Acessos

quinta-feira, 17 de abril de 2014

SOCIALISMO DO PSB: Campos faz apologia de privatizações.


O presidenciável de Pernambuco, agora morador de São Paulo, Eduardo Campos, de repente passou a defensor ferrenho das privatizações. Numa palestra na Universidade Estácio de Sá, no Rio, disse ser necessário atrair a iniciativa privada para áreas onde o Estado não chega; não ter nenhum “preconceito” contra o capital; e ser necessário defender o lucro da iniciativa privada. Isso é que é socialismo!

A primeira pergunta que se coloca é: mas a iniciativa privada quer atuar onde o Estado não está? O Estado já está lá para suprir a falta de interesse do capital privado… Campos entrou nessa seara com tudo, inclusive atacando o governo da presidenta Dilma Rousseff – que ele integrava até o final do ano passado – a quem acusou de fazer “a contragosto” as concessões no setor de infraestrutura à iniciativa privada.

O presidenciável criticou o modelo atual de leilões de portos e aeroportos e insistiu que o governo Dilma”faz concessão dando a impressão de que está fazendo a contragosto”.

O avô estranharia

“A pessoa só vai colocar dinheiro se tiver um retorno maior do que se deixar no banco. É óbvio. Essa é uma visão que está faltando com clareza no Brasil”, ensinou. Depois acentuou que uma política nessa área mais simpática ao setor privado pode “animar muitos lá fora a voltar a investir no Brasil”.

O deputado não sai nada ao avô, ícone da esquerda, Miguel Arraes. Pelo contrário, o nacionalista Arraes o estranharia por essas declarações, já que as privatizações, pelo menos as conduzidas pelo tucanato nos oito anos dos governos FHC, venderam boa parte das estatais para empresas estrangeiras.

Mas, as novas declarações – e postura – do candidato Eduardo Campos, o aproximam estreitamente de outro candidato a presidente neoliberal, o tucano senador Aécio neves (PSDB-MG), intransigente e apaixonado defensor das privatizações empreendidas nos governos Fernando Henrique Cardoso e que agora retoma discurso de campanha nessa linha pró-privatizações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário