Então eles votaram para construir um muro. Pois bem, meus caros americanos, embora vocês não compreendam muito de geografia, pois para vocês a América é o vosso país e não um continente, é importante que antes de colocarem os primeiros tijolos saibam o que estão deixando fora desse muro.
Lá fora estão milhões de pessoas; toda, mas como vocês também não vos soa muito essa coisa de pessoas, vamos chamar-lhes consumidores. Há 7 bilhões de consumidores dispostos a substituir o iPhone pelo Samsung ou Huawei em menos de 42 horas. Além disso, eles podem substituir a Levi's por Zara ou Massimo Duti. Tranquilamente, em menos de meio ano, podemos parar de comprar veículos Ford ou Chevrolet e substituí-los por um Toyota, KIA, Mazda, Honda, Hyundai, Volvo, Subaru, Renault ou BMW, que tecnicamente superam de longe os carros que vocês produzem. Esses milhões também podem parar de assinar a Direct TV e não gostaríamos, mas podemos parar de assistir filmes de Hollywood e começar a assistir mais produções latino-americanas ou europeias que tenham qualidade superior, mensagem, técnicas cinematográficas e conteúdo. Por incrível que pareça, podemos parar de ir à Disney e ir ao parque Xcaret em Cancun, México, Canadá ou Europa: há outros excelentes destinos na América do Sul, Oriente e Europa. E acreditem ou não, até no México há hambúrgueres melhores que os do McDonalds e com melhor conteúdo nutricional.
Alguém viu alguma pirâmide nos EUA? No Egito, México, Peru, Guatemala, Sudão e outros países existem pirâmides com culturas incríveis.
Procurem onde estão as maravilhas do mundo antigo e moderno. Nenhuma delas está nos EUA. Que pena para Trump, pois, teria comprado e revendido!
Sabemos que a Adidas existe e não só a Nike e podemos começar a consumir tênis mexicanos como os Panam. Sabemos muito mais do que vocês pensam; sabemos, por exemplo, que se esses milhões de consumidores não comprarem os seus produtos, haverá desemprego e a sua economia (dentro do muro racista) colapsará ao ponto em que nos implorarão para derrubar o fatídico muro.
Cordialmente,
CLÁUDIA SHEINBAUM - PRESIDENTE DO MÉXICO
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