Se não tomar cuidado, Rio+20 entrará mal na história

Crises, impasses, discussões que entraram pela madrugada entre os representantes dos diversos países participantes e a aprovação na manhã de hoje de um texto de documento final a ser subscrito pelas nações ao término do encontro (6ª feira próxima) e definido por várias delegações como o "possível" ameaçam os resultados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O rascunho do documento aprovado pela plenária da Conferência hoje é classificado como “muito tímido” pelos participantes. Já na definição das ONGs e de ambientalistas que participam da reunião no Riocentro "é um fracasso colossal".
Durante as negociações, o Brasil e União Europeia e países desenvolvidos entraram em choque porque eles consideraram a primeira versão do documento escrita pelo Brasil "fraca e desequilibrada". Principalmente, por dar mais ênfase, na visão deles, à erradicação da pobreza do que ao desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Participantes acham que texto aprovado deixa a desejar
Mas, o texto aprovado hoje mantém essa característica, queixam-se as delegações dos desenvolvidos. Já os ambientalistas classificam-no como uma mera reafirmação de compromissos firmados 20 anos atrás, na Eco-92 (também no Rio), sem avanços significativos na agenda de desenvolvimento sustentável.
Também irritou participantes - o documento foi aprovado entre palmas e vaias - o fato de o texto excluir menções explícitas e não fixar metas de desenvolvimento sustentável, como por exemplo nas questões da degradação de solos, conservação de oceanos e segurança alimentar.
Outro ponto de atrito é o fato de a proposta brasileira excluir a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) numa agência independente da ONU. "(O documento aprovado) é o melhor que podemos ter", proclamou o secretário-geral da Rio+20, o chinês Sha Zukang, ao deixar o plenário do Riocentro onde foi realizada a sessão que aprovou o documento final da Conferência.
Brasil propôs que questões polêmicas sejam discutidas em 2014
Pelo visto, então, a Rio+20 corre o risco de ficar mal na história. A celeuma já era previsível, a partir do momento em que o Brasil, três dias atrás, propôs que a nova agência ambiental da ONU (PNUMA), os recursos para financiar politicas de sustentação ambiental (quem vai pagar a conta da economia verde), e a fixação de metas a serem conquistadas nesse campo - os três pontos mais polêmicos do encontro - fossem adiados para discussão em 2014.
Podem ser questões simbólicas e menores, mas são ruins os sintomas de como se encaminha o final da Conferência, daqui para a frente, a partir da 5ª feira, com a participação de mais de uma centena de chefes de Estado e de governo.
O rascunho do documento aprovado pela plenária da Conferência hoje é classificado como “muito tímido” pelos participantes. Já na definição das ONGs e de ambientalistas que participam da reunião no Riocentro "é um fracasso colossal".
Durante as negociações, o Brasil e União Europeia e países desenvolvidos entraram em choque porque eles consideraram a primeira versão do documento escrita pelo Brasil "fraca e desequilibrada". Principalmente, por dar mais ênfase, na visão deles, à erradicação da pobreza do que ao desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Participantes acham que texto aprovado deixa a desejar
Mas, o texto aprovado hoje mantém essa característica, queixam-se as delegações dos desenvolvidos. Já os ambientalistas classificam-no como uma mera reafirmação de compromissos firmados 20 anos atrás, na Eco-92 (também no Rio), sem avanços significativos na agenda de desenvolvimento sustentável.
Também irritou participantes - o documento foi aprovado entre palmas e vaias - o fato de o texto excluir menções explícitas e não fixar metas de desenvolvimento sustentável, como por exemplo nas questões da degradação de solos, conservação de oceanos e segurança alimentar.
Outro ponto de atrito é o fato de a proposta brasileira excluir a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) numa agência independente da ONU. "(O documento aprovado) é o melhor que podemos ter", proclamou o secretário-geral da Rio+20, o chinês Sha Zukang, ao deixar o plenário do Riocentro onde foi realizada a sessão que aprovou o documento final da Conferência.
Brasil propôs que questões polêmicas sejam discutidas em 2014
Pelo visto, então, a Rio+20 corre o risco de ficar mal na história. A celeuma já era previsível, a partir do momento em que o Brasil, três dias atrás, propôs que a nova agência ambiental da ONU (PNUMA), os recursos para financiar politicas de sustentação ambiental (quem vai pagar a conta da economia verde), e a fixação de metas a serem conquistadas nesse campo - os três pontos mais polêmicos do encontro - fossem adiados para discussão em 2014.
Podem ser questões simbólicas e menores, mas são ruins os sintomas de como se encaminha o final da Conferência, daqui para a frente, a partir da 5ª feira, com a participação de mais de uma centena de chefes de Estado e de governo.
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