Por Frederico A. Passos
Caros leitores e únicos amigos, estou estupefato, boquiaberto, assombrado e, por que não dizer, extremamente admirado com as notícias que me chegam de Sampa. Segundo o jornal O Globo, um leilão na internet está causando o maior furor entre os homens com certo poder aquisitivo. Trata-se da venda da “virgindade” de Valentina.
O leilão teve início com um lance inicial de R$ 5 mil e, até o dia 27.08, já havia chegado a R$ 100 mil. O leilão será finalizado no dia 31.03.2013, quando o vencedor poderá passar uma noite com Valentina num motel da capital paulista, com direito a jantar à luz de velas, champanhe francesa, banho aromático com pétalas de rosas e translado. Caso o vencedor não more em Sampa, os organizadores do evento prometem passagem aérea.
Mas, afinal, quem é Valentina?
Valentina é uma “Real Doll”, uma boneca inflável da nova geração. Ela possui pele sintética, cabelos e peso similares ao de uma mulher. Além de olhos verdes, boca carnuda e seios fartos. Segundo O Globo, para uso, Valentina “deve ser colocada por alguns minutos em uma banheira quente para que ela fique com a temperatura próxima a do corpo humano”.
As bonecas “Real Doll” custam U$ 7 mil no mercado americano. E, Valentina, assim como outros tipos de bonecas infláveis, estará exposta na I Mostra Internacional de Bonecas Infláveis, que acontece no período de 6 a 9 de março, em São Paulo, com entrada gratuita.
Fiquei pensando com meus botões, quem não tem coragem de encarar uma mulher de carne e osso e prefere a companhia de uma boneca?
Alguns solitários e tímidos dizem que as bonecas infláveis levam algumas vantagens sobre as mulheres. Elas não gastam seu dinheiro, não reclamam da vida e estão sempre de cara boa. Além disso, são de grande serventia para aqueles homens que Deus desproveu de certa beleza. Já os críticos, dizem que elas não gemem, não lavam e não passam roupa!
Sinceramente, que maluquice essa de vender a “virgindade” de uma boneca! E o pior é a clientela disposta a pagar pelo feito. Estamos vivendo a era da solidão extrema, cada vez mais isolados do mundo. Chegará o momento em que não saberemos travar uma conversa com nossos amigos. Estamos sendo levados a matar silenciosamente o diálogo, a conversa, o abraço de amigo, o namoro, as carícias... Que será de nós?
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