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quinta-feira, 26 de julho de 2012

País tem 2.640 empresas de tecnologia em 384 incubadoras


Projetos receberam do MCTI R$ 53,5 milhões de 2003 a 2011

O Brasil conta com 2.640 empresas instaladas em 384 incubadoras que, além de gerar 16.394 postos de trabalho, são intensivas em conhecimento científico e tecnológico. O principal foco dessas iniciativas é desenvolver novos produtos e métodos (veja gráfico), mas há também o interesse em inclusão social e na solução de gargalos nas cadeias produtivas dos Arranjos Produtivos Locais (APL).

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e suas agências de fomento destinaram R$ 53,5 milhões, entre 2003 e 2011, contemplando 341 projetos dessas empresas incubadas. “Esta iniciativa está dentro da meta de transformar o País em uma potência científica, tecnológica e inovadora”, disse o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Álvaro Prata, ao apresentar a pesquisa durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Luís (MA).

As incubadas são geralmente de serviços (52%) e indústrias (43%). A maioria delas (55%) inova em âmbito nacional e cerca de um terço delas atua somente em suas regiões (28%). De acordo com o estudo, um grupo menor (15%) inova em relação ao estado da arte mundial. “Elas geram tecnologias vitais aos setores empresarias prioritários para o País e promovem o desenvolvimento social e regional”, avaliou o secretário.

Empreendedor - “A incubadora é um grande gerador de cultura do empreendedorismo”, diz Prata. O perfil das incubadoras é prioritariamente tecnológico: 67% direcionam sua produção para essa finalidade. Segundo o estudo, o faturamento anual das empresas incubadas gira em torno de R$ 533 milhões. Já as 2.509 empresas graduadas (aquelas que já caminham por conta própria) geram atualmente 29.205 postos de trabalho e faturam cerca de R$ 4,1 bilhões anualmente.

A política para incubadoras partiu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1984. As primeiras experiências, de acordo com Álvaro Prata, ocorreram em Brasília, Campina Grande (PB), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e São Carlos (SP).

“Permeamos o Brasil de uma forma crescente”, constatou o secretário. “As regiões Sudeste e Sul têm as maiores densidades de parques tecnológicos, mas as iniciativas avançam em direção ao Centro-Oeste e ao Norte” acrescenta.

Em 2011, o MCTI lançou uma chamada pública de apoio às incubadoras de empresas no valor de R$ 6,5 milhões. Foram recebidas chamadas de 139 incubadoras de todo o País, sendo 51 da região Sul, 39 da Sudeste, 27 da Nordeste, 12 da Centro-Oeste e dez da Norte. A seleção contemplou 28 delas.

O levantamento Análises e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil, foi encomendado pelo MCTI e produzido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

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