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Damous vai presidir a Comissão da Verdade do Estado do Rio a partir da próxima semana. |
É grave e não pode ficar sem esclarecimento a explosão de quinta-feira na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio de Janeiro. Ex-presidente da entidade, Wadih Damous acredita que a explosão de uma bomba de festim possa ter ligação com militares envolvidos na morte da secretária da OAB Lyda Monteiro, em 1980.
Essa comissão vai investigar crimes da ditadura, incluindo o caso de Lyda. Para Damous, o episódio de ontem pode ter sido de uma provocação. Segundo ele, informações recebidas por meio do Disque-Denúncia após a explosão dizem que ele seria o alvo de um atentado praticado por militares da reserva.
A explosão foi por volta das 15h, numa escada entre o oitavo e o nono andar. Não houve danos significativos e nem feridos. "Ainda é cedo para afirmarmos alguma coisa, mas tudo indica que se trata de um atentado", afirma o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz.
Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência repudiou o atentado e diz que o governo está à disposição para ajudar nas investigações.
Por si só, a explosão do artefato já é grave. Se tiver ligação com militares da reserva, o fato se torna ainda mais preocupante, já que estaríamos tratando de uma tentativa explícita de acobertar criminosos e impedir que respostas para crimes da ditadura venham à tona.
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