Glauber Braga é retirado à força por policiais da Mesa Diretora da Câmara.


Deputado se recusava a deixar a cadeira de Hugo Motta, que horas antes anunciou que colocaria em votação a cassação do mandato do parlamentar. TV Câmara cortou transmissão durante o tumulto, e a imprensa foi obrigada a deixar o local.

Ele estava sentado na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e se recusava a sair.

As imagens da confusão foram registradas por celulares, muitos dos próprios parlamentares.

A deputada Célia Xakriabá, também do PSOL, chegou a cair no meio da confusão. Sâmia Bomfim, deputada do PSOL e mulher de Glauber, tentou evitar que ele fosse retirado à força.

Após a retirada de Glauber, Motta disse que o deputado desrespeita a Câmara e mandou apurar 'possíveis excessos' da segurança contra a imprensa.

Horas antes, o presidente da Câmara anunciou que colocaria em votação ainda neste ano a cassação do mandato de Braga, acusado de quebra de decoro parlamentar por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024.

A perda do mandato foi aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara em abril deste ano, e desde então o processo estava parado à espera da votação no plenário.

Naquela época, Braga fez uma greve de fome que durou mais de uma semana e foi encerrada após um acordo com Motta.

Após Braga dizer que não sairia da cadeira, os policiais legislativos começaram a esvaziar o plenário. Os jornalistas que estavam no local foram retirados e impedidos de registrar a confusão.

Após ser retirado, Braga falou com a imprensa do lado de fora e criticou o cerceamento do trabalho dos jornalistas.

"A única coisa que eu pedi ao presidente da Câmara, Hugo Motta, foi que ele tivesse 1% do tratamento para comigo que teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora da Câmara por 48 horas por dois dias em associação com um deputado que está nos Estados Unidos conspirando contra o nosso país", afirmou o deputado do PSOL.

Glauber Braga se referiu a um motim promovido por parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto. O protesto era contra a prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e defendia a votação de um projeto de anistia para condenados por atos golpistas.

  • Às 16h04 - Glauber Braga ocupou a cadeira da presidência da Câmara e se recusou a deixar o local.
  • Às 17h34 - o sinal da TV Câmara foi cortado. Em seguida, a polícia legislativa começou a esvaziar o plenário e retirou a imprensa do local.
  • Às 18h08 - o deputado foi retirado à força pela polícia legislativa da cadeira da presidência.
A denúncia que pode levar à cassação de Glauber Braga foi apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024.

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