A CNV relaciona neste seu relatório os nomes de nada menos que 377 criminosos da ditadura e cada uma das acusações, diretas ou indiretas, que lhes são imputadas e pesam sobre seus ombros. Um feito acrescido da recomendação impecável de que eles sejam responsabilizados pelos seus crimes. Que, aliás, se encontram detalhados no relatório.
Estamos falando de pessoas que, em nome do Estado, sequestraram, torturaram, estupraram, assassinaram, ocultaram cadáveres e desapareceram com os restos mortais das vítimas, mas se livraram da justiça, de punição pelos crimes cometidos. Crimes não só atestados pelas vítimas, mas também pelos algozes em depoimentos ouvidos CNV ao longo desses dois anos e sete meses de trabalho.
Crimes que mesmo naquele período assim o eram considerados já pela Constituição, como mostra o relatório ao tipificar cada um deles, mostrando como os agentes da repressão rasgaram a Carta Magna do país e fizeram da tortura uma política de Estado.
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