José Ricardo quer aprovação do requerimento que convoca secretário da Seduc para falar das ações em educação

O deputado José Ricardo Wendling (PT) cobrou nesta quarta-feira (8) a aprovação do requerimento convidando o secretário de Estado da Educação, Gedeão Amorim, para apresentar em Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) as ações e os investimentos na educação do Amazonas.

Ele citou dados preocupantes trazidos pelo Movimento Todos pela Educação, que tem como título “De olho nas metas 2011”, onde o Amazonas aparece com o segundo pior desempenho quanto à garantia das crianças em sala de aula. E mais: somente 50,3% dos alunos concluíram o ensino fundamental aos 16 anos (idade recomendável). Além disso, a repetência e a desistência escolar ainda são grandes, em torno de 12% ou 13%.

E ao analisar os resultados dos últimos Exames Nacionais de Ensino Médio (Enem), o deputado ressaltou mais preocupação com a qualidade do ensino público. Em 2007, o Amazonas aparecia em penúltimo lugar, evoluindo um pouco nos dois anos seguintes, mas ainda ocupando a vigésima posição: das 222 escolas do Amazonas avaliadas pelo Enem em 2010, apenas dez atingiram um percentual acima da média, 54 ficaram dentro da média e 158, abaixo da média. Outra situação é que das 50 piores escolas do Estado, 39 encontram-se no interior, demonstrando que é preciso priorizar os municípios.

“Mas também observamos um dado relevante para melhorar a educação pública: as dez escolas que atingiram percentual acima da média têm melhor estrutura, há professores e pedagogos em número suficiente, possuem psicólogos, número reduzido de alunos por turma, salas equipadas e melhor gestão”, declarou ele, enfatizando que é autor de projetos na Aleam para obrigar que cada escola tenha psicólogo, para limitar o número de alunos em sala de aula e para escolher gestores escolares por meio de processo seletivo.

Há ainda outra situação referente à Educação de Jovens e Adultos (EJA): muitas turmas que funcionam no período noturno com aulas presenciais estariam sendo extintas pela Seduc por razões até então desconhecidas, sem aviso antecipado aos pais e alunos. Inclusive, é para essa modalidade de ensino que vão muitos dos alunos repetentes. “Por todas essas razões, é que precisamos debater a educação do Estado”, disse ele, lembrando ainda das denúncias de fraudes nas notas dos alunos. “Essas denúncias são graves e precisam ser esclarecidas. Porque o governador falou em seu discurso na Assembleia que a educação do Estado é uma das melhores do País. E esses indicadores precisam ser esclarecidos”.

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