Fernando Haddad (PT) |
As Organizações Globo - à frente a Rede Globo, que nunca é demais lembrar, é uma concessão de serviço público - contrataram a pesquisa IBOPE que saiu ontem, sobre o 2º turno em São Paulo, mas relegaram os resultados apenas ao seu noticiário local, o SPTV da noite. Não disseram uma palavra a respeito em seu mais importante telejornal, o Jornal Nacional.
É porque a pesquisa dá 49% das intenções de voto para o candidato Fernando Haddad, do PT e partidos aliados contra 33% atribuídas ao concorrente tucano José Serra? É porque, se considerados apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), Haddad chega a 60% e José Serra fica com 40%? É porque José caiu quatro pontos percentuais em relação ao IBOPE anterior e Haddad continua subindo na preferência do eleitorado?
Ao não noticiar a pesquisa IBOPE ontem, a despeito da importância política e econômica dessa eleição de São Paulo e de sua dimensão nacional, o JN dá provas de que está, na prática, fazendo campanha para o Serra. A ponto de não noticiar pesquisa que a própria Rede Globo contratou.
Manobra coloca o julgamento do STF colado à propaganda do PT
E fazendo campanha, inclusive pelo espaço que dá para o julgamento da Ação Penal 470 (o chamado mensalão), e a sequência em que o veicula, colocando o noticiário a respeito colado à propaganda eleitoral petista. Vão negar, mas é mais uma daquelas manobrinhas ridículas da cúpula da Globo.
Neste caso da pesquisa IBOPE divulgada ontem (não pelo JN...) cabe inclusive uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer o principio constitucional, artigo 220 parágrafo 2º, que estabelece ser vedada toda censura de natureza politica, ideológica e artística.
Ao não noticiar a pesquisa que mostra seu candidato o tucano José Serra com 33% das intenções de votos e Fernando Haddad com 49% a TV Globo viola abertamente a Constituição e impõe censura a uma notícia pública que ela mesmo contratou e que veicula, em horário nobre no JN, desde o início da campanha eleitoral desse ano. Menos ontem.
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