Depois de 36 anos, a reitoria do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) pediu desculpas publicamente pela demissão por justa causa do professor Marcos Cardoso Filho, preso durante o Regime Militar, por ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), acusado de subversão.
Foi em novembro de 2013 que houve a solicitação da Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright, da Assembleia Legislativa, para que o IFSC prestasse esclarecimentos sobre o possível julgamento militar que teria ocorrido na Escola Técnica Federal de Santa Catarina, na década de 1970. “Ele tinha um sonho de um país melhor, e pagou com sofrimento e tortura”, disse a reitora da instituição, Maria Clara Kaschny Schneider, depois da retratação a familiares e ex-alunos de Marcos, demitido da instituição em 1978, após sair da cadeia em liberdade condicional.
“Estamos aqui para pedir desculpas, como instituição, ao que aconteceu ao professor Marcos [Cardoso Filho]. Nós acreditamos que resgatar a história e trazê-la à luz da sociedade é uma das funções da nossa instituição de educação”, declarou Maria Clara na noite desta segunda-feira (22), durante cerimônia realizada na reitoria do IFSC, em Florianópolis. “Nós temos compromisso com a verdade, compromisso com a contextualização e compromisso com a história”.
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