domingo, 24 de março de 2013

Brincando nos Campos dos Tucanos!


Por: Frederico A. Passos - fred_passos@yahoo.com.br

Estou muito triste, caros leitores e únicos amigos, com a última pesquisa do IBOPE/CNI, divulgada no início desta semana, sobre a aprovação do governo Dilma. Os que consideram o governo da Presidenta bom ou ótimo alcançaram 63%. E os que consideram o governo regular mantiveram-se em 29%. Já os que consideram o governo ruim ou péssimo (a turma do PSDB, do PTB e do PPS, a turma da Globo, da Folha, do Estadão e da Veja) ficaram estacionados, desde a última pesquisa, em 7%. Já a aprovação pessoal da Presidenta Dilma passou de 78% para 79%. Um recorde!

Apesar do bombardeio diário da CBN, do Jornal Nacional, da Folha e do Estadão e de seus articulistas contra o governo Dilma, especialmente da Eliane Castanheda (O Globo), do Clóvis Rossi (Folha) da Miriam Leitão (Globo News), do Carlos Alberto Sardenberg (CBN), do Arnaldo Jabor (Jornal da Globo) e do Reinaldo Azevedo (revista Veja), parece que os brasileiros não estão ligando muito para os “berros” desses “especialistas”. É por isso que estou triste! Deve ser muito duro falar e escrever para mais de 100 milhões de brasileiros e ser ouvido, lido e compreendido por apenas 7% do eleitorado do País! Eles devem estar muito preocupados, pois se persistir a atual situação, a eleição de 2014 deverá ser decidida no primeiro turno. Mas, ainda resta muito chão e ainda sobram muitas críticas contra as políticas sociais e econômicas do governo Dilma.

E como anda o tabuleiro eleitoral de 2014? O que a oposição está tramando? Quem são os seus candidatos?

Pelos noticiários, fiquei sabendo que o PSDB está em crise. No ninho tucano, Aécio está procurando alçar voo solo. Fez um discurso contundente contra o Governo no final de fevereiro, enumerando 13 fracassos do Governo Federal, que recebeu o eco costumeiro da grande imprensa. Mas ele cometeu um grave erro ao conceder aparte ao senador Lindbergh Farias (PT/RJ), que perguntou de Aécio por que, no seu discurso, não falou do povo nem da distribuição de renda. Até agora, Aécio está procurando palavras para responder ao senador carioca!

O problema do Aécio é que ele só é conhecido em Minas e na região de Copacabana, no Rio, onde costuma vagar como notívago e etílico. Por isso estão comentando que o seu voo está sendo o de uma galinha assustada! E isso porque algumas águias insistem em manter o ninho tucano de São Paulo intato. Querem impedir um voo mais alto dos tucanos mineiros. Parece que estão preparando uma “cama de gato” para o Aécio. O candidato do PSDB deve ser mesmo Serra, o calvo.

Já o PPS, do Roberto Freire, o único comunista que faz aliança com liberal, e o PTB, do Roberto Jefferson, o ético, estão procurando uma candidatura alternativa. Não querem Aécio, por dirigir bêbado, nem Serra, que arruma confusão com todo mundo, por vezes tratando seus adversários como amigos, outras vezes confundindo seus amigos com adversários. Os dois partidos estão enamorando o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, partido da base aliada do governo. E Campos está empolgado com a paquera. Já mereceu até elogios da Globo, da Veja e da Folha. Nesta semana, Campos visitou Serra, convite este articulado pelo mais socialista dos liberais, o ex-senador Jorge Bonhaussen. Ao que parece, os grupos de mídia já se fizeram a seguinte pergunta: e por que não Eduardo Campos?

Dizem que os mais empolgados com a candidatura de Campos sonham com uma chapa do PSB/PSDB, tendo Serra como vice. Para quem acredita em Papai Noel, coelhinho da Páscoa e já foi em enterro de anão, ou possui uma foto da sogra na carteira, pode confiar que este casamento deve sair. Só falta avisar a noiva, digo, o Serra!

Mas os entendedores de política sabem o que os grupos conservadores estão tramando. Segundo eles, os grupos de mídia não querem Campos nem Aécio, querem Serra. E, para isso, estão estimulando duas outras candidaturas: a do próprio Campos e a da Marina.

Campos seria o candidato ideal para tirar votos da Dilma no Nordeste. E Marina tiraria votos da Dilma no Norte. O resto ficaria por conta deles (dos grupos de mídia) e do Serra. Só assim, segundo eles, poderiam garantir um segundo turno entre Serra e Dilma. E quem sabe, sonhar em se apoderar do Estado que eles construíram e de quem estão distante há pelo menos 10 anos. E, assim, terem o dinheiro do BNDES para a NET, o grupo Abril, o grupo Folha e o Estadão, para cobrirem seus déficits.

Enquanto isso, a Globo, a Veja, a Folha e o Estadão continuam a pavimentar o caminho da oposição, que está combalida, respirando com dificuldades. Veja o que disse Judith Brito em 2010, executiva da Folha, e à época presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais):

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

Ainda vem muito chumbo grosso por aí. Vamos aguardar os próximos lances dos jogadores no tabuleiro de xadrez.

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