Iminência da vitória de Haddad leva desespero à candidatura Serra

Haddad
A três dias do encerramento (na 5ª feira, 48 h antes do início da votação) da campanha eleitoral, o candidato tucano a prefeito José Serra (PSDB-DEM-PSD-PV-PTB-PDT) pensa ter encontrado o mote para atacar o concorrente Fernando Haddad (PT e partidos aliados): afirmam, ele e sua campanha, que eleito o prefeito do PT vai acabar a parceria com Organizações Sociais (OSs) na área de saúde pública em São Paulo.

Haddad já esclareceu que a acusação de Serra sobre o fim dos contratos com as OSs é “absurda”, mas a campanha tucana não quer saber. Joga distorção dos fatos e desinformação para cima dos eleitores.

“Do meu ponto de vista, as parcerias são bem-vindas.A propaganda do Serra diz que eu vou acabar com a parceria. Você não vai achar uma entrevista que eu tenha dado nos últimos dois meses falando um absurdo desses”, disse Haddad. O que ocorre, ressalvou o candidato petista, é que atualmente 40% do orçamento da Saúde são gerenciados por OSs e há “má gestão”.

Faltam leitos e transparência na gestão dos recursos

“Tem problema de gestão. Como resolver? Primeiro, com transparência de gastos, fazer o que o Tribunal de Contas está mandando, ter transparência; segundo, precisa ter mais leitos em São Paulo". No programa de governo do PT para a capital consta a construção de três hospitais e Haddad dá ênfase ao reforço “à gestão pública dos serviços públicos municipais de saúde” e à garantia de que os servidores sejam contratados por “meio de adequados processos seletivos públicos”.

Mais claro, impossível. Com sua resposta Haddad está simplesmente confirmando que as OSs como estão hoje - por obra e graça da dupla tucana de governadores José Serra/Geraldo Alckmin - não se comunicam nem se articulam entre si. Assim, níveis diferentes de atendimento na saúde não planejam em conjunto suas ações.

Além disso - mas tão grave quanto - é a falta de transparência no sistema. Principalmente quanto a recursos. E olha que as OSs já são responsáveis por 40% do Orçamento da Saúde em São Paulo. Dai a intervenção dos tribunais de contas e do proprio Ministério Público (MP).

Tucanos elitizam a área e priorizam atendimento a ricos

Há um problema seríssimo na capital, de custo da saúde, fora a falta de leitos e a tentativa dos tucanos de elitizar o sistema reservando 25% das vagas para planos e convênios médicos, uma política típica deles de privatizar e priorizar o atendimento aos ricos.

Por isso, faz muito bem o Haddad ao esclarecer: foi a justiça e não o governo tucano quem suspendeu a venda de 25% dos leitos da rede pública de saúde para planos e convênios médicos e atendimento particular decidida por lei do governador Serra, regulamentada no meio deste ano por Alckmin.

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