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sábado, 28 de abril de 2012

Mais uma vez os pobres perdem

PorJúli o Lázaro Torma*

"Bem aventurado os pobres,porque vosso é o Reino de DEUS" (Lc 6,20)

Mais uma vez os pobre perderam amigos e lutadores sociais, comprometidos e comprometidas com a sua causa,pode ser através de mortes por causa naturais ou violentas.

Neste último período foram assassinados a mando do capital os trabalhadores rurais Dinhana Nink de 28 anos, trabalhadora extrativista de Lebreia ( AM), 3 militantes do MLST ( Movimento de Libertação dos Sem Terra) de Minas Gerais, os militante do MST de Pernambuco,Pedro Bruno e Antônio Tiningo e Raimundo Alves Borges o " cabeça" das Comunidades Eclesiais de Base do Maranhão.

Junto ao sangue derramado dos mártires da terra,podemos elencar Sílvio Jung da Pastoral Rural da Arquidiocese de Pelotas( RS) e Dom Ladislau Biernaski, bispo de São José dos Pinhais ( PR) e Presidente da Comissão Pastoral da Terra ( CPT/ Nacional) vitimas do câncer.

Pessoas dedicadas a causa dos " pobres da terra', onde Sílvio Jung e Dom Ladislau Biernaski,' viveram e pensavam a fé a partir dos condenados da terra".

Onde lutaram em defesa da terra e da natureza, que ousaram sonhar,ver,para que a terra que é mais do que mãe, hoje convertida pela ganância do capitalismo em " terra de ´negócio", encarcerada,cativa, nas mãos de um pequeno grupo, que quanto mais tem, mais querem acumular terras em nome do lucro desenfreado e desmedido.

Tirando os filhos e filhas da terra, os pequenos agricultores familiares,povos originarios e tradicionais, condenando os a viverem longe da terra que é sua mãe e que lhes gerou e lhes deu vida.

Eles os nossos irmãos que partiram para a casa do Pai, queriam e sonharam, para que a " Terra de Negócio não pode prevalecer sobre a " Terra de Trabalho""( CNBB, Doc 67).

Lutaram pela libertação da terra e dos pobres da terra para que a terra seja de fato " Terra de Trabalho", fonte de vida e que esteja de fato nas mãos dos verdadeiros e legítimos filhos da terra os camponeses,sem terra, indígenas, pescadores e quilombolas.

Para que a terra seja repartida e de frutos saudáveis como sonhava e lutava Sílvio Jung pelos caminhos do sul do Brasil em defesa da agroecologia.

lutaram pela preservação da natureza, pois a luta dos pobres e excluidos da terra e da cidade não deve estar separada da luta pela preservação da natureza e da vida do planeta a nossa casa comum.

A morte dos nossos lutadores sociais, quem mais uma vez perde é os pobres e excluidos, que perdem um amigo, uma amiga, um irmão,uma irmã, um defensor e defensora de sua causa.

Ao mesmo tempo em que perdemos os nossos companheiros/as, o seu sangue e a sua vida, são " semente de libertação" e de que novos e novas companheiros/as assumirão a sua causa, que com amor e dedicação souberam gastar e doar a sua vida em defesa do irmão oprimido e excluído.

Nós mais uma vez perdemos, os pobres mais uma vez perderam e ganhamos um desafio, continuar a sua luta, com garra, " pois não tá morto quem peleia", eles estão conosco na luta para ver raiar o grande dia da libertação dos pobres. PODEMOS DIZER QUE ESTÃO PRESENTE!!!
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* Membro da Equipe da Pastoral Operária da Arquidiocese de Pelotas ( RS)

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