PRACIANO ANALISA O DESVIO DE MERENDA
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O programa “Fantástico”, da TV Globo, denunciou, nesse último domingo, os desvios, adulterações, mau armazenamento e várias outras irregularidades envolvendo a merenda escolar em cinco Estados brasileiros. Algumas das cenas mostradas eram de entristecer e causar revolta: charque sem a data de validade; comida armazenada ao lado de banheiro sem quaisquer condições de higiene; crianças comendo biscoito de má qualidade por causa da pressão do fornecedor dos alimentos; tubulações de esgoto passando dentro da cozinha, etc. Em uma das escolas visitadas pela equipe que fez a matéria jornalística, a geladeira estava vazia desde o início do ano e só havia açúcar no depósito que deveria estar abastecido de vários tipos de alimentos; Em outra, o arroz que era servido às crianças estava cheio de bichos; Em uma terceira escola, ainda, era o macarrão que estava com mofo. A reportagem focou as irregularidades com a merenda escolar nos seguintes Estados: Bahia, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte e Paraíba. Apesar disso, as constantes denúncias de corrupção nos municípios do Amazonas não nos permitem supor que, aqui no nosso Estado, a situação é diferente. O mesmo “Fantástico”, em fevereiro deste ano, denunciou irregularidades encontradas pela CGU que comprovavam o desvio de mais de R$ 11 milhões da área de educação pelo ex-prefeito de Tefé, incluindo desvio de dinheiro da merenda escolar dos anos de 2008 e 2009. Na verdade, seja em Tefé, no Amazonas, ou em Itaparica, na Bahia, se não houver a devida fiscalização da merenda escolar pelo Conselho Municipal – o que se chama de controle social -, os recursos da merenda escolar deixarão de ser usados para o combate à desnutrição dos estudantes e serão utilizados para o enriquecimento de gestores ou fornecedores corruptos. A fórmula é simples: onde não age o Conselho, age o corrupto. (Publicado na terça-feira, 10 de maio /2011, no Jornal Dez Minutos) |
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