Brasil inclui diretriz que associa renda mínima a iniciativas sustentáveis no documento da Rio+20

iso de Proteção Socioambiental Global é inspirado em políticas públicas brasileiras, indianas, colombianas e europeias.

O Brasil incluiu a criação do Piso de Proteção Socioambiental Global no documento final da Conferência das Nações Unidas Rio+20, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Inspirada em políticas públicas que obtiveram êxito ao garantir uma renda mínima para a população mais pobre, em conjunto com ações de recuperação e preservação ambiental, a diretriz pode beneficiar milhares de pessoas que vivem na extrema pobreza em todo o no mundo. Além da Bolsa Verde brasileira, há outros programas com características semelhantes na Europa, Índia e América Latina.

A meta é incorporar a transferência de renda a atividades sustentáveis, como aconteceu, por exemplo, com um programa colombiano de recuperação ambiental e transferência de renda em execução; “Em cada localidade, são realizadas atividades de zoneamento, recuperação, conservação e aproveitamento de recursos naturais. Além disso, cada família recebe R$ 3,8 mil por ano”, explicou o diretor do Departamento para a Prosperidade Social da Colômbia, Bruce Mac Máster.

A importância da integração da proteção ambiental com a inclusão social foi ressaltada pelo diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia. Ele afirmou que foi feito um estudo do impacto da crise da Europa na questão ambiental, no qual se constatou a necessidade de alinhar a proteção social à econômica. “É necessário saber o que o povo precisa para se formular um plano de longo prazo”, diz.

A iniciativa de incluir o piso no documento da Rio+20 deve estimular os países a desenvolver planos nacionais de proteção ambiental. Cada país ficará responsável por transferir o auxílio à população, implementar serviços básicos para assegurar a qualidade ambiental e incentivar o uso de tecnologias sustentáveis.

Convênios garantem benefícios para cooperativas de catadores de materiais recicláveis

O governo federal, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, Petrobras e o Incra, assinou convênios e entregou 22 caminhões para cooperativas de catadores de materiais recicláveis, durante a Rio+20. Ao todo, serão entregues 140 caminhões em todo o País. “Nesse momento, estamos repassando 22 chaves às cooperativas, que vão contribuir para o importantíssimo trabalho social, econômico e sustentável que desenvolvem”, disse o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Streit.

No palco Encontros Globais, Sebastião Santos, o Tião, presidente da cooperativa dos catadores do Jardim Gramacho e um dos líderes do Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis, assinou também convênio com o Incra para receber um terreno de 41 mil metros quadrados onde serão realocadas as famílias que viviam próximo ao lixão de Gramacho, recentemente fechado.

Representando os catadores brasileiros, Tião recebeu a chave de um dos caminhões e firmou convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para qualificação profissional dos trabalhadores. “O fato de o lixão de Gramacho ter sido fechado não representa o fim das nossas lutas e a exclusão daqueles que historicamente já eram excluídos nos últimos 35 anos. Como um dos líderes do movimento, afirmo para todos vocês que meu propósito é construir, junto com todos, e lutar cada vez mais por melhores condições para nós, catadores de materiais recicláveis”, disse.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conheça Débora dos Santos, exemplo de mãe da direita.

GUERRA COMERCIAL ENTRE ESTADOS UNIDOS E CHINA.

A maioria do povo brasileiro é contra a anistia à tentativa de golpe.