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quinta-feira, 7 de março de 2013

Brasil é líder na redução da pobreza, diz presidente do Banco Mundial

Lamentável, mas continuamos naquela situação em que precisa vir alguém de fora para fazer justiça ao governo da presidenta Dilma Rousseff e aos dois mandatos de seu antecessor, o presidente Lula. Aqui, o que se vê é toda imprensa na oposição aos 10 anos de governos deles.

O que vemos são notícias dirigidas e alarmistas, em geral pessimistas, um coro só, um pensamento único. Por isso é bom ver alguém de fora fazer justiça e, principalmente, afastar o pessimismo, como faz agora, em visita ao Brasil, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Ele afirmou que a instituição que dirige está confiante no crescimento do país e acompanha com especial atenção o andamento dos programas sociais implementados pelo governo.

O Banco Mundial, segundo seu presidente, estima que a economia brasileira crescerá 3,5% este ano. Em 2012, cresceu 0,9%, mas Kim foi justo ao reconhecer que boa parte da desaceleração vista no ano passado pode ser creditada a fatores externos, como a queda na demanda internacional.

Crescimento baixo do PIB se deve muito à crise global

"Entendemos o desapontamento, mas há muito de fator externo. Achamos que os investimentos feitos agora vão sedimentar o caminho do crescimento", disse. O executivo afirmou que o governo brasileiro conseguiu implantar o "Santo Graal" no país com investimentos que unem bem-estar social, educação e saúde, por meio de programas como o Bolsa Família e Brasil Sem Miséria. Segundo Kim, o Brasil serve de argumento para o Banco Mundial insistir em sua mensagem de que é preciso investir no longo prazo e no que classifica como "capital humano".

"O sucesso do Brasil é crucial para o sucesso do Banco Mundial. Sabemos que crescimento sem inclusão social pode criar instabilidade, como mostrou a Primavera Árabe. Estes programas (sociais do governo brasileiro) ligam os três setores (bem-estar social, educação e saúde) e investem em capital humano para dar a base para o crescimento econômico. É algo extremamente difícil de fazer e o compromisso deste governo para consegui-lo tem sido extremamente impressionante", afirmou.

No mesmo momento em que Kim dava a sua entrevista, autoridades brasileiras e do banco anunciavam que o Programa Brasil Sem Miséria vai servir de base para o Banco Mundial e os países parceiros implantarem políticas públicas. No Palácio do Itamaraty, elas lançaram o programa Iniciativa de Conhecimento e Inovação para a Redução da Pobreza, que vai disseminar experiências como a brasileira em âmbito internacional. Sua execução envolve parceria entre o banco, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), além do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,

Brasil é líder global na redução da pobreza

O presidente Jim Yong Kim destacou que a iniciativa é um reconhecimento do Brasil como um líder global na redução da pobreza e da desigualdade. Kim destacou ainda que o percentual de pessoas na extrema pobreza no país caiu de aproximadamente 20%, no início da década de 1990, para cerca de 7% nos últimos anos.

“O estabelecimento e a expansão de programas sociais robustos, incluindo o mundialmente conhecido Bolsa Família, também exercem uma influência fundamental e ajudaram não apenas a fornecer uma rede de proteção social, mas estimularam um comportamento positivo como as visitas das mães aos postos de saúde, para receber assistência pré-natal, e a frequência escolar de crianças das famílias que recebem transferências condicionais de renda”, disse.


Tereza CampelloA ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), Tereza Campello, assinalou que a experiência do Bolsa Família está servindo de base de políticas públicas para superação da extrema pobreza no mundo, que já contemplam e envolvem atualmente a participação de mais de 50 milhões de pessoas.

“O Bolsa Família é hoje a base do Brasil sem Miséria. Com o Bolsa pudemos superar a pobreza e hoje podemos afirmar que o fim da miséria é só um começo. Queremos garantir o fim da miséria do ponto de vista monetário, mas queremos principalmente garantir melhoria das condições de vida e oportunidades de inclusão econômica para a população pobre”, destacou a ministra.

Aproveito para recomendar a entrevista que a ministra Tereza Campello deu à revista IstoÉ desta semana. Ela lembra que "os pobres enfrentam uma barreira invisível, que é a história de sua exclusão. Muitas vezes, auxiliamos mães e pais que poderão ajudar seus filhos a progredir, mas não poderão superar a própria condição".

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