Desde 2003, 17,3 milhões de trabalhadores conquistam a formalidade.
O número total de empregos com carteira assinada teve um aumento de 5,41% em 2011, quando o Brasil criou 1.944.560 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo positivo foi o segundo maior da série histórica iniciada em 2003. No período (2003-2011), foram criados 17,3 milhões postos de trabalho celetistas, de acordo com os dados divulgados na terça-feira (24).
O ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, prevê que a tendência de alta permanecerá em 2012, mesmo com o acirramento da crise econômica mundial, com um novo aumento em torno de dois milhões de empregos formais celetistas ao final do ano. Para ele, o mercado de trabalho formal é estimulado por um conjunto de políticas públicas, como o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) que favorece formalização por meio de linhas de crédito facilitado às empresas.
Setores - As informações por atividade econômica mostram expansão generalizada do emprego: o setor de Serviços gerou 925 mil postos (6,43%); o comércio, 452 mil (5,61%); a construção civil, 222 mil (8,78%), a Indústria de Transformação, 215 mil (2,69%); a agricultura, 82 mil (5,54%); e a mineração, 19 mil postos (10,33%).
Regiões - A expansão se deu em todas as regiões, com 1 milhão de novas vagas no Sudeste; 329 mil, no Nordeste; 328 mil, no Sul; 154 mil, no Centro-Oeste; e 131 mil, no Norte.
Dezembro - Houve redução de 408 mil postos de trabalho. O resultado é muito próximo do ocorrido em 2010, quando houve uma redução de 407.510 postos (-1,12%). O número de admissões em dezembro foi de 1.305.051 e o de desligamentos foi de 1.713.223, nos dois casos, os maiores registrados para o mês. Isso ocorre por fatores sazonais, como a entressafra agrícola, término do ciclo escolar e o esgotamento da bolha de consumo de final do ano.
Novo emprego tem salário inicial maior
Os salários médios de admissão em 2011 registraram um aumento real (descontada a inflação) de 3,12% em relação a 2010, passando de R$ 888,89 para R$ 916,63.
Os estados com os maiores salários médios de admissão foram São Paulo (R$ 1.129,41) e Rio de Janeiro (R$ 1.030,69) e os menores foram a Paraíba (R$ 689,04) e Piauí (R$ 699,62). Com a exceção de Sergipe (queda de 1,43%), Roraima (- 0,73%) e Rondônia (0,72%), todas as outras unidades da Federação obtiveram ganhos reais, com destaque para o Paraná (6,33%), Pernambuco (5,36%), e Pará (5,19%).
Em relação ao grau de escolaridade, o maior crescimento do salário médio de admissão foi registrado entre os trabalhadores com 5ª ano Completo do Fundamental, com aumento de 4,12% e o salário passando de R$ 736,57 em 2010 para R$ 766,88. Já o menor crescimento foi entre os trabalhadores com Ensino Médio Incompleto, com variação de 1,85%.
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