NOSSA INSEGURANÇA

Por Francisco Praciano*

Quem leu o Jornal Dez Minutos de ontem, 27 de fevereiro, não pôde deixar de concluir que a sociedade manauara continua perdendo a guerra para a marginalidade e, ainda, que as principais vítimas dessa violência são os jovens.

Cito, apenas para exemplificar, três das muitas reportagens que foram publicadas, no dia de ontem, no Jornal Dez Minutos, tratando do tema da violência: 1ª) Um garoto de 11 anos foi atingido com um tiro na barriga, enquanto brincava de futebol, no último sábado, no bairro Jorge Teixeira 2, Zona Leste; 2ª) No último domingo, uma estudante de 16 anos foi encontrada morta no quintal de uma casa, no bairro Alfredo Nascimento, Zona Norte. A jovem em questão foi violentada sexualmente e, em seguida, assassinada com pauladas na cabeça; 3ª) Um industriário de 25 anos foi encontrado estrangulado dentro do porta-malas do próprio carro, no último sábado, em uma rua do bairro Zumbi 2, na Zona Leste. A família suspeita que ele tenha sido vítima de latrocínio.

Os simples relatos desses casos, por si sós, já são suficientes para nos entristecer e causar indignação. Os três primeiros exemplos, porém, chamam a atenção pelo perfil das vítimas neles envolvidas: são, todas elas, jovens, com idade média de 17 anos. Estamos, portanto, perdendo os nossos jovens, de maneira avassaladora, principalmente por causa dos latrocínios, dos homicídios, das drogas e dos crimes sexuais, crimes esses que não estão sendo contidos pelas autoridades responsáveis por combatê-los. Volto a cobrar, do governo do nosso Estado, um Plano de Segurança Pública com ações de curto, médio e longo prazo, para a diminuição dos nossos altos índices de violência. Um Plano que reúna contribuições de especialistas e de militantes da sociedade civil com atuações nessa área e que seja precedido de uma pesquisa, junto à população, sobre a avaliação dos serviços prestados pela guarda municipal e pelas polícias civil e militar sobre o grau de confiança do cidadão nessas instituições.

* Publicado terça-feira, 28 de fevereiro /2012, no Jornal Dez Minutos