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domingo, 20 de outubro de 2013

O Petróleo é Nosso! - Por Júlio Lázaro Torma*


"O PETRÓLEO É NOSSO!", foi a grande campanha que embalou a segunda metade dos ano de 1940 e os inícios dos anos de 1950, o período desenvolvimentista e a " Era Vargas", em que deu origem em 1953 a PETROBRAS, a maior companhia estatal petrolífera.

Estamos vivendo no mundo, uma crise dos recursos fosseis, a crise do petróleo, do gás e outros recursos naturais que tem sido combustíveis para a economia capitalista. O que tem gerado guerras como as invasões anglo-americanas ao Afeganistão ( 2001), Iraque( 2003), Líbia (2012) e o conflito interno da Síria.

O petróleo é um recurso cobiçado pelas grandes potências econômicas e conglomerados petrolíferos e os países com reservas de petróleo, tem como seu patrimônio e garantia de sua soberania nacional.

No ano de 2010, foi descoberto na Bacia de Santos á 183 Km da costa do Rio de Janeiro, uma área de 1.458 quilômetros quadrado em águas,profundidade variando de 1,7 mil a 2,4 mil metros sob o nível do mar.

Tal campo de Libras tem um volume de 26 bilhões a 42 bilhões de barris, como a expectativa de recuperação é de 30%, isso significa que Libra poderá produzir entre 8 a 12 bilhões de barris. Além da produção diária de 1 milhão de barris. E a expectativa de recuperação é de 30%.

A riqueza escondida no pré sal, no campo de Libras,pode alcançar na média entre 800 bilhões a 1,2 trilhões de dólares. Isso representa entre um terço e pouco mais da metade do PIB do Brasil em 2012, que foi de 2,2 trilhões de dólares. O lucro do pré sal nos próximos trinta anos poderá acrescentar 30 bilhões de dólares, com uma produção diária chegando a 300 mil barris por dia.

O Brasil poderá, além de ser uma das 7 economias do mundo, ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Algo que vem despertando a cobiça de alguns grupos petrolíferos, como mostra o caso da espionagem estadunidense em órgãos governamentais brasileiros.

Bem como interesses de petrolíferas no leilão do campo de Libras como a Repol Sinopec Brasil (Espanha-China), Mitsui (Japão), ONGC (Índia), Petronas (Malásia), CNOOC e CNPC (China), Petrogal (Portugal, subsidiária da Galp), Total ( França), Ecopetrol (Colômbia), Shell (anglo- saxônica) e a Petrobras.

A entrega da exploração do pré sal as transnacionais significa uma grave violação a soberania nacional, bem com falava na campanha de 2010, a presidente Dilma Rousseff.

"Defender a exploração do pré sal pelas empresas internacionais, significa tirar dinheiro do país e o Brasil precisa desse dinheiro".

Queremos que seja respeitado a soberania nacional e que o dinheiro do pré sal, seja repassado para a educação, saúde, reforma agrária e reforma urbana. Mas para que isso ocorra de fato e de direito é preciso que passe para o controle estatal, para o fortalecimento da Petrobras.

Olhando a venda das reservas do pré sal podemos nos perguntar a China, França, Espanha, Japão, Malásia, E.U.A, nos venderiam os seus recursos naturais?, claro que não.

Pois isso significa violar a sua soberania nacional. O Brasil deve defender a sua soberania e garantir uma vida digna para todos e não podemos entregar o nosso rico patrimônio natural e nem devemos viver numa" escravidão petrolífera", como querem submeter o povo brasileiro as companhias petrolíferas mundiais.

É um dever ético e moral de todo o brasileiro defender a soberania nacional e as riquezas de nosso país.
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    * Membro do Colégiado da Pastoral Operária

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