Falta transparência - Por Francisco Praciano*


Mesmo tendo melhorado em relação a 2012, Manaus continua entre as quatro piores cidades – no que se refere à transparência com os gastos públicos – dentre as 12 cidades-sedes da Copa.

Em dezembro passado, o Instituto Ethos publicou, pela segunda vez (a primeira foi em novembro de 2012), um levantamento sobre o grau de transparência com os investimentos públicos realizados pelas cidades e Estados que sediarão a Copa 2014 de futebol.

Mesmo tendo melhorado em relação a 2012, Manaus continua entre as quatro piores cidades – no que se refere à transparência com os gastos públicos – dentre as 12 cidades-sedes da Copa. Já o Estado do Amazonas, nesse mesmo assunto, é o segundo pior dentre os Estados que têm investimentos públicos voltados para o Mundial de 2014.

A tradução dessa pesquisa é simples. Os dados coletados pelo Instituto Ethos tão somente mostram que, tanto Manaus quanto o Estado do Amazonas estão deixando de informar corretamente, isto é, de forma clara e transparente, tanto aos cidadãos da nossa terra quanto ao País, de modo geral, ‘como’, ‘com o que’ e ‘com quem’ estão gastando os recursos públicos destinados às obras de melhoria da infraestrutura da cidade e do Estado.

Uma nova pesquisa será divulgada, pelo mesmo Instituto Ethos, no próximo mês de maio. Até lá, tanto Manaus quanto o Amazonas terão oportunidade de melhorarem suas posições, não permitindo, dessa forma, que os gastos com a Copa se transformem, a exemplo da planilha de custos do transporte coletivo da nossa capital, numa verdadeira caixa-preta.

Os péssimos serviços do transporte coletivo a que estão sujeitos os cidadãos de Manaus, aliás, representam o melhor exemplo do que pode acontecer quando há falta de transparência relacionada a gastos com recursos públicos ou a critérios para estabelecimento de uma tarifa por serviço público.

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus por melhores salários, no início deste mês, transformou a vida dos usuários de ônibus de Manaus em um verdadeiro inferno. Quem tem razão? Os rodoviários? A Prefeitura e os empresários? Não há como saber, uma vez que os números que compõem a planilha do preço da passagem de ônibus continuam um mistério para a sociedade.

* Francisco Praciano é deputado federal pelo PT/Am.

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