Brasil e China anunciam a criação de hospital 100% inteligente do SUS.


A parceria Brasil-China para criar o primeiro hospital 100% inteligente do SUS propõe uma renovação ampla: não apenas obra e equipamentos, mas reorganização da gestão e do atendimento com foco em tecnologia, dados e decisões clínicas em tempo real. Planejado desde a planta como totalmente digital, o hospital funcionará como um ecossistema conectado em que todo o percurso do paciente - da chegada à alta - será registrado em uma plataforma única, reduzindo erros, retrabalhos e perdas de informação clínica.

A inteligência artificial será central: sistemas automatizados apoiarão triagem (avaliando gravidade por sintomas, sinais vitais, histórico e padrões estatísticos), priorizando casos de maior risco, reduzindo espera em emergências e otimizando uso de leitos. A IA também dará suporte à decisão clínica, cruzando dados com protocolos, pesquisas e bases históricas, sempre como auxílio ao profissional, não substituto. Telemedicina estará integrada ao fluxo e conectada à rede nacional do SUS, permitindo acompanhamento remoto por especialistas, emissão de laudos e apoio em tempo real a UTIs e emergências.

Conectividade é tratada como infraestrutura essencial: prontuários eletrônicos, imagens, resultados laboratoriais, monitoramento e logística estarão interligados, incluindo ambulâncias e unidades externas para envio de dados antes da chegada. O projeto está vinculado ao Instituto Tecnológico de Emergência, que ficará próximo ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, aproveitando a referência em alta complexidade, ensino e pesquisa e funcionando como laboratório de inovação para o SUS. A cooperação com a China envolve troca de conhecimento, tecnologia e modelos de gestão, apoiada pela experiência chinesa em hospitais digitais e uso em larga escala de IA.

Inserido no contexto BRICS, o projeto contempla negociações de financiamento com o Novo Banco de Desenvolvimento e investimentos na casa dos bilhões em obras e tecnologia. Além da unidade piloto, prevê-se uma rede nacional de hospitais e UTIs inteligentes para reduzir desigualdades regionais. Especialistas destacam que o sucesso dependerá de governança, capacitação, integração com o SUS e segurança de dados; cronograma indica início das obras nos próximos anos e funcionamento previsto para o fim da década, sujeito a liberação de recursos e licitações.

Fontes: Ministério da Saúde, Agência Brasil, Jornal da USP, Gov.br, apresentações institucionais da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes, comunicados do Novo Banco de Desenvolvimento.

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