Alegações finais foram apresentadas na última sexta-feira (1º). MPF/AM pediu a condenação do ex-deputado Antônio Cordeiro, apontado como chefe da quadrilha.
A Operação Albatroz, comandada pela Polícia Federal, foi deflagrada no dia 11 de agosto de 2004 e investigava o desvio de R$ 500 milhões dos cofres públicos do Amazonas, por meio de licitações fraudulentas que envolviam empresas fictícias. Na ocasião da operação, 20 pessoas foram presas. A PF apontou como líder da quadrilha o ex-deputado estadual Antônio Cordeiro, que não foi preso porque possuía imunidade parlamentar. Na casa dele, foram apreendidos R$ 600 mil em dinheiro e mais um título ao portador no valor de R$ 1,5 milhão.
Nas alegações finais, o MPF/AM pediu a absolvição do réu Alfredo Paes dos Santos, ex-secretário de Estado da Fazenda e ex-secretário municipal de Finanças, por falta de provas. Para os demais acusados, o MPF pediu a condenação pelo crime de evasão de divisas, previsto no artigo 22 da Lei nº. 7492/1986 (Lei de Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional). O réu Mário Ricardo Farias Gomes também responde pela operação ilegal de empresa como instituição financeira, conforme o artigo 16 da mesma lei.
Entre os pedidos de condenação, está o do ex-deputado estadual Antônio Cordeiro e da mulher dele, Ednéia de Alencar Ribeiro Cordeiro. Durante as investigações, Cordeiro foi apontado como o chefe da quadrilha. Ele teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa do Amazonas em novembro do mesmo ano, por quebra de decoro parlamentar.
No dia 25 de abril de 2008, Cordeiro e Ednéia foram presos em casa, no condomínio Beethoven, na Ponta Negra. A prisão foi decretada pelo juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, Ricardo Sales. Cinco dias depois, o casal foi libertadopor determinação da 3ª Turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília.
O processo tramita na 2ª Vara Federal no Amazonas, sob o número 2162-25.2008.4.01.3200.
Penas e multas – Os pedidos de condenação apresentados pelo MPF/AM nas alegações finais do processo preveem penas que variam de dois anos e seis meses a cinco anos e seis meses de prisão. Em alguns casos, o MPF entendeu que o mesmo crime foi cometido mais de uma vez e, por isso, pediu a aplicação das penas de acordo com o número de vezes que o crime foi praticado.
Além da pena de prisão, o MPF requer a condenação dos 11 réus ao pagamento de multas individuais que podem chegar a R$ 156 mil. A partir da apresentação das alegações finais do MPF, o processo deverá aguardar as alegações finais dos réus e então passará à análise do juiz para sentença.
Réus com pedido de condenação
- Antônio do Nascimento Cordeiro
- Carlos Alberto Taveira Cortez
- Edilson Barata Ribeiro
- Ednéia de Alencar Ribeiro Cordeiro
- Elmiro José Hallmann
- Isaltino José Barbosa Filho
- Jorge Abelardo Barbosa de Medeiros
- Lúcio Flávio Morais de Oliveira
- Mario Ricardo Farias Gomes
- Sérgio Born
- Stael Ferreira Braga Barbosa
Fonte: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/mpf-pede-condenacao-de-11-envolvidos-na-operacao-albatroz/81667
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