A Amazônia engoliu inúmeros segredos — mas, em outubro de 2009, também devolveu a vida a muitos. Em 29 de outubro, um Cessna C-98 Caravan militar brasileiro, transportando sete agentes de saúde da FUNASA e quatro tripulantes, desapareceu do radar sobre a densa floresta tropical. Com a cobertura ocultando tudo o que havia por baixo, a busca parecia sem esperança.
Por dois dias, o destino dos onze a bordo era desconhecido. Então, aconteceu o milagre. Membros da tribo Matis, que vivem na Amazônia há séculos, tropeçaram em destroços perto do remoto Rio Ituí. Em meio ao metal retorcido, encontraram nove pessoas vivas — exaustas e feridas.
Os homens da tribo compreenderam a urgência. Usando seu profundo conhecimento da selva, e com a comunicação via rádio amador para a FUNAI, guiaram as equipes de resgate brasileiras até o local exato. Em um dos terrenos mais implacáveis do mundo, onde helicópteros e satélites falharam, a sabedoria indígena prevaleceu.
Os nove sobreviventes foram salvos. A compaixão e a ação rápida da tribo Matis fizeram a diferença entre a vida e a morte para a maioria dos ocupantes, enquanto a busca prosseguia pelas duas vítimas que desapareceram no local do pouso forçado.
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