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terça-feira, 29 de maio de 2012

Conjunto de ações de assistência à gestante contribui para queda da mortalidade materna


Rede Cegonha promove melhora no atendimento à gestante

Redução entre janeiro e setembro de 2011, primeiro ano do Rede Cegonha, foi de 21%, em comparação com mesmo período de 2010.

O número de mortes por complicações na gravidez e no parto, no Brasil, caiu 21% entre janeiro e setembro do último ano, em relação ao mesmo período de 2010. Nos nove primeiros meses de 2011, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto. A queda nos números foi aferida após o primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha. O anúncio foi feito na última sexta-feira (25) pelo Ministério da Saúde.

O programa Rede Cegonha, lançado em março de 2011, tem o objetivo de qualificar a assistência a mães e crianças no Sistema Único de Saúde (SUS). Já foram destinados R$ 2,5 bilhões em investimentos federais. A iniciativa já atende 36% das gestantes no SUS.

Indicador - A redução na mortalidade materna registrada em 2011 é recorde e reforça uma tendência registrada nos últimos anos. Entre 1990 e 2010, o indicador caiu à metade: de 141 para 68 óbitos, para cada 100 mil nascidos vivos. No período, houve diminuição em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%).

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Fundo de População das Nações Unidas e Banco Mundial das Nações Unidas (ONU), publicado neste mês, reforça os números do governo brasileiro. O documento registrou uma queda de 51% do número de óbitos maternos entre 1990 e 2010, no Brasil.

A partir de 2008, o gerenciamento das investigações de causas de morte entre mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) passou a ser responsabilidade do Ministério da Saúde. Os casos são analisados por equipes de vigilância dos estados e dos municípios, e as informações repassadas ao órgão federal, o que permite avaliar as causas e circunstâncias da morte, além de verificar se os casos foram gerados por complicações gestacionais.

Atendimento deve cobrir todo o período pré e pós-parto

A Rede Cegonha busca assegurar e prevê a expansão e qualificação de maternidades; leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera; o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os dois anos de idade, entre outras ações. Todos os estados e o Distrito Federal já aderiram.

Entre as melhorias, em pouco mais de um ano de funcionamento, está o avanço no acesso das mulheres às consultas de pré-natal - em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo sete consultas.

Ouvidoria - A qualidade no atendimento às usuárias dos SUS é monitorada pelo Ministério da Saúde pela Ouvidoria ativa. O serviço entra em contato com as mães por telefone para saber como foram os cuidados recebidos durante a gestação, o parto e o pós-parto e fazem uma avaliação dos serviços prestados. Já são mais de 75 mil mulheres cadastradas para as consultas.

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