Aproximadamente 500 trabalhadores dos setores metalúrgico e eletroeletrônico participaram, nesta quinta-feira (31), da assembleia, no Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus (Sindmetal), que recusou a proposta de 7% de reajuste salarial apresentada pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). A categoria, que pede 13,5% de correção nos seus salários, aprovou também indicativo de greve, caso não chegue a um acordo.
O presidente do Sindmetal, Valdemir Santana, disse que não deseja a paralisação dos trabalhadores nas fábricas, mas alerta que a medida será necessária caso as empresas não apresentem uma proposta que seja aceita pela categoria.
“Já garantimos a data-base e a convenção coletiva anterior, então não iremos para dissídio. Para o setor eletroeletrônico, estamos discutindo apenas questões econômicas. Para os metalúrgicos, toda a pauta de negociação foi colocada na mesa. O sindicato não vai fechar acordo separado com empresa”, disse.
A média salarial dos 111 mil trabalhadores da categoria é de R$ 1,7 mil. O Sindmetal pede aumento de 6,57% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 4% de ganho real e 3% de produtividade.
Para Santana, no entanto, uma contraproposta de pelo menos 3,5% de ganho real seria algo justo. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média de reajuste real dos metalúrgicos no Brasil, no primeiro semestre, foi de 2,10%.
O secretário do Sindmetal, Edilon Queiroz, ressaltou que foi difícil negociar com as empresas em um momento em que todas as atenções estavam voltadas para a Copa do Mundo e muitas fábricas deram férias coletivas.
O Sindmetal propõe, ainda, que as empresas incluam na convenção coletiva uma cláusula que as obriguem a discutir o pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR).
Segundo Santana, apenas 172, de um universo de 800 empresas do PIM, pagam o benefício, atualmente.
Fonte: http://new.d24am.com/noticias/economia/metalurgicosdo-amazonas-rejeitam-proposta-7-reajuste-salarial/116978
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