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sábado, 18 de outubro de 2014

Aécio nunca contou que irmã chefiava repasse de dinheiro para rádios da família.


Vamos, então, nós, esclarecer aos nossos leitores, o que faz Andrea Neves. Depois de ter sido vista como eminência parda e quem realmente mandava durante os 8 anos do governo do irmão (2003-2010), nas semanas recentes em que Aécio caiu nas pesquisas e ficou em 3º lugar perdendo para Marina Silva, Andrea Neves foi chamada às pressas para coordenar e tentar salvar a campanha presidencial do tucano. Deu certo, Aécio bateu Marina, voltou ao 2º lugar na disputa e classificou-se para o 2º turno para enfrentar a presidenta Dilma.

Andrea mandava no governo do irmão

Nos anos em que participou – ou comandou de fato? – do governo do irmão, Andrea dirigiu o Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (SERVAS), uma espécie de secretaria de Estado na estrutura do governo do Estado. O que pouca gente sabia é que durante os dois mandados do irmão como governador Andrea era responsável, também, pelo Grupo Técnico de Comunicação Social,órgão que coordena a distribuição de dinheiro das verbas de publicidade e propaganda do governo. Órgão, aliás, criado por Aécio.

O chamado Grupo Técnico de Comunicação Social tinha como atribuição “alocação de recursos financeiros aplicados neste segmento (comunicação e publicidade) na Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo estadual. Inclusive quanto ao patrocínio de eventos e ações culturais e esportivas”. Criou e colocou a irmã na administração…Assim, além de comandar o voluntariado no Estado, Andrea, soube-se depois, era responsável pela alocação de recursos de propaganda do governo do irmão.

A história fica ainda pior

Uma coisa que o candidato demotucano evita a qualquer custo falar é quanto da verba de comunicação do Estado foi destinada para os veículos de comunicação de sua família. A família de Aécio (ele, Andrea e a mãe, Inês Maria Neves Farias) é proprietária de, pelo menos, quatro veículos: as rádios Arco íris, de Belo Horizonte e São João e Colonial, mais o jornal Gazeta de São João Del Rey, dessa cidade histórica de Minas.

O absurdo do órgão criado por decreto por Aécio era tamanho que Antônio Anastasia (PSDB), seu sucessor, mudou a autorização para o órgão de coordenar, articular, e acompanhar alocação de recursos. Mas um dado, pelo menos, a mídia já conseguiu descobrir: Aécio governador aumentou em 300% os gastos de seu governo com publicidade e propaganda. Eles saltaram de R$ 24 milhões para R$ 96 milhões.

Também não podemos esquecer nem deixar de se cobrar o fato de que Aécio não explicou, ainda, quem e onde trabalham seus outros parentes, mais de uma dezena que ele nomeou na máquina pública de Minas. O tucano não consegue esclarecer porque nomeou tios e primos para órgãos públicos de Minas Gerais.

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