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terça-feira, 9 de abril de 2013

Grupos de extermínio continuam a agir em Goiás



É da maior gravidade, principalmente porque estes crimes se repetem já há longo tempo, a denúncia do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, sobre os "fortíssimos indícios" de que os assassinatos de quase três dezenas moradores de rua nos últimos meses em Goiânia tenham sido praticados por grupos de extermínio.

"A versão de que seriam brigas entre os próprios moradores de rua não se encaixa com as características dos crimes", chama a atenção Damous. Desde agosto de 2012 já ocorreram 26 execuções de moradores de rua na Região Metropolitana de Goiânia, capital do Estado de Goiás, governado pelo tucano Marconi Perillo.

A gravidade da acusação do Damous avulta-se ainda mais porque estes grupos de extermínio, esquadrões da morte e demais assassinos envolvidos nessas execuções, incrustrados em sua maioria na PM goiana, operam há anos. E há anos são denunciados pelo deputado Mauro Ribeiro (PT), presidente da Comissão de DHs da Assembléia Legislativa de Goiás.

Chega a dezenas o número de mortos e desaparecidos

Ele denuncia que não são só moradores de rua os exterminados: há homicídios e desaparecimentos de muitas outras pessoas praticados por estes grupos de extermínio. e que a Justiça de Goiás emperra os poucos processos instaurados a respeito que envolvam policiais (e os outros processos também).

O máximo que o deputado do PT conseguiu foi que ele e seus colegas de Comissão fossem recebidos pelo governador Marconi Perillo no segundo semestre ano passado. E o resultado desse encontro? Não deu em nada. Mas Mauro Ribeiro tem reiteradas vezes recebido ameças de morte.

A situação causa revolta - e medo - principalmente pela injustiça que a acompanha e recobre. Há pouco foi descoberto um desses grupos de extermínio com nome e sobrenome, Sétimo Mandamento, descoberto na época do escândalo do Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres. Não aconteceu absolutamente nada com seus integrantes que podem até continuar atuando, sabe-se lá, já que foram poupados de qualquer punição judicial.

Com o governador Marconi Perillo, em cuja gestão o Estado foi capturado pelo crime organizado, também nada aconteceu.

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