Incra entrega 5 mil documentos de posse da terra em oito municípios do Amazonas


O Incra no Amazonas realizou neste sábado(10), em Manaquiri (AM), mutirão para a entrega de mais de cinco mil contratos de concessão de uso em projetos de assentamentos de oito municípios do estado do Amazonas. 

A entrega garantiu segurança jurídica e a posse da terra para os assentados da reforma agrária, extrativistas e comunidades tradicionais de ribeirinhos e em várzeas em duas modalidades de documentos: a concessão de uso (CCU) e os contratos de concessão de uso real da terra (CCDRU). A iniciativa beneficiou trabalhadores rurais e agroextrativistas dos municípios de Anori, Beruri, Careiro, Anamã, Iranduba, Itacoatiara e Benjamim Constant.

Com a inciativa se tornam ocupantes regulares os assentados dos Projetos Agroextrativistas (PAEs) Purus, PIC Bela Vista, Castanho, Piranha, Costa da Conceição e Benjamim Constant; e dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Costa do Caldeirão e Novo Remanso.

Segurança e tranquilidade 
Representando o sindicato dos trabalhadores rurais de Manaquiri, o assentado Raimundo Cordeiro, agradeceu o empenho do Governo Federal para a liberação dos documentos e classificou o ato como memorável. “Este dia é marcante para todos nós de Manaquiri e dos outros municípios que estão recebendo estes documentos, que era um sonho e agora passa a ser realidade. Quero dizer, que nós, assentados da reforma agrária em Manaquiri, iremos trabalhar com mais vontade, segurança e tranquilidade, agora que já temos em mãos o sonhado documento da terra”.

A superintendente do Incra no Amazonas, Socorro Feitosa, aproveitou a oportunidade para fazer um ligeiro balanço das atividades desenvolvidas pelo Incra e enfatizou a disponibilização de crédito (alimento e fomento) e a habitação rural para o fortalecimento dos produtores a partir do próximo ano, anunciando ainda a construção de mais de três mil casas, através do crédito habitação.

Políticas públicas e preservação 
Feitosa ressaltou ainda que o desenvolvimento sustentável das populações tradicionais, como os varzeiros, ajudam a preservar a natureza e a Amazônia. Para ela é fundamental que eles possam ser abraçados pelas políticas da reforma agrária, promovendo não apenas a melhoria de vida a esses brasileiros, como inclusão social e cidadania. Feitosa ressalta ainda que, com a documentação de posse outros benefícios deverão chegar até eles a partir de agora, como o crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Bolsa Verde, entre tantos.

“Guardem bem esses documentos. Registrem em Cartório, sejam felizes e continuem a trabalhar e a produzir, mas sempre com o olhar na preservação da Amazônia, pois é possível produzir sem agredir o meio ambiente”, enfatizou.

O prefeito de Manaquiri, Jair Souto, destacou a parceria com o Incra com os assentados mas também com os habitantes das várzeas. Para Souto, a regularização da posse abre um leque de opções para a população rural trabalhar e melhorar de vida, permitindo crédito na rede bancária, assistência previdenciária, auxílio-maternidade e tantos outros benefícios.

A solenidade ocorreu na manhã do último sábado no ginásio estadual José Lins, que recebeu uma grande plateia de assentados e beneficiários da reforma agrária O evento contou ainda com a participação de entidades como a Superintendência da Pesca no Amazonas, o Instituto de Terras do Amazonas (Iteam), o prefeito de Manaquiri e presidente da Associação dos Municípios do Amazonas, Jair Souto e representantes dos movimentos sociais.

O que são CCU e CCDRU 
As concessões foram acompanhadas de panfletos explicando sobre os documentos, com os direitos, benefícios, deveres e responsabilidades dos assentados. O CCU e o CCDRU são documentos que valem como título da terra e servem para provar a posse legal da terra, tirar crédito na rede bancária, elaborar projetos de piscicultura ou manejo e para receber benefícios como aposentadoria e auxílio-maternidade.

Como contrapartida para manter a concessão de uso, os assentados precisam registrar o documento em cartório, respeitar as regras estabelecidas pelas comunidades, a lei ambiental e as normas do INCRA. As concessões de uso emitidas pelo Incra consideram as regras de bom convívio entre as famílias e as comunidades e o uso comum da reserva legal desde que haja um plano de manejo comunitário.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conheça Débora dos Santos, exemplo de mãe da direita.

GUERRA COMERCIAL ENTRE ESTADOS UNIDOS E CHINA.

A maioria do povo brasileiro é contra a anistia à tentativa de golpe.