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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Candidaturas oposicionistas apresentam dificuldades em série


As três principais candidaturas oposicionistas ao governo Dilma vêm apresentando uma série de dificuldades, esboçadas diariamente nos principais veículos de comunicação. A candidatura tucana de Aécio Neves sofre com a dificuldade de resolução de conflitos internos com José Serra, outro potencial candidato oposicionista. A possibilidade de realização de prévias é aventada, mas esbarra na falta de estrutura partidária no cadastro dos filiados, além da data da realização da consulta, que impediria a candidatura de Serra por outros partidos. Diante da indecisão de Serra, o PPS já esboça um eventual apoio a candidatura de Eduardo Campos (PSB), que ainda sofre resistências dentro do partido e não emplacou nas pesquisas eleitorais. Por fim, Marina Silva corre contra o tempo para registrar seu novo partido, conhecido como Rede, que ainda não alcançou o número mínimo de assinaturas e sofre denúncias de assinaturas falsas e duplicadas em suas listas. Mesmo que consiga registrar a Rede a tempo de concorrer à presidência (o prazo final é o início de outubro), Marina sofrerá com a falta de palanques estaduais e o pouco tempo de televisão, já que a Rede deve contar apenas com três deputados federais em seu primeiro ano.

As dificuldades das candidaturas oposicionistas são de ordens política e operacional, refletindo-se nos resultados das pesquisas eleitorais recentes, que mesmo após os protestos de junho (fonte de desgaste para a imagem de todos os governos, inclusive o governo federal) não lograram alavancar apoio popular majoritário, sendo que apenas a candidatura de Marina (Rede) apresentou crescimento consistente nas intenções de voto no período. No campo político, os embates dentro do PSDB sobre quem será o candidato do partido e no PSB sobre a conveniência de uma candidatura própria afetam a negociação com potenciais aliados, dentre eles o PPS e o DEM. No campo operacional, as dificuldades de Marina e da Rede podem inviabilizar a formação de palanques estaduais, o que enfraquece a penetração de sua candidatura em uma eleição de dimensão nacional. Caso a popularidade de Dilma volte a se elevar, é razoável supor que os embates internos e as dificuldades políticas de tais candidaturas se acentuem, dada à redução da possibilidade de êxito dos contendores oposicionistas.

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