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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Conselho de Ética expulsou Carmona Oliveira e Márcia Baranda do Caprichoso


A Associação Folclórica Boi Bumbá Caprichoso acumula uma dívida orçada em R$ 3.501.159,30 deixadas por ex-presidentes nos últimos oito anos. Os dados foram apresentados aos sócios na noite de quinta-feira (14), em uma Assembleia Geral Extraordinária realizada na Escola de Artes “Irmão Miguel de Pascalle”.

As dívidas são frutos das administrações dos ex-presidentes Carmona Oliveira (2005-2010) e Márcia Baranda (2011-2013). Os resultados foram obtidos após a realização de uma auditoria interna independente, sob a responsabilidade do auditor e contador Jorge Edson Queiros. Débitos negativos como, por exemplo, dívidas trabalhistas, taxas de água e luz desde o ano de 2004, alugueis, contratos de empresas de som, iluminação e de fogos de artifícios, entre outros, constam na lista de inadimplência. Outra disparidade de informações dada nas prestações de contas das duas ex-administrações é quanto a declaração dos recursos.

Nos cinco anos a frente da Associação, Carmona Oliveira declarou que recebeu em recursos financeiros o valor de R$ 25.637.806,48, mas devido a falta de documentação a auditoria não pode comprovar se a informação é válida. Já nos três anos gestão de Márcia Baranda, foi declarado que o Boi movimentou R$ 22.461.030,25, sendo que, baseada nas notas, contratos e demais documentações deixadas, ficou comprovada que o recurso obtido pelo Boi foi R$ 27.916.876,56.

Ao longo da Assembleia, sócios questionaram da atual gestão e do Conselho Fiscal passado todos os dados levantados pela auditoria. O consultor financeiro e um dos responsáveis pela captação de recursos para os bumbas de Parintins, André Luiz Guimarães, veio de São Paulo especialmente para participar da conferência e reforçar a veracidade das informações apontadas pela auditoria.

No término da apresentação da auditoria, o contador Jorge Queiros deixou claro que as prestações de contas das administrações passadas não foram feitas com lisura e que demais débitos poderão surgir pelo descumprimento da legislação trabalhista, previdência e tributária, além de contratos desconhecidos por falta de documentos.

Expulsão

O Conselho de Ética do Boi, formado por Socorro Lopes, Harald Dinelly e Raimundo Epafras, pediu a expulsão de Carmona Oliveira e Márcia Baranda do quadro de sócios do Caprichoso. A medida foi acatada pelo presidente Joilto Azedo e aceita pela maioria dos sócios presentes. Apenas uma minoria se manifestou a favor pela permanência dos ex-gestores.

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