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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Herdeiros da Cidade Industrial continuam ocupando o Plenário da Assembleia Legislativa de MG

Por: WILLIAM DOS SANTOS - CDH DA OAB/MG.

Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG acompanha o caso e esteve a parte do dia junto a membros da família Abreu. Estaiveram na parte da manha, o Presidente da CDH da OAB/MG, o Conselheiro da OAB/MG Daniel Dias Moura, e o tesoureiro do Sindicato dos advogados e membro da CDH da OAB/MNG Vinicius Nonato da Silva.

Dezenas de pessoas das famílias Abreu e Hilário, que há 70 anos foram expulsas de suas terras para que o Estado de Minas Gerais implantasse a Cidade Industrial nos municípios de Belo Horizonte e Contagem, ocuparam ontem, pela manhã, dia 29/08/2011 (Segunda-feira) o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Elas prometem não deixar o local, até que o governador Antônio Augusto Anastasia agende uma reunião para discutir o pagamento de indenização aos herdeiros dos fazendeiros desapropriados.

Desde 1957 há sentença transitada em julgada para que o governo estadual pague as indenizações. São mais de 1.300 os herdeiros famílias Abreu e Hilário que estão esperando a indenização. Muitos já morreram e muitos sobrevivem em condições precárias. A maioria é pobre. Uns moravam na Vila Itaú e estão sendo desapropriados pela 2ª vez. É um absurdo o governo protelar por tanto tempo o pagamento das indenizações. As famílias foram expulsas de suas terras com violência e deixadas à própria sorte. “Muitos dos que faziam jus à indenização morreram na miséria e vários herdeiros vivem em condições muito difíceis, inclusive em favelas. Além de ser imoral, é um afrontoso desrespeito a decisão judicial, pois”, protestou o dep. Durval Ângelo.

É a 1ª vez que o plenário da ALMG foi ocupado pelo povo que luta por um direito, uma causa justa. Idosos que participam da ocupação passaram mal. A direção da ALMG proibiu os ocupantes de sair para tomar água, não podem usar o bebedouro. Estão proibidos de usar o banheiro da ALMG. Está proibida a entrada de alimentação. Nem remédio está podendo entrar. Proibiram a entrada de cobertores à noite. Durante a noite abaixaram a temperatura do ar condicionado o máximo que puderam. À noite deixaram as luzes do plenário acesas e agora pela manhã apagaram as luzes.

Os ocupantes reivindicam uma agenda com o Governador Antonio Anastasia para discutir o problema da indenização.

Na parte da tarde, com a presença de deputados e do Presidente da Assembleia Legislativa e de membros da CDH da OAB/MG, foi feito acordo que consistiu da retirada das familias do Plenario da Assembleia Legislativa e sera agendada amanha em hora a ser anunciada reunião com membros do Poder Legislativo comandados pelo vice governador Alberto Pinto Coelho visando a resolução do problema que se attasta há mais de 70 anos.

Um comentário:

  1. este governo de minas gerais e uma vergonha,da calote nao paga oque deve gasta uma fortuna para construir a cidade adiministrativa em quanto familias são desrespeitadas em seu dereito de receber sua indenizações,pagão de bons gestores choque de gestão agora tem outro nome calotão

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