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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Oitavas com destaque para os goleiros - Por Arthur Antunes Coimbra (Zico).


Dois dias para respirar numa Copa do Mundo com jogos muitos bons. Como já esperado, nas oitavas as estratégias mudaram um pouco e os gols começaram a sair em menor número. Culpa também dos goleiros, que tiveram papel fundamental nos duelos. Ainda assim, as partidas foram boas até no 0 a 0. 

Duas coisas me chamaram a atenção. 

Primeiro o jeito de jogar da Bélgica com um esquema até considerado antigo, mas muito ofensivo. O 4-2-4, isso mesmo com quatro atacantes, provocou um bombardeio ao goleiro norte-americano, que foi o personagem da partida. Os EUA mostraram grande evolução, mas a Bélgica venceu com méritos e trazendo essa característica interessante.

Outra coisa que achei muito curiosa ocorreu na vitória da Holanda sobre o México. Como eu já previa, os holandeses não tiveram facilidades e venceram de virada. Mas a imagem marcante foi a do tempo técnico. Todo o time reunido ao redor do Van Gaal observando atentamente as orientações dele numa prancheta. Parecia jogo de basquete. Isso mostrou para mim a confiança no trabalho e a aplicação daquele time. Muito interessante e a foto está abaixo.


Falando no Brasil, tivemos um jogo muito difícil contra o Chile. Mais preocupante porque o segundo tempo e o final da partida apontavam para a superioridade do rival. Por sorte eu nem vi a bola na trave, me poupou de um susto maior. Mas quando a partida foi para os pênaltis, confesso que tinha muita confiança que o Julio Cesar poderia fazer a diferença. É uma característica dele. 

O Brasil avançou e vai pegar uma seleção que está fazendo uma Copa muito boa. Vi a Colômbia eliminar o Uruguai se impondo mais uma vez. Um time bem organizado com jogadores excelentes e James Rodriguez sendo um dos destaques. Vale ressalvar apenas que no fim do jogo o descuido colombiano poderia ter permitido uma reação do Uruguai. 

É uma brecha nesse time, que a Seleção Brasileira pode explorar. Na verdade venho sentido falta daquele estilo vencedor da Copa das Confederações de sufocar o adversário na saída de bola, que funcionou tão bem inclusive na final contra a Espanha. 

O Brasil vai precisar ter a iniciativa do jogo e acho que, se jogar assim, pode passar pela Colômbia e chegar na semifinal. 

Quem tem uma vida menos difícil, pelo menos teoricamente, é a Holanda, que bateu o México. Falei acima sobre o tempo técnico e ainda teve a ousada troca de um dos craques do time, Van Persie – imagina isso por aqui- mas o jogo castigou os mexicanos por uma atitude defensiva demais após o gol. Tirar o Giovani, que escoava o ataque e fez o gol, para recuar a equipe cobrou caro demais. 

Coincidentemente a Holanda pega agora a Costa Rica, que fez com a Grécia um jogo parecido por motivos diferentes. Os costarriquenhos também recuaram como os mexicanos após o gol, mas a razão foi um jogador a menos. E nesse caso levaram a melhor nos pênaltis os costarriquenhos.

Acredito na Holanda vencendo a Costa Rica nas quartas.

Assim como o Brasil, a Argentina ainda não encontrou seu melhor futebol e sofreu para passar pela Suíça. E sejamos justos, se os suíços arriscassem um pouco mais durante o jogo como tentaram fazer na prorrogação, não sei não. 
Destaquei acima e sigo na linha. Argentinos não terão vida fácil contra a Bélgica, que está me agradando muito. Não vai ser surpresa um resultado positivo para os belgas, ainda que o favoritismo ainda esteja ao lado da Argentina.

A Alemanha pegou um adversário brioso, mas se impôs sobre a Argélia, que já fez história nessa Copa. A França fez o mesmo contra uma Nigéria que também lutou bastante. E agora esse duelo entre França e Alemanha no Maracanã não arrisco um vencedor. E tem tudo para ser mais um grande jogo definindo um semifinalista para Colômbia ou Brasil. Claro que sigo minha torcida pelo Brasil!

Até a próxima!

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