O Ano do Cooperativismo - Júlio Lázaro Torma*

A Organização das Nações Unidas( ONU), declarou o ano de 2012, como o Ano do Cooperativismo.

Diante da crise econômica surgida em 2008, além de outras crises que estão interligadas com a crise econômica como a humana,alimentaria,energética e ecológicos.

A crise do capitalismo á 300ª da história desta forma de sistema e de modelo, é uma crise da produção e de mercados. Onde o avanço tecnológico faz com que aumente cada vez mais a produção, como a competividade entre as empresas e os mercados.Aumentando a produção e com ela o crescente nível de desemprego em escala global.

Massa está de reserva e ao mesmo tempo excluída do processo de produção capitalista, não conseguirá ser absorvida como mão de obra do processo produtivo e nem pelas empresas que querem cada vez mais competividade entre os próprios funcionários.

Assim como ocorre as empresas, as concorrências desleais,a competividade. Ela é levada para dentro do local de trabalho, onde o trabalhador deve ver o seu companheiro de trabalho, como um concorrente e inimigo a ser vencido e não um amigo e companheiro que como eu tem sentimentos.

O modelo cooperativista é o único que poderá mudar está realidade e porque não dizer salvar a vida no planeta, através de um modelo de economia popular solidária que visa construir um novo modelo de produção, distribuição e novas relações sociais e de gênero.

Diante da crise do capitalismo e do próprio capitalismo, surge alternativas apartir dos pequenos, dos de baixo e excluidos do processo de produção capitalista,as margens do capital.Como as cooperativas de micro-credito,autogestionarias, habitacionais,agrícolas, fábricas ocupadas, reciclagem, nos assentamentos da reforma agrária e pequenos grupos de projetos alternativos comunitários (PACs), organizados por instituições religiosas e comunitárias.
 
Grupos estes que ao contrário das empresas capitalistas,bancos, agronegócio,empresários de qualquer ramo, não recebem credito e nem incentivos dos governos federais, como não tem as suas dividas arroladas ou perdoadas pelos governos.

Quando uma empresa capitalista, agronegócio,banco esta mal,recebe ajuda e incentivo financeiro dos governos, mas estas empresas não contribuem com o desenvolvimento local.

As cooperativas geridas pelos próprios trabalhadores e os grupos de economia popular solidária,que não recebem incentivos e ajuda dos governos federais,fomenta o desenvolvimento local das comunidades rurais e urbanas,onde estão instaladas,gerando trabalho e renda.

Criando laços de amizade e cooperação entre os moradores locais.

O modelo de economia popular solidária e de cooperativismo cria novos valores como a cooperação, respeito pela diversidade,desenvolvimento harmônico e ético, respeitando a própria natureza, como a produção agroecologica, reciclagem de materiais descartáveis.

Bem como o comércio justo onde existe o respeito entre o produtor e consumidor,além do respeito entre os trabalhadores dos empreendimentos, em que o outro é visto como amigo, irmão e não um inimigo ou adversário a ser vencido.

O atual modelo de desenvolvimento econômico centrado no lucro,acumulação e destruição da natureza, chegou ao seu limite, ao mesmo tempo em que se recicla para não perder os anéis.

O futuro do planeta e da própria humanidade não virá dos grandes grupos financeiros, empresariais, agronegócio ou políticos, mas virá dos de baixo, a esquerda que devem promover e construir novas alternativas ao próprio capitalismo e a sua hegemonia.
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* Membro da Equipe da Pastoral Operária Arquidiocesana, Pelotas / RS

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