Investimento em maquinário teve alta de 8,2% |
No primeiro mês do ano, a produção industrial brasileira cresceu 2,5% em relação a dezembro de 2012, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior alta desde março de 2010, quando havia sido registrado aumento de 3,4% (veja tabela). Em dezembro de 2012, a alta ficou em 0,2% em comparação a janeiro do ano passado, a expansão chegou a 5,7%, a maior alta desde fevereiro de 2011 (7,5%). “Iniciamos 2013 com uma atividade mais forte, o que indica que teremos um crescimento mais rápido da economia este ano”, avalia o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Segundo o IBGE, o crescimento foi generalizado, alcançando 18 dos 27 itens pesquisados. O destaque ficou com o setor de bens de capital, que teve alta de 8,2% entre dezembro e janeiro. Segundo o coordenador da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, esse aumento da produção de máquinas e equipamentos é resultado de medidas de incentivo do governo, como a manutenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido e ao programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No ano passado, o banco liberou R$ 44 bilhões, em 150 mil operações de financiamento ao setor produtivo, sobretudo no segmento de máquinas e equipamentos. Do total liberado, 57% foi para micro, pequenas e médias empresas.
O aumento do investimento em maquinário é um dos indicadores da ampliação da capacidade produtiva prevista para este ano. Durante a 40ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, na quarta-feira (27), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou, em Brasília, que haverá “forte crescimento do investimento” no Brasil a partir deste ano.
Pimentel lembrou que o país é o quarto do mundo que mais atrai investimentos estrangeiros diretos, sendo que 36,7% dos U$S 65 bilhões atraídos pela economia brasileira no ano passado foram para a indústria.
A expectativa é de que esse quadro se mantenha, mesmo com o cenário de estagnação decorrente da crise internacional. “Não apenas continuamos a receber, como nos tornamos mais atraentes para o investidor estrangeiro. Conseguimos subir da sétima para a quarta posição”, diz.
Reversão - A alta no setor industrial apurada pelo IBGE interrompeu dois meses seguidos de queda na produção, período que acumulou perda de 0,7%. A produção de bens de consumo duráveis cresceu 2,5% em relação a dezembro e de 10,3% em relação a janeiro de 2012, puxada por produtos como automóveis, televisores e celulares.
Outros setores que apresentaram um bom desempenho foram: veículos automotores (4,7%), refino de petróleo e álcool (5,2%) e máquinas e equipamentos (5,7%), além do setor de calçados e artigos de couro (13,8%), produtos de metal (3,3%), outros produtos químicos (1,5%), mobiliário (8,5%), metalurgia básica (1,9%) e alimentos (0,8%).
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