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quarta-feira, 22 de junho de 2011

FREDERICO PASSOS: Vou apertar, mas não vou acender agora!



Enfim, tá tudo liberado! O guardião supremo da Lei Maior do país liberou geral! Sim, caros leitores e únicos amigos, na semana passada, o STF liberou a Marcha da Maconha em todo país. Antes da manifestação da Suprema Corte, os simpatizantes da cannabis sativa, em alguns estados, já convocavam a população para a “Marcha da Pamonha”. O objetivo era ludibriar a Justiça e conter a repressão policial, que já havia vitimado alguns manifestantes da Marcha realizada no final de maio, na cidade de São Paulo. Isso causou certo alvoroço entre os pamonheiros que, em sua santa ingenuidade, imaginavam tratar-se de um grande arraial.

A Marcha da Maconha não era realizada para fazer propaganda ou vender o produto nas ruas, como alguns disseram. Mas sim exigir a discriminalização da erva. Em outras palavras, era uma manifestação de pensamento, de posicionamento político contra o Estado, o nosso Grande Irmão, pronto a diagnosticar um remédio para as nossas dores. 

Agora que a Marcha foi “legalizada”, conclamo a todos os militantes e simpatizantes da causa que se dirijam a São Paulo e, depois, façam uma grande manifestação de protesto. De protesto contra a repressão perpetrada pelo governador Geraldo Alckmin contra a Marcha que foi realizada na cidade no último dia 28. Sugiro também que, na linha de frente, de braços dados com outros manifestantes, esteja o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ardoroso defensor da discriminalização da maconha. O ex-presidente, que é “roteirista”, “diretor”, “produtor” e “ator” do documentário “Quebrando o Tabu”, o qual está sendo exibido desde o início deste mês em todo país e que apresenta os benefícios da regulamentação da cannabis, tanto para os usuários, quanto para o Estado, não pode ficar de fora. Dizem que, em breve, o ex-presidente lançará o livro“Esqueçam que eu fumei!”, caso o documentário não tenha a repercussão esperada. 

É Beira-Mar, ainda teremos escolas sendo construídas com o dinheiro dos impostos incidentes sobre suas mercadorias e seus negócios! 

Sei que muitos leitores são contra a discriminalização da maconha, e tantos outros a favor. Mas isso não vem ao caso agora. Sei também dos benefícios e dos malefícios causados pela erva. Segundo alguns, a maconha causa danos ao cérebro. Talvez seja por isso que não consigo lembrar se um dia experimentei o tal do mato, chefia!

Agora que a Marcha da Maconha foi “legalizada”, os manifestantes devem ter muita calma. Nas manifestações, que devem ocorrer nas grandes cidades, não leve na bagagem de mão o “dedo de gorila” para acender na rua. Lembrem do saudoso Bezerra da Silva, “vou apertar, mas não vou acender agora”. E se a vontade for maior que a precaução, fume rápido, pois “não tem flagrante se a fumaça já subiu pra cuca. E isso deixa os tiras na maior sinuca”!

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