o pankararu Gerson (PSB); e Lajedo (PE), com o xucuru Rossine (PSD). A sexta cidade seria Jacundá (PA), mas o prefeito eleito Zé Martins (PMDB), ao contrário do que aponta seu registro no TSE, refutou à reportagem ter ascendência indígena. “Não tenho nada a ver com índio, foi um erro de registro”, afirmou.

Fonte: http://portalbare.net/2016/12/cidade-mais-indigena-do-brasil-tera-bancada-de-vereadores-e-prefeito-indios/?utm_campaign=twitter&utm_medium=twitter&utm_source=twitter

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Patrimônio de 0,5% dos brasileiros equivale a quase 45% do PIB

reprodução

O Brasil tem um dos mais injustos sistemas tributários do mundo e uma das mais altas desigualdades socioeconômicas entre todos os países, onde os mais ricos pagam proporcionalmente menos impostos do que os mais pobres, criando uma das maiores concentrações de renda e patrimônio do planeta. Essa relação direta entre tributação injusta e desigualdade e concentração de renda e patrimônio é investigada pelo pesquisador Evilásio Salvador no estudo Perfil da Desigualdade e da Injustiça Tributária, produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) com apoio da Oxfam Brasil, Christian Aid e Pão Para o Mundo.

Foram considerados os quesitos de sexo, rendimentos em salário mínimo e Unidades da Federação. O texto busca identificar o efeito concentrador de renda e riqueza, a partir das informações sobre os rendimentos e de bens e direitos informados à Receita Federal pelos declarantes de IR no período de 2008 a 2014, referentes às informações dos anos-calendário de 2007 a 2013.

Os dados da Receita Federal analisados para o estudo revelam, por exemplo, que do total de R$ 5,8 trilhões de patrimônio informados ao Fisco em 2013 (não se considera aqui a sonegação), 41,56% pertenciam a apenas 726.725 pessoas, com rendimentos acima de 40 salários mínimos. Isto é, 0,36% da população brasileira detém um patrimônio equivalente a 45,54% do PIB do Brasil e com baixíssima tributação. Considera-se, ainda, que essa concentração de renda e patrimônio está praticamente em cinco estados da federação: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, agravando ainda mais as desigualdades regionais do país.

As alcunhas da planilha da Odebrecht

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Pelo que temos visto na imprensa, parece que a Odebrecht pagava propinas meio a contragosto, por isso tratava de forma jocosa os seus corruptores. Vejam só as figuras que receberam propinas da Odebrecht e seus apelidos. Todos eles participaram ativamente do golpe contra a presidenta Dilma:

Ministros
Nome
Cargo
Apelido
Vlr. Recebido
 
Geddel Vieira Lima
Ex-ministro de Temer (PMDB-BA)
Babel
R$ 5,8 milhões
 
Eliseu Padilha
Ministro de Temer (Casa Civil) – PMDB RJ
Primo
R$ 4 milhões
 
José Serra
Ministro de Temer (Relações Exteriores) – PSDB
Careca ou Vizinho
R$ 23 milhões
 
Moreira Franco
Ministro de Temer (Secretário Executivo) – PMDB RJ
Angorá ou Primo
R$ 4 milhões
 
Gilberto Kassab
Ministro de Temer (Ciência e Tecnologia) - PSD-SP
Kafta
R$ 14 milhões
 
 
Total
R$ 50,8 milhões
Senadores
Nome
Cargo
Apelido
Vlr. Recebido
 
Renan Calheiros
Presidente do Senado (PMDB - AL)
Justiça
R$ 6 milhões
 
Aécio Neves
Senador (PSDB - MG)
Mineirinho
R$ 15 milhões
 
José Agripino Maia
Senador (DEM-RN)
Gripado
R$ 1 milhão
 
Ciro Nogueira
Senador (PP – PI)
Piqui
R$ 1,3 milhão
 
Romero Jucá
Senador (PMDB-RR)
Caju
R$ 19,9 milhões
 
Eunicio Oliveira
Senador – PMDB CE
Índio
R$ 2,1 milhões
 
Lídice da Mata
Senadora –PSB-BA
Feia
R$ 200 mil
 
 
Total
R$ 44,5 milhões
Deputados federais
 
Nome
Cargo
Apelido
Vlr. Recebido
 
Rodrigo Maia
Deputado federal DEM RJ
Botafogo
R$ 100 mil
 
Heráclito Fortes
Deputado Federal (PSB-PI)
Boca Mole
R$ 200 mil
 
José Carlos Aleluia
Deputado Federal (DEM-BA)
Missa
R$ 580 mil
 
Jutahy Magalhães Júnior
Deputado Federal (PSDB-BA)
Moleza
R$ 350 mil
 
Paes Landim
Deputado Federal (PTB-PI)
Decrépito
R$ 100 mil
 
Duarte Nogueira
Deputado Federal (PSDB-SP)
Corredor
R$ 350 mil
 
Lúcio Vieira Lima
Deputado Federal (PMDB-PA)
Bitelo
R$ 1 milhão
 
Antonio Brito
Deputado Federal (PSD-BA)
Misericórdia
R$ 230 mil
 
Arthur Maia
Deputado Federal (PPS-BA)
Tuca
R$ 250 mil
 
Paulo Henrique Lustosa
Deputado federal (PMDB-CE)
Educador
R$ 200 mil
 
 
Total
R$ 3,36 milhões
Governador, vice, e Prefeito
Nome
Cargo
Apelido
Vlr. Recebido
 
Geraldo Alckmin
Governador São Paulo (PSDB/SP)
Santo
R$ 2 milhões (2010)
 
Francisco Dorneles
Vice governador do Rio de Janeiro (PP/ RJ)
Velhinho
R$ 200 mil
 
Arthur Virgílio
Prefeito de Manaus (PSDB/AM)
Kimono
R$ 300 mil
 
 
Total
R$ 2,5 milhões
Outros
 
Nome
Cargo
Apelido
Vlr. Recebido
 
Inaldo Leitão
Ex-deputado federal
Todo Feio
R$ 100 mil
 
Eduardo Cunha
Ex-deputado federal (preso)
Caranguejo
R$ 7 milhões
 
Delcídio Amaral
Ex-senador (preso, depois solto)
Ferrari
R$ 500 mil
 
Gim Argello
Ex-senador (preso)
Campari
R$ 2,8 milhões
 
 
Total
R$ 10,4 milhões