Por: Thomaz Meirelles*
Na sexta passada, o Governo Federal, por intermédio do ministro da Agricultura, Wagner Rossi (que já foi presidente da CONAB), anunciou que o agronegócio poderá contar com R$ 107 bilhões para diversos tipos de apoios na safra 2011/2012.
O Amazonas ainda não conseguiu se estruturar para acessar esses bilhões. Vejam, a seguir, os números da participação do Estado nos programas de investimentos do Plano Safra Empresarial de 2010:
Tocantins...............................R$ 96 milhões
Rondônia...............................R$ 37 milhões
Pará.......................................R$ 33 milhões
Acre.......................................R$ 4 milhões
Roraima..................................R$ 360 MIL
Amazonas...............................R$ 179 MIL
Analisando o quadro nacional, observa-se que o Amazonas supera apenas o Amapá. A situação é idêntica no acesso aos bilhões do Plano Safra da Agricultura Familiar. A saída para reverter o quadro acima inicia na questão fundiária/ambiental, mais bancos oficiais no interior (DINHEIRO SÓ TEM EM BANCO), zoneamento agrícola de risco climático, assistência técnica e estrutura dos órgãos públicos compatível com o tamanho do Amazonas. Enquanto não viabilizarmos o maior acesso dos nossos produtores aos bilhões dos Planos Safras Empresarial e da Agricultura Familiar os avanços internos serão pontuais, pois não existe PRODUÇÃO sem o CRÉDITO DE QUALIDADE (educação no campo, assistência técnica e extensão rural) no bolso do PRODUTOR. Os sistemas SEPROR e SDS deveriam ser os mais bem estruturados do Estado visando a exploração sustentável das nossas riquezas. Os números apresentados tem como fonte o BNDES (Mapa/SPA/DEAGRI).
* Superintendente da CONAB do Amazonas
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