Filho de uma faxineira que criava dois filhos com R$ 60 por semana no início dos anos 2000, Fred Ramon, 24 anos, é o primeiro de sua família a terminar a faculdade com um diploma de Ciência da Computação nas mãos — pela Whittier College, na Califórnia.
Criado na periferia de Jaboatão dos Guararapes (PE), Fred pediu aos 13 anos pra estudar inglês. A resposta foi dura: “Não dá, filho.”
Então ele fez o quê? Foi escondido para um curso público. Aos 15, já dominava o idioma. Aos 18, era destaque na escola, dançava balé contemporâneo e liderava o grêmio estudantil.
Pouco após concluir o ensino médio, surgiu uma oportunidade inesperada: trabalhar em um cruzeiro internacional. Fred passou por um processo seletivo, foi aprovado e, sem nunca ter saído do Brasil, foi parar em Dubai, contratado por uma companhia marítima como instrutor de dança.
Com a pandemia, voltou ao Brasil. Isolado, se trancou no quarto para estudar como nunca antes. Foi aprovado em nove universidades dos EUA e escolheu a Whittier College, que lhe deu uma bolsa generosa.
“Eu me formo por aqueles que não puderam pagar a faculdade, mas nunca desistiram. A luta de vocês alimenta a minha”, escreveu Fred.
Hoje, Fred trabalha como analista de dados e pesquisador, com visto garantido nos EUA.
E, o mais importante: "Ver minha mãe orgulhosa é surreal. Nunca achei que ia conseguir, mas com ajuda, insistência, a gente chega."
✨Sonhos nascem em qualquer lugar. Mas só florescem onde há coragem para não desistir.✨
Fonte: Metrópoles.
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