O deputado federal Francisco Praciano (PT/AM) disse, ontem, que é um absurdo o valor da tarifa de ônibus de R$ 3,50 proposto pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus (Sinetram).
Segundo o deputado, a qualquer momento, de acordo com as informações publicadas pela imprensa, haverá aumento no preço da tarifa de ônibus e, se a prefeitura atender ao pedido dos empresários, a passagem saltará dos atuais R$ 2,75 para R$ 3,50. “ Um verdadeiro absurdo, se considerarmos que em Belém e Fortaleza, cidades com características idênticas às da nossa Manaus, o preço da passagem passou, recentemente, para R$ 2,20. Em Fortaleza, inclusive, a qualidade do transporte coletivo é bem superior à de Manaus” afirmou Praciano.
Praciano disse ainda que a indignação - por parte dos usuários de ônibus em Manaus – contra os aumentos estabelecidos nos últimos anos pelo Poder Público, é devida ao fato não se ter a garantia de que as tarifas estabelecidas estão corretas. “ A tarifa correta é aquela que leva em conta, de forma clara e transparente, todos os custos do sistema” defendeu.
Em outras palavras, a tarifa correta é aquela que considera, por exemplo: quanto que as empresas estão gastando com pneus e óleo diesel; quantos ônibus estão, efetivamente, circulando; qual o número de passageiros pagantes transportados; qual é o impacto das gratuidades, da meia passagem e dos incentivos municipais e estaduais na tarifa; qual o total de empregados nas empresas (motoristas, cobradores, despachantes e pessoal do escritório) e qual o total gasto com pagamento desses empregados.
Para Praciano, há muitos anos, que esses dados não são disponibilizados de forma clara para a sociedade e nem ao menos para a Câmara Municipal. O que se vê, no máximo, pela internet, são resumos dos dados que levam ao aumento divulgado, o que faz com que qualquer novo aumento não seja confiável, principalmente em Manaus onde os serviços nunca melhoram.
“Espero que o atual prefeito ponha fim a essa situação e o preço da nova tarifa venha a ser resultado de uma discussão ampla e transparente entre a prefeitura, os empresários do sistema de transporte coletivo e representantes da sociedade civil. Enquanto isso não acontecer, não acreditarei que houve mudança” disse o petista em tom de cobrança.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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