José Ricardo vota contra mais empréstimos do Governo de R$ 900 milhões

O deputado José Ricardo Wendling (PT) votou contrário, juntamente com Luiz Castro (PPS) e Marcelo Ramos (PSB), à mensagem governamental para o Governo do Estado contratar operação de crédito de até R$ 800 milhões para a construção do monotrilho, modalidade de transporte defendida pelo Estado, com vistas à Copa do Mundo de 2014. Também votaram contra o projeto que prevê empréstimo de até R$ 100 milhões para obras de cobertura da Arena da Amazônia, visto que já existe outro financiamento de R$ 400 milhões. Os projetos, porém, foram aprovados pela maioria dos deputados da base governista.

De acordo com o parlamentar, o posicionamento da bancada de oposição da Assembleia Legislativa foi contrário ao projeto do monotrilho, embasado em justificativas plausíveis apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que esteve reunido com eles na manhã de hoje (12), afirmando que o Governo não atendeu às recomendações da instituição e nem da Controladoria Geral da União (CGU), dentre elas: falta de adequação ao Plano Diretor, como ainda ausência de comparativo de custo com as demais modalidades de transporte de massa, de estudos consistentes de sustentabilidade econômica, de estudos tarifários e de eficiência da integração. Além disso, o Estado não tem entendimento com a Prefeitura sobre a melhor modalidade de transporte para Manaus.

Ele explica que o Estado não tem a responsabilidade pelo transporte coletivo. “Precisaria primeiro o Governo fazer as tratativas municipais para ver qual a modalidade mais adequada para a cidade. E a gente sabe que a Prefeitura está implantando o BRT e o Governo deveria ser parceiro desse projeto. Porque participei de todas as audiências do monotrilho e, até hoje, ainda não encontrei ninguém falando da viabilidade desse projeto”, disse, argumentando que fazer uma obra estanque e milionária, que vai mexer com a cidade e endividar o Estado sem ouvir a população, para no final não se resolver o problema do transporte, além de encarecer o custo operacional, não é o melhor caminho.

“Por isso, o nosso posicionamento é contrário, para chamar a atenção do Estado, antes que o governador embarque nessa canoa furadíssima. O monotrilho poderá ser um elefante branco, amarelo ou qual seja a cor que queiram chamar!”, finalizou José Ricardo, enfatizando que é a população quem irá pagar mais essa dívida, já que não há informações no projeto quanto às condições de financiamento, retirando dinheiro da saúde, da educação, da segurança, do combate à fome e da defesa civil.

Já com relação ao empréstimo para as obras da Arena da Amazônia, o deputado afirma que não é contra grandes investimentos, mas contra o dinheiro público “sair pelo ralo”. “Estão dizendo que esse empréstimo não é aditivo. Sou contra aditivos, em que o povo vai pagar muito caro, porque muito mais ainda deverá ser gasto, a exemplo da ponte sobre o rio Negro e do Prosamim”, disse ele, que propôs, juntamente com Marcelo Ramos e Luiz Castro, emenda – derrubada pela maioria dos parlamentares - que vetava a utilização desse empréstimo para pagar futuros aditivos a essa obra.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação

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