Para frequentar a faculdade, que fica a mais de 5 km de sua casa, Ketlly pedalava diariamente, já que não tinha como pagar o transporte público. Depois de trabalhar o dia todo, ainda se dedicava aos estudos à noite. Antes de ser aprovada em um concurso público para gari, ela trabalhava como vigia pela manhã e vendia cremosinhos à tarde para ajudar no sustento da família.
Com muito esforço, Ketlly passou no concurso, mesmo quando muitos duvidaram de sua capacidade. “Quando vi que ia ter concurso para gari, eu fiz a inscrição e, apesar de todo mundo falar que eu não passaria, consegui a classificação.”
A jornada, no entanto, não foi fácil. Após um acidente de moto, ela sofreu sequelas no ombro direito, que dificultavam o trabalho de varrer as ruas. Ketlly pediu para ocupar outro cargo até se recuperar e foi transferida para a recepção. Essa mudança a ajudou a se dedicar mais aos estudos sem tanto desgaste físico.
Agora formada, Ketlly já deu o próximo passo e se inscreveu no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Eu fiz a inscrição e tenho fé que vou conseguir. Depois disso, claro que não tenho condições ainda de abrir um escritório, mas vou procurar clientes e, assim que tiver dinheiro, vou construir meu escritório” afirma ela, confiante.
A história de Ketlly é um exemplo inspirador de que, mesmo diante das adversidades, sonhos podem ser alcançados com trabalho duro, foco e determinação.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário