O deputado José Ricardo Wendling (PT) parabenizou nesta quinta-feira (18) todos os médicos pela passagem do seu dia, profissionais que ajudam a cuidar da saúde das pessoas. Em função da data, ele fez uma reflexão sobre a falta de médicos no Estado e a qualidade da saúde. “Faltam médicos para atender a todas as pessoas e o poder público deve incentivar essa formação e investir para que esses profissionais se fixem, principalmente, nos municípios do interior, que ainda sofrem pela falta de atendimento. O problema é de gestão”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil possui 1.8 médicos por mil habitantes, ficando atrás da Argentina (quase 3 médicos para cada mil habitantes), Uruguai (quase quatro para cada mil) e Cuba (quase sete para cada mil habitante). Quando se compara os estados da região Norte, o Amazonas aparece com 1.1 médicos para cada mil pessoas, ficando atrás de Roraima, que tem 1.32 médicos, sendo que no setor privado esse número é de 3,17 médicos para cada mil. “Uma quantidade muito pequena”, afirma ele, reforçando que na região Norte 90% da população necessita do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o deputado, os municípios do Amazonas têm dificuldades de gerir a saúde pública, que está submetida a regras nacionais, já que a maior parte dos recursos vem do Ministério da Saúde. “Há muitos médicos lá residentes que são de outros países e que, muitas vezes, não têm nem registro no CRM (Conselho Regional de Medicina), tanta a dificuldade de fixar os médicos amazonenses nessas cidades. Além disso, a metade desses municípios não tem um Plano Municipal de Saúde, conforme relatórios da Susam, um plano estratégico obrigatório”, informou José Ricardo.
Ele ainda ressaltou que faltam médicos no Estado, mas também há falta de gestão, lembrando que muitos gestores públicos têm problemas de prestações de contas com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Contas da União (TCU) e com o Governo Federal. E citou como exemplo o Hospital João Lúcio Machado, Zona Leste, onde visitou por duas vezes somente este ano e encaminhou relatório dos problemas encontrados à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), sem nunca ter obtido uma resposta.
“Vou retornar ao João Lúcio para verificar se aquela triste realidade mudou”, disse ele, voltando a cobrar que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) fiscalize os hospitais, como ainda que o secretário de Estado da Saúde venha à Casa falar sobre o plano de gestão e os investimentos na área.
Fonte: Assessoria de Comunicação.
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