União Eurasiática – liberdade, democracia e leis do mercado comum |
A União Euroasiática da Rússia, Bielorússia e Cazaquistão não será edificada à imagem e semelhança da União Europeia. Todavia os momentos positivos básicos podem ser imitados.
Foi esta a opinião manifestada pelos participantes da conferência internacional Vetor euroasiático de desenvolvimento: problemas e perspectivas, que se realiza na cidade ucraniana de Yalta.
A ideia de restabelecimento das relações econômicas com as antigas repúblicas federadas virou uma realidade durante um prazo excepcionalmente curto para semelhantes projetos. A União Europeia necessitou de várias décadas para atingir a fase de deslocamento livre da mão de obra, ausência de limites alfandegários e moeda única, enquanto que os Estados da Comunidade Econômica da Eurásia avançam por esta via num ritmo inédito. Já foi criada a Aliança Alfandegária, foi criado o Espaço Econômico Único. Neste caso é preciso levar em consideração toda a experiência mundial, reputa Evgueni Panteleev, vice-diretor do Departamento de Informação e de Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Quando falamos da União Euroasiática, surge imediatamente um campo de comparação com a União Europeia. Certamente, devemos ver os êxitos e fracassos da União Europeia para não fazer erros que eles tinham cometido. Mas importa também não cair num outro extremo e não supor que na União Europeia tudo corra às mil maravilhas, apesar do Prêmio Nobel com que ela foi agraciada."
A etapa seguinte da integração da Rússia, Bielorússia e Cazaquistão, será a introdução de uma moeda única para toda a união, afirma na entrevista à Voz da Rússia Irina Novikova, catedrática da teoria econômica da Academia de Gestão junto do presidente da República da Bielorússia.
"É indubitável que a moeda comum vai surgir mais cedo ou mais tarde. A questão consiste em determinar a forma do seu surgimento e os respectivos mecanismos de ajuste. É perfeitamente possível, na qualidade de hipótese, que na primeira etapa esta moeda seja um análogo de ECU, isto é, European Currency Unit, unidade monetária convencional que se utilizava outrora nos ajustes com ajuda do dinheiro escritural nas operações comerciais entre os Estados da União Euroasiática. É perfeitamente possível que ao par de moedas nacionais, o rublo russo também venha a ser a moeda comum."
Convém apontar que a Quirguízia e a Armênia estudam a possibilidade de ingresso na União Euroasiática. A incorporação na Aliança Alfandegária também pode exercer influência positiva sobre a economia da Moldávia, declarou na conferência em Yalta o deputado do parlamento moldávio Mark Tkatchuk.
"Cerca de 57% da população da república está a favor do ingresso na Aliança Alfandegária. Consideramos que esta iniciativa tem um caráter anti-crise. O ingresso da Moldávia nesta estrutura vai proporcionar um efeito terapêutico instantâneo para a economia moldávia."
Convém acrescentar que a conferência Vetor euroasiático de desenvolvimento: problemas e perspectivas, em Yalta, foi organizada pela revista Vida Internacional com o apoio e participação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Diplomatas, historiadores, economistas e politólogos da Rússia, Bielorússia, Ucrânia, Cazaquistão e Moldávia revelaram interesse em relação a este tema.
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