Em uma audiência fechada e dedicada à imprensa mundial que está cobrindo as últimas semanas de renúncia de Bento XVI e o Conclave, o papa Francisco discursou em tom descontraído, brincou com os jornalistas e recebeu alguns deles em uma curta cerimônia de beija-mão.
“Vocês trabalharam, hein?”, disse Francisco, arrancando risos da plateia, composta por grande parte dos 5,6 mil profissionais que, desde o anúncio da renúncia de Bento XVI, começaram a chegar de todas as partes do mundo para acompanhar os desdobramentos na Igreja Católica.
“Eu não esperava o convite e acho que ele escolheu as pessoas que queria receber, pois éramos muito poucos”, contou Alicia Barrios, jornalista argentina do Diario Crónica, uma das que foram recebidas por Francisco.
Confidência do Papa
Antes de receber os jornalistas, o Papa leu um discurso e também falou de improviso sobre os bastidores da votação que o elegeu. Ele contou, por exemplo, que o cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes teve papel fundamental na hora de escolher seu nome pontifício. “Quando os votos ultrapassaram os 77 necessários para a minha eleição, ele me abraçou, me deu um beijo e me disse: ‘não se esqueça dos pobres’”, revelou o Papa.
Os mais necessitados foram também os mais lembrados por Francisco em seu discurso. O Papa foi claro sobre a linha que deve ser adotada durante seu pontificado, ao afirmar que quer uma “igreja pobre e para os pobres”.
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