Executivo do governo tucano fala de cartel à PF. Um mês depois é demitido

Benedito Dantas Chiaradia, executivo que ocupou vários postos em estatais dos governos tucanos paulistas, inclusive na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), disse à Polícia Federal (PF) em depoimento no dia 14 de novembro pp que ouviu relatos de várias pessoas da área metroferroviária sobre pagamento de propina a agentes públicos.

Chiaradia contou no depoimento que Teixeira viabilizou o pagamento de propina do cartel para o hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) Robson Marinho, chefe da Casa Civil do governo Mário Covas nos anos 1990, e para servidores da CPTM e do Metrô. Ele é a terceira testemunha a citar propina do cartel no inquérito e a primeira de dentro do próprio governo a tratar do assunto.

A PF ouviu, também, o depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, no qual ele cita propina para diretores de estatais de trens e para políticos do PSDB – três deles integram hoje o secretariado do governador tucano Geraldo Alckmin. Chiaradia foi diretor administrativo e financeiro da CPTM na mesma época em que João Roberto Zaniboni, Oliver Hossepian e Ademir Venâncio ocupavam cargos de chefia na estatal. Os três foram indiciados no inquérito pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, crime financeiro e formação de quadrilha.

Chiaradia, inclusive, assinou um dos três contratos da CPTM que a Siemens denunciou ao CADE-Conselho Administrativo de Defesa Econômica, quando a empresa admitiu ao órgão federal as combinações sobre licitações e concorrências entre as empresas. Mas Chiaradia não foi indiciado porque a PF não encontrou problemas em suas movimentações financeiras ao quebrar seus sigilos.

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